Os Magos do Oriente
Is
60.1-6 / Sl 72 / Ef 3.2-6 / Mateus 2.1-12
Epifania
significa “Manifestação do Senhor”. A comemoração da Epifania no dia 06 de
janeiro é mais antiga do que a celebração do Natal. A primeira menção é de 361
d.C. Na época, comemorava tanto a natividade de Cristo como os eventos
relacionados com ela, bem como o seu batismo e o primeiro milagre de Caná.
A manifestação do
Senhor aos pastores de Belém revelou o cuidado de Deus em se revelar ao povo
escolhido, aos descendentes de Abraão. Aqueles que esperavam o Filho de Davi.
Já a manifestação do Senhor aos Magos inaugurou a ação de Deus sobre os
gentios. É o Deus que busca aqueles que estão fora da aliança. Inicia a
Dispensação da Graça onde todos, gentios e judeus podem, igualmente, ser
aceitos por Deus mediante Jesus Cristo nosso Senhor.
Hoje a Palavra
de Deus falará da Epifania como a Celebração da Dispensação da Graça.
I. A inauguração da Dispensação da Graça – Mateus
2.1-12
A dispensação da Graça é um período
inaugurado por Cristo Jesus onde todos, judeus e gentios, podem ser salvos. A
aliança da Dispensação da Graça foi realizada pelo sacrifício de Jesus no monte
Calvário.
A graça de Deus buscou os pagãos do
Oriente para que pudessem vir adorar o Senhor e serem salvos pela graça. A
Estrela os guiou até Belém. Esta estrela simboliza o Espírito Santo que nos
conduz ao Senhor Jesus.
Mateus 2.1-12 narra esta linda história
de salvação. Os magos (não eram reis e nem três) chegam a Jerusalém e perguntam
(2): “Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no
Oriente e viemos para adorá-lo”. Sabiam, por revelação, que havia nascido o Rei
dos Judeus e que deveria ser adorado.
Jerusalém
e Herodes ficam alarmados. Os principais sacerdotes e escribas informam que o
Rei dos Judeus, o Messias, deveria nascer em Belém conforme a profecia de
Miquéias 5.2.
Herodes
pergunta o tempo em que os magos viram a estrela (foi dois anos antes) e os
envia a Belém dizendo (8): “Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do
menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo”.
Indo
a Belém, os magos encontram novamente a Estrela que viram no Oriente. Seguem a
Estrela e ela os leva até a casa onde o menino estava com Maria. Eles o
adoraram e entregaram seus presentes: Ouro, incenso e mirra. “Sendo por divina
advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram por outro caminho a sua terra (12)”.
A
dispensação da Graça foi inaugurada neste momento. O Deus de Abraão se revelou aos pagãos e
estes alcançaram a Graça da Salvação.
Na história dos
Evangelhos e de Atos dos Apóstolos, veremos Deus se revelando aos gentios, os
salvando, abençoando e curando (Ex. A Cananéia, Cornélio). Contudo, os
primeiros alcançados foram os magos do Oriente.
O Deus de Graça
deseja alcançar e salvar todos.
II. O Anuncio da Dispensação da Graça – Isaías
60.1-6
O
Profeta Isaías escreveu seu livro entre 700 a 690 aC. Profetizou sobre o reino
de Judá, anunciou a vinda do Messias e a inauguração da Dispensação da Graça.
Em
Isaías 60.1-6 fala diretamente sobre Jesus. É uma profecia messiânica.
Diz
que Ele nasceria em glória (1): “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz,
e a glória do SENHOR nasce sobre ti”.
No
meio das trevas do mundo, Ele resplandeceu o brilho de Deus (2) e as nações
iriam ser atraídas para sua luz. Os reis viriam ver o seu resplendor (3).
As
pessoas viriam de longe (os gentios) para ver Sua glória (4): “Levanta em redor
os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de
longe, e tuas filhas são trazidas nos braços”.
Todo
o mundo virá para lhe adorar (5) e trarão ouro e incenso; e (6) “publicarão os
louvores do SENHOR”.
O
profeta diz que Jesus nasceria para ser a luz que traria o mundo para seu
brilho. Foi o anuncio da Dispensação da Graça. Jesus é a luz em meio às trevas
do mundo. Somente no Senhor alcançamos a salvação.
III. Convite da Dispensação da Graça – Salmo 72.
O
Salmo 72 é um salmo messiânico que fala de Jesus como o Rei perfeito que virá e
todos (Israel e as nações) são convidados para adorá-lo.
Ele
julgará com justiça e equidade (1,2) e trará paz ao povo (3). Ele permanecerá
para sempre (5-7) e dominará até os confins da terra (8).
Os
habitantes do deserto se curvarão diante Dele em adoração (9). Os reis lhe oferecerão
presentes e se prostrarão diante dele (10,11), pois Ele é o libertador e o
salvador (12-14). Nele há prosperidade e abundância (15,16).
O v. 17 diz: “Subsista para sempre o seu nome e prospere
enquanto resplandecer o sol; nele sejam abençoados todos os homens, e as nações
lhe chamem bem-aventurado”. Ele é bendito. Faz prodígios e sua glória encherá
toda a terra (18,19).
Jesus é o poder e a sabedoria de Deus. Todos os homens e
mulheres, gentios e judeus, são convidados a receber esta graça do Senhor. O
apóstolo Paulo diz: “Mas para
os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de
Deus, e sabedoria de Deus” (1 Coríntios 1.24).
IV.
A Revelação da Dispensação da Graça – Ef 3.2-6
Paulo escreveu
esta carta quando estava preso em Roma (61,62 dC). Nesta epístola, o apóstolo
pretende mostrar como Deus preparou a salvação desde a eternidade.
Em Ef 3.1-6
revela seu ministério de ser apóstolo da Dispensação da graça aos gentios. No
v. 1 ele diz: “Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por
amor de vós, gentios”.
Recebeu a
dispensação da Graça para anunciar aos gentios (2): “se é que tendes ouvido a
respeito da dispensação da graça de Deus a mim confiada para vós outros”.
Este mistério
lhe foi revelado por Deus (3) e em seus escritos todos poderiam compreender o
seu (4) “discernimento do mistério de Cristo”.
Antes este
mistério estava oculto, mas nesta dispensação, foi dado a conhecer pelos
apóstolos e profetas, no Espírito (5).
A Revelação da
Dispensação da Graça é que (6) “os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo
corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho”.
Não existe mais
separação entre Judeus e Gentios. Todos os que aceitam Jesus como Senhor e
Salvador, são filhos de Abraão pela fé e estão debaixo da salvação do Senhor.
Conclusão:
A
Solenidade da Epifania do Senhor nos leva a refletir a graça que é derramada
sobre todos os homens. No Natal os judeus foram adorar ao Senhor. Na Epifania
os gentios vem do Oriente dar seus presentes ao Messias e cumprir a Palavra do
Senhor. A salvação é para todos. O ser humano só precisa aceitar pela Graça o
dom de Deus.
Oração
Ó
Deus, que pela Estrela manifestaste teu unigênito Filho a todos os povos da
terra; guia-nos à tua presença, os que hoje te conhecemos pela fé; a fim de que
desfrutemos de tua glória face a face; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que
vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.