quarta-feira, 12 de abril de 2017

A Ressurreição do Senhor - Ano A

A Ressurreição do Senhor
A Vida da Ressurreição
At 10.34,37-43 / Sl 118 / I Co 5.6-8 / João 20.1-9.

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Hoje conversaremos sobre a Vida da Ressurreição. A ressurreição do Senhor Jesus ressuscitou nosso espírito. Somos vida nova. Ressuscitados para uma nova vida. 
A Páscoa do Senhor dura sete semanas. Terá seu encerramento apenas no dia de Pentecostes. A Ressurreição é o centro do nosso culto a Deus. Paulo diz: “Se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Co 15.14).
Na quinta-feira Santa meditamos na Páscoa da Ceia. Na sexta-feira Santa na Páscoa da Paixão e no domingo na Páscoa da Ressurreição. Viver a vida da Ressurreição é um desafio diário para cada discípulo.  Hoje aprenderemos a viver esta vida na alegria, no testemunho, na celebração e na santidade.   

I. A Vida da Ressurreição e a Alegria - João 20.1-9
O Evangelho de João 20.1-9 narra as experiências de Maria Madalena, Pedro e João diante do túmulo vazio do Senhor.
Maria Madalena encontra a pedra revolvida e volta dizendo (2): “Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram”.
Pedro e João são os únicos com coragem para ir ao sepulcro do Senhor. João chega primeiro e não entra. Pedro chega depois, entra e vê os lençóis de linho que envolvia o corpo e do outro lado o lenço que estivera sobre a cabeça do Senhor. O Evangelho diz que João viu e creu. Pois, até aquele momento (9) “não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos”.
Enquanto não compreendemos a ressurreição do Senhor, não conseguimos crer na vida da ressurreição que já possuímos em Cristo.
Maria, ainda crendo na morte e no sumiço do corpo do Senhor, fica junto ao túmulo chorando. O senhor ressuscitado a encontra (João 20.10-18).
Agora Maria corre novamente para falar aos apóstolos. Contudo, sua nova mensagem é (18): “Vi o Senhor!”
Antes era uma mensagem de desespero. Não viu o corpo e interpretou que o mesmo fora roubado. Agora, ao ver o Senhor, sua mensagem é verdadeira. Grita com toda alegria: Vi o Senhor.
Quando temos a vida da ressurreição todo desespero é transformado em alegria e esperança.
Muitas vezes interpretamos a vida baseados no desespero e na incredulidade. Contudo, quando temos um relacionamento com o Senhor ressuscitado, passamos a ver a vida a partir da ótica do céu. Passamos a ter uma nova vida da ressurreição. Nosso testemunho passa a ser baseado em nossa verdadeira experiência com o Senhor e com a fé. Nosso testemunho nasce da vida da ressurreição que já está em cada um de nós.

II. A Vida da Ressurreição e o Testemunho - Atos 10.34,37-43
Jesus ressuscitou na madrugada de domingo. A ressurreição de Cristo fortaleceu o testemunho dos apóstolos. Este fato que os motivou a pregar sem medo o Evangelho da Graça do Senhor. Antes da ressurreição, Pedro tinha medo de ser preso e negou Jesus três vezes. Após a ressurreição e o Pentecostes, passou a ser destemido e valente. Tinha um testemunho de vida. Ele viu o Senhor e passou a ter a Vida da Ressurreição.
Em Atos 10.34-43 Pedro está em Jerusalém pregando a ressurreição de Cristo com ousadia. Ele ensina que Deus não faz acepção de pessoas (34-35), mas que trouxe o Evangelho da paz para todos por meio de Jesus Cristo que é Senhor de todos (36).
Afirma ainda que é testemunha, juntamente com os apóstolos, de (39) “de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém”, de sua morte e ressurreição.
Pedro diz (40-43): “ A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto, não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos.Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados”.
A vida da Ressurreição mudou o testemunho de Pedro. Passou a ser ousado e confiante. Quando recebemos a vida da ressurreição em nosso espírito, passamos a ter um testemunho de coragem e ousadia. Falamos do que vivemos. Sabemos que já somos ressuscitados com Cristo no espírito (Leia Efésios 2.6).

III. A Vida da Ressurreição e a Celebração - Salmo 118
A Páscoa do Senhor é a celebração da vida da ressurreição em nós.
A Ressurreição do Senhor no domingo de Páscoa estava profetizada nas páginas do Antigo testamento. Os cristãos sempre identificaram o Salmo 118 como uma profecia sobre a ressurreição de Cristo.
A ressurreição fala da misericórdia (1,2) e do poder de Deus que faz proezas (16).
O Filho declara (17): “Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do SENHOR.
A ressurreição foi uma porta aberta para todos os que crerem no Filho (19,20). Ele é a pedra angular. Jesus foi rejeitado pelo povo que pediu sua morte, mas se transformou na Pedra principal da construção (22,23).
Hoje somos convidados a celebrar a vida da ressurreição com alegria (24): “Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.
A Páscoa é mais do que uma festa da família. É a grande celebração da vida da ressurreição que Cristo Jesus nos trouxe mediante sua morte e ressurreição. É dia de muita festa. Celebre o que Jesus fez em seu espírito.

IV. A Vida da Ressurreição e a Santidade - I Co 5.6-8
Na Páscoa, no crepúsculo do dia 14 de Nissan (calendário judaico) era sacrificado o cordeiro pascal. Ele era assado e comido pelas famílias.
Jesus morreu na cruz na tarde do dia 14 de Nissan e se transformou em nosso Cordeiro Pascal que tirou o Pecado do mundo e nos deu a vida da Ressurreição.
Ele é o nosso Cordeiro Pascal que ressuscitou dentre os mortos. A ressurreição de Cristo se deu em meio às comemorações da Páscoa, da Festa dos Pães Asmos e no dia da Festa das Primícias (a festa dos Pães Asmos começava na Páscoa e era comemorada durante sete dias. Nestes dias não podia haver fermento em nenhuma casa).
             Paulo, em I Coríntios 5.6-8, utiliza da figura da Festa dos Pães Asmos para falar da vida santificada após o encontro com Cristo ressuscitado.
Ele diz (6-8): “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.
A Vida da Ressurreição em nós lança fora todo o pecado.
Jesus é a nossa Páscoa e nós agora precisamos viver os dias dos Pães Asmos. Sem pecado. Sem o fermento da maldade. Este é o nosso compromisso com a Vida da ressurreição. Isso significa que Jesus morreu e ressuscitou e nós devemos viver uma vida de santidade, sem a prática do pecado (o fermento). Glorificamos o Cordeiro Pascal com novas atitudes, nova vida; com a vida da Ressurreição.

Conclusão:
            A Páscoa de Cristo (Morte e Ressurreição) foi um esforço de Deus para a nossa salvação. Com sua morte e ressurreição, recebemos a vida da ressurreição em nosso espírito. Não podemos mais viver derrotados como antes. Agora somos mais do que vencedores. Jesus nos ressuscitou espiritualmente para uma nova vida. Aguardamos a ressurreição dos mortos vivendo a ressurreição da vida em cada área da nossa existência. Aleluia! Jesus ressuscitou! Ele ressuscitou realmente!


Oração
Ó Deus, que para a nossa redenção entregaste o teu unigênito Filho à morte de cruz, e pela tua gloriosa ressurreição nos libertaste do poder de nosso inimigo; concede que morramos diariamente para o pecado, a fim de que vivamos sempre com Ele na alegria de sua ressurreição; mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém

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