A
Ressurreição do Senhor
A Vida da Ressurreição
At 10.34,37-43 /
Sl 118 / I Co 5.6-8 / João 20.1-9.
Hoje conversaremos sobre a Vida da
Ressurreição. A ressurreição do Senhor Jesus ressuscitou nosso espírito. Somos
vida nova. Ressuscitados para uma nova vida.
A Páscoa do Senhor dura sete semanas. Terá seu
encerramento apenas no dia de Pentecostes. A Ressurreição é o centro do nosso culto
a Deus. Paulo diz: “Se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e
também é vã a vossa fé” (I Co 15.14).
Na quinta-feira Santa meditamos na Páscoa da Ceia. Na
sexta-feira Santa na Páscoa da Paixão e no domingo na Páscoa da Ressurreição.
Viver a vida da Ressurreição é um desafio diário para cada discípulo. Hoje aprenderemos a viver esta vida na
alegria, no testemunho, na celebração e na santidade.
I.
A Vida da Ressurreição e a Alegria - João 20.1-9
O Evangelho de João 20.1-9 narra as experiências de
Maria Madalena, Pedro e João diante do túmulo vazio do Senhor.
Maria Madalena encontra a pedra revolvida e volta
dizendo (2): “Tiraram do sepulcro o
Senhor, e não sabemos onde o puseram”.
Pedro e João são os únicos com coragem para ir ao sepulcro do Senhor. João chega primeiro e não
entra. Pedro chega depois, entra e vê os lençóis de linho que envolvia o corpo
e do outro lado o lenço que estivera sobre a cabeça do Senhor. O Evangelho diz
que João viu e creu. Pois, até aquele momento (9) “não tinham compreendido a Escritura, que era
necessário ressuscitar ele dentre os mortos”.
Enquanto não compreendemos a ressurreição do
Senhor, não conseguimos crer na vida da ressurreição que já possuímos em
Cristo.
Maria, ainda crendo na morte e no sumiço do corpo
do Senhor, fica junto ao túmulo chorando. O senhor ressuscitado a encontra
(João 20.10-18).
Agora Maria corre novamente para falar aos
apóstolos. Contudo, sua nova mensagem é (18): “Vi o Senhor!”
Antes era uma mensagem de desespero. Não viu o
corpo e interpretou que o mesmo fora roubado. Agora, ao ver o Senhor, sua
mensagem é verdadeira. Grita com toda alegria: Vi o Senhor.
Quando temos a vida da ressurreição todo desespero
é transformado em alegria e esperança.
Muitas vezes interpretamos a vida baseados no
desespero e na incredulidade. Contudo, quando temos um relacionamento com o
Senhor ressuscitado, passamos a ver a vida a partir da ótica do céu. Passamos a ter uma nova vida da ressurreição. Nosso testemunho passa a ser baseado em nossa
verdadeira experiência com o Senhor e com a fé. Nosso testemunho nasce da vida
da ressurreição que já está em cada um de nós.
II.
A Vida da Ressurreição e o Testemunho - Atos 10.34,37-43
Jesus ressuscitou na madrugada de domingo. A
ressurreição de Cristo fortaleceu o testemunho dos apóstolos. Este fato que os
motivou a pregar sem medo o Evangelho da Graça do Senhor. Antes da ressurreição, Pedro
tinha medo de ser preso e negou Jesus três vezes. Após a ressurreição e o
Pentecostes, passou a ser destemido e valente. Tinha um testemunho de vida. Ele
viu o Senhor e passou a ter a Vida da Ressurreição.
Em Atos 10.34-43 Pedro está em Jerusalém pregando a
ressurreição de Cristo com ousadia. Ele
ensina que Deus não faz
acepção de pessoas (34-35), mas que trouxe o Evangelho da paz para todos por
meio de Jesus Cristo que é Senhor de todos (36).
Afirma ainda que é testemunha, juntamente com os apóstolos, de (39)
“de tudo o que ele fez na
terra dos judeus e em Jerusalém”, de sua morte e ressurreição.
Pedro diz (40-43): “ A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto,
não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por
Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre
os mortos; e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi
constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos.Dele todos os profetas dão
testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe
remissão de pecados”.
A vida da Ressurreição mudou o testemunho de Pedro.
Passou a ser ousado e confiante. Quando recebemos a vida da ressurreição em
nosso espírito, passamos a ter um testemunho de coragem e ousadia. Falamos do
que vivemos. Sabemos que já somos ressuscitados com Cristo no espírito (Leia
Efésios 2.6).
III.
A Vida da Ressurreição e a Celebração - Salmo 118
A Páscoa do Senhor é a celebração da vida da
ressurreição em nós.
A Ressurreição do Senhor no domingo de Páscoa
estava profetizada nas páginas do Antigo testamento. Os cristãos sempre identificaram o Salmo 118 como
uma profecia sobre a ressurreição de
Cristo.
A ressurreição fala da misericórdia (1,2) e do
poder de Deus que faz proezas (16).
O Filho declara (17): “Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do
SENHOR”.
A ressurreição foi uma porta aberta para todos os
que crerem no Filho (19,20). Ele é a pedra angular. Jesus foi rejeitado pelo
povo que pediu sua morte, mas se transformou na Pedra principal da construção
(22,23).
Hoje somos convidados a celebrar a vida da
ressurreição com alegria (24): “Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.
A Páscoa é mais do que uma festa da família. É a grande
celebração da vida da ressurreição que Cristo Jesus nos trouxe mediante sua
morte e ressurreição. É dia de muita festa. Celebre o que Jesus fez em seu
espírito.
IV.
A Vida da Ressurreição e a Santidade - I Co 5.6-8
Na Páscoa, no crepúsculo do dia 14 de Nissan
(calendário judaico) era sacrificado o cordeiro pascal. Ele era assado e comido
pelas famílias.
Jesus morreu na cruz na tarde do dia 14 de Nissan e
se transformou em nosso Cordeiro Pascal que tirou o Pecado do mundo e nos deu a
vida da Ressurreição.
Ele é o nosso Cordeiro Pascal que ressuscitou dentre os mortos. A ressurreição de Cristo se deu em meio
às comemorações da Páscoa, da
Festa dos Pães Asmos e no dia da Festa das Primícias (a festa dos Pães Asmos
começava na Páscoa e era comemorada durante sete dias. Nestes dias não podia
haver fermento em nenhuma casa).
Paulo, em I Coríntios 5.6-8, utiliza da figura
da Festa dos Pães Asmos para falar da vida santificada após o encontro com
Cristo ressuscitado.
Ele diz (6-8): “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa
toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de
fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por
isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da
maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”.
A Vida da Ressurreição em nós lança fora todo o
pecado.
Jesus é a nossa Páscoa e nós agora precisamos viver
os dias dos Pães Asmos. Sem pecado. Sem o fermento da maldade. Este é o nosso
compromisso com a Vida da ressurreição. Isso significa que Jesus morreu e
ressuscitou e nós devemos viver uma vida de santidade, sem a prática do pecado
(o fermento). Glorificamos o Cordeiro Pascal com novas atitudes, nova vida; com
a vida da Ressurreição.
Conclusão:
A Páscoa de Cristo (Morte e
Ressurreição) foi um esforço de Deus para a nossa salvação. Com sua morte e
ressurreição, recebemos a vida da ressurreição em nosso espírito. Não podemos
mais viver derrotados como antes. Agora somos mais do que vencedores. Jesus nos
ressuscitou espiritualmente para uma nova vida. Aguardamos a ressurreição dos
mortos vivendo a ressurreição da vida em cada área da nossa existência.
Aleluia! Jesus ressuscitou! Ele ressuscitou realmente!
Oração
Ó Deus, que para
a nossa redenção entregaste o teu unigênito Filho à morte de cruz, e pela tua
gloriosa ressurreição nos libertaste do poder de nosso inimigo; concede que
morramos diariamente para o pecado, a fim de que vivamos sempre com Ele na
alegria de sua ressurreição; mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor,
que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém
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