sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Epifania do Senhor

Epifania do Senhor

Os Magos do Oriente
Is 60.1-6 / Sl 72 / Ef 3.2-6 / Mateus 2.1-12

Epifania significa “Manifestação do Senhor”. A comemoração da Epifania no dia 06 de janeiro é mais antiga do que a celebração do Natal. A primeira menção é de 361 d.C. Na época, comemorava tanto a natividade de Cristo como os eventos relacionados com ela, bem como o seu batismo e o primeiro milagre de Caná.
A manifestação do Senhor aos pastores de Belém revelou o cuidado de Deus em se revelar ao povo escolhido, aos descendentes de Abraão. Aqueles que esperavam o Filho de Davi. Já a manifestação do Senhor aos Magos inaugurou a ação de Deus sobre os gentios. É o Deus que busca aqueles que estão fora da aliança. Inicia a Dispensação da Graça onde todos, gentios e judeus podem, igualmente, ser aceitos por Deus mediante Jesus Cristo nosso Senhor.
Hoje a Palavra de Deus falará da Epifania como a Celebração da Dispensação da Graça.

I. A inauguração da Dispensação da Graça – Mateus 2.1-12
            A dispensação da Graça é um período inaugurado por Cristo Jesus onde todos, judeus e gentios, podem ser salvos. A aliança da Dispensação da Graça foi realizada pelo sacrifício de Jesus no monte Calvário.
            A graça de Deus buscou os pagãos do Oriente para que pudessem vir adorar o Senhor e serem salvos pela graça. A Estrela os guiou até Belém. Esta estrela simboliza o Espírito Santo que nos conduz ao Senhor Jesus.
            Mateus 2.1-12 narra esta linda história de salvação. Os magos (não eram reis e nem três) chegam a Jerusalém e perguntam (2): “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo”. Sabiam, por revelação, que havia nascido o Rei dos Judeus e que deveria ser adorado.
            Jerusalém e Herodes ficam alarmados. Os principais sacerdotes e escribas informam que o Rei dos Judeus, o Messias, deveria nascer em Belém conforme a profecia de Miquéias 5.2.
            Herodes pergunta o tempo em que os magos viram a estrela (foi dois anos antes) e os envia a Belém dizendo (8): “Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo”.
            Indo a Belém, os magos encontram novamente a Estrela que viram no Oriente. Seguem a Estrela e ela os leva até a casa onde o menino estava com Maria. Eles o adoraram e entregaram seus presentes: Ouro, incenso e mirra. “Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra (12)”.
            A dispensação da Graça foi inaugurada neste momento.  O Deus de Abraão se revelou aos pagãos e estes alcançaram a Graça da Salvação.
Na história dos Evangelhos e de Atos dos Apóstolos, veremos Deus se revelando aos gentios, os salvando, abençoando e curando (Ex. A Cananéia, Cornélio). Contudo, os primeiros alcançados foram os magos do Oriente.
O Deus de Graça deseja alcançar e salvar todos.

II. O Anuncio da Dispensação da Graça – Isaías 60.1-6
            O Profeta Isaías escreveu seu livro entre 700 a 690 aC. Profetizou sobre o reino de Judá, anunciou a vinda do Messias e a inauguração da Dispensação da Graça.
Em Isaías 60.1-6 fala diretamente sobre Jesus. É uma profecia messiânica. 
Diz que Ele nasceria em glória (1): “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti”.
No meio das trevas do mundo, Ele resplandeceu o brilho de Deus (2) e as nações iriam ser atraídas para sua luz. Os reis viriam ver o seu resplendor (3).
As pessoas viriam de longe (os gentios) para ver Sua glória (4): “Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços”.
Todo o mundo virá para lhe adorar (5) e trarão ouro e incenso; e (6) “publicarão os louvores do SENHOR”.
O profeta diz que Jesus nasceria para ser a luz que traria o mundo para seu brilho. Foi o anuncio da Dispensação da Graça. Jesus é a luz em meio às trevas do mundo. Somente no Senhor alcançamos a salvação.

III. Convite da Dispensação da Graça – Salmo 72.
O Salmo 72 é um salmo messiânico que fala de Jesus como o Rei perfeito que virá e todos (Israel e as nações) são convidados para adorá-lo.
Ele julgará com justiça e equidade (1,2) e trará paz ao povo (3). Ele permanecerá para sempre (5-7) e dominará até os confins da terra (8).
Os habitantes do deserto se curvarão diante Dele em adoração (9). Os reis lhe oferecerão presentes e se prostrarão diante dele (10,11), pois Ele é o libertador e o salvador (12-14). Nele há prosperidade e abundância (15,16).
            O v. 17 diz: “Subsista para sempre o seu nome e prospere enquanto resplandecer o sol; nele sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamem bem-aventurado”. Ele é bendito. Faz prodígios e sua glória encherá toda a terra (18,19).
            Jesus é o poder e a sabedoria de Deus. Todos os homens e mulheres, gentios e judeus, são convidados a receber esta graça do Senhor. O apóstolo Paulo diz: “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1.24).

IV. A Revelação da Dispensação da Graça – Ef 3.2-6
Paulo escreveu esta carta quando estava preso em Roma (61,62 dC). Nesta epístola, o apóstolo pretende mostrar como Deus preparou a salvação desde a eternidade.
Em Ef 3.1-6 revela seu ministério de ser apóstolo da Dispensação da graça aos gentios. No v. 1 ele diz: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios”.
Recebeu a dispensação da Graça para anunciar aos gentios (2): “se é que tendes ouvido a respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros”.
Este mistério lhe foi revelado por Deus (3) e em seus escritos todos poderiam compreender o seu (4) “discernimento do mistério de Cristo”.
Antes este mistério estava oculto, mas nesta dispensação, foi dado a conhecer pelos apóstolos e profetas, no Espírito (5).
A Revelação da Dispensação da Graça é que (6) “os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho”.
Não existe mais separação entre Judeus e Gentios. Todos os que aceitam Jesus como Senhor e Salvador, são filhos de Abraão pela fé e estão debaixo da salvação do Senhor.

Conclusão:
            A Solenidade da Epifania do Senhor nos leva a refletir a graça que é derramada sobre todos os homens. No Natal os judeus foram adorar ao Senhor. Na Epifania os gentios vem do Oriente dar seus presentes ao Messias e cumprir a Palavra do Senhor. A salvação é para todos. O ser humano só precisa aceitar pela Graça o dom de Deus. 

Oração
Ó Deus, que pela Estrela manifestaste teu unigênito Filho a todos os povos da terra; guia-nos à tua presença, os que hoje te conhecemos pela fé; a fim de que desfrutemos de tua glória face a face; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.