Domingo
de Ramos e da Paixão
Semana Santa
Is 50.4-7 / Sl
22.8-9,17-24 / Fl 2.6-11 / Mateus 26.14-27.66
No domingo de
Ramos tem início a chamada Semana Santa. Nesta semana lembramos o mistério da
morte e ressurreição do Senhor. No domingo o Senhor entra em Jerusalém e o povo
o acolhe com ramos e gritos Hosanas. Na quinta-feira Jesus celebra a Santa Ceia
e é preso no Jardim do Getsêmani. Na sexta-feira é condenado e morto na cruz. No
sábado seu corpo descansa na sepultura, mas em espírito vai ao inferno triunfar
sobre a morte. Ele tem a chave da morte e do inferno. No domingo o Senhor
ressuscita dentre os mortos e sela a nossa salvação.
Hoje veremos o
relato da Paixão de Cristo iniciado na quinta-feira Santa e depois escutaremos
as profecias e a explicação paulina sobre a morte do Senhor e sua exaltação.
I.
O Relato da Paixão - Mateus 26.14-27.66 (Leia apenas Mateus 27.32-50).
Em Mateus 26 relata os
acontecimentos da quinta-feira santa. Os sacerdotes pagam 30 moedas de prata
para Judas entregar Jesus (14-16). Logo após os discípulos encontram um local
em Jerusalém para celebrar a Páscoa judaica (17-19).
Na
celebração da Páscoa Jesus revela que seria traído. Isso causou um desconforto
nos discípulos. Jesus dá um sinal e Judas se autoacusa. (20-25). Ainda na
celebração, o Senhor Jesus institui a Eucaristia: a Santa Ceia como memória de
sua morte que iria acontecer no dia seguinte (26-29).
Após a ceia pascal Jesus vai orar
no jardim do Getsêmani, no Monte das Oliveiras (30). Quando Jesus profetiza
que seus discípulos o abandonaria ainda naquela mesma noite, Pedro afirma que
ele jamais o abandonaria, então o Senhor lhe diz (34): “Em verdade te digo que,
nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”.
Chegando
ao Getsêmani, Jesus leva Pedro, Tiago e João para um lugar mais distante e
confessa que está angustiado até a morte (36-38). Jesus ora três vezes a mesma
oração: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como
eu quero, e sim como tu queres”. Nas três vezes, o Senhor encontra seus discípulos
dormindo (40-46).
Após a terceira vez os soldados
do templo chegam com Judas e o prendem após o sinal do beijo (47-50). No início
os discípulos tentaram proteger Jesus, mas acabaram fugindo de medo (51-56).
Na mesma noite Jesus é levado a
Caifás, sumo-sacerdote, para ser julgado pelo Sinédrio, um grupo de anciãos
poderosos em Israel. Ali Jesus é condenado por heresia e blasfêmia. Sofre cuspidas,
murros e bofetadas no rosto e no corpo. (57-68). Pedro está no pátio da casa de
Caifás e nega Jesus três vezes (69-75).
Mateus, no capítulo 27, relata os
acontecimentos da Sexta-feira Santa. Ao romper o dia de sexta-feira (dia da
Paixão), Jesus é amarrado e levado a Pilatos para ser morto (Mt 27.1-2). Judas,
com remorso, atira para o santuário as moedas de prata e se enforca (3-10).
Diante de Pilatos, o governador
romano da Judéia, Jesus é interrogado (11-14).
Pilatos então resolve soltar um
preso. Entre Jesus e Barrabás, o povo escolhe Barrabás para ser livre e Jesus
para morrer (15-23). Diante da insistência do povo, o governador lava as mãos, coloca
a responsabilidade da morte de Jesus sobre os judeus e liberta Barrabás (15-26).
Jesus é levado para o pelourinho e sofre nas mãos dos soldados romanos. Logo
após é levado para ser crucificado (27-31).
Na Via dolorosa, Jesus é
auxiliado por Simão, o cirineu, a carregar a cruz (32). No Calvário é
crucificado ao lado de dois ladrões e recebe por cima de sua cabeça a acusação
escrita (32-37): “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”. O povo, os sacerdotes e o
ladrão da cruz blasfemaram de Jesus (38-44). Ele recebe vinagre no lugar de
água, clama em alta voz ao Pai e morre (45-50).
O véu do templo se rasgou, a
terra tremeu e muitos servos de Deus ressuscitaram (51-53). O centurião se
converte (54) reconhecendo que Jesus era o Filho de Deus. As mulheres discípulas
permaneceram de longe observando (55,56).
José, homem rico de Arimatéia,
conseguiu permissão para sepultar Jesus (57-60). Maria Madalena e outra
discípula chamada Maria permaneceram sentadas em frente da sepultura (61). Os
judeus, com medo dos discípulos roubarem o corpo do Senhor, solicitam de
Pilatos uma escolta para guardar o sepulcro (62-66).
Assim termina o relato da paixão
segundo Mateus. Jesus é o Cordeiro de Deus que morre para a nossa salvação.
Como podemos mostrar nossa
gratidão pelo sacrifício do Senhor na cruz? Por que somos salvos pela morte de
Jesus?
II. Profecias do Sofrimento (Isaías 50.4-7).
O profeta Isaías fala que o Cristo viria pregar a Palavra de Deus e
reanimaria as vidas (4).
Diante do sofrimento da cruz, não seria rebelde a vontade do Pai, antes,
obedeceria tudo que estava previsto para Ele (5). O Cristo se ofereceria para
ser ferido e não fugiria do sofrimento (6).
Seria ajudado pelo Pai e não se sentiria envergonhado (7): “Porque o
SENHOR Deus me ajudou, pelo que não me senti envergonhado; por isso, fiz o meu
rosto como um seixo e sei que não serei envergonhado”.
Jesus não se envergonhou de nos amar até o fim. Por isso, não podemos
nos envergonhar de seguir Jesus e sermos reconhecidos como seus discípulos.
Você tem vergonha de sofrer por Jesus? Você já sofreu pelo Senhor? Você
conhece relatos de crentes que sofrem pelo Senhor?
III.
Profecias da Morte na Cruz (Salmo 22.8-9,17-24).
O salmo 22 relata a Paixão do Senhor com muitos detalhes proféticos.
Relata a oração de Cristo na cruz (1): “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste”?
Afirma que Ele seria desprezado (6): “Mas eu sou verme e não homem;
opróbrio dos homens e desprezado do povo”.
Receberia zombarias: (7,8): “Todos os que me vêem zombam de mim;
afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o,
pois nele tem prazer”.
Fala de sua fraqueza física na cruz (14-15): “Derramei-me como água, e
todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera,
derreteu-se dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a
língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte”.
E que suas vestes seriam repartidas
e sobre sua túnica deitariam sortes (18).
Nada aconteceu por acaso. Tudo foi
previsto nas Escrituras. Todo sofrimento para a nossa salvação.
Você já compartilhou a história do
sofrimento do Senhor para seus amigos? Já conseguiu levar algum amigo a Jesus?
IV.
Resultado do sofrimento do Senhor (Filipenses 2.6-11)
Paulo explica o sofrimento do Senhor como caminho de humildade e
exaltação.
A cruz fala de Sua humildade (6-8): “...a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido
em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz”.
E também de sua exaltação (9): “Pelo
que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo
nome”.
Com isso, todos irão reconhecer seu
senhorio nos final dos tempos (10-11): “para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”.
Você tem seguido o exemplo de
humildade do Senhor? As pessoas veem humildade em sua vida?
Conclusão:
Semana Santa é a recordação da
nossa salvação conquistada na cruz do Calvário. Recordamos os passos do Senhor
para nos conquistar. Fomos comprados no sangue e no corpo do Senhor. Ele nos
livrou e nos deu a missão de contar esta história de Salvação, pois esta história
só tem valor para o mundo se mudar nossa vida e ser testemunhada a todos os
homens.
Oração
Onipotente e Eterno Deus,
de tal modo amaste o mundo, que enviaste teu Filho, nosso Salvador Jesus
Cristo, para tomar sobre si a nossa carne e sofrer morte na cruz, dando ao
gênero humano exemplo de sua profunda humildade; concede, em tua misericórdia,
que imitemos a sua paciência no sofrimento e possamos participar também de sua
ressurreição; mediante o mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina
contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém
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