1º
Domingo do Advento
Advento é tempo de Vigilância
Is 63.16-17,19. 64.2,7 / Sl
80.2,3,15-19 / I Co 1.3-9 / Marcos 13.33-37
No primeiro domingo do Advento
recomeça o Calendário Cristão. Damos início a nossa história da Salvação em
Cristo Jesus. Este ano é chamado ano B. O Evangelho que irá se destacar será
Marcos (Ano A – Mateus, Ano B – Marcos e Ano C – Lucas).
No
Ciclo do Natal celebramos quatro datas (períodos): Advento, Natal, Epifania e
Batismo do Senhor. Depois virá um breve período de Tempo Comum e entraremos no
Ciclo da Páscoa onde também celebraremos quatro datas (períodos): Quaresma,
Semana Santa, Páscoa e Pentecostes e terminaremos em um longo Tempo Comum até o
outro advento.
Desta
forma, durante 365 dias, meditamos no Ministério do Senhor Jesus e na nossa
Salvação. O Calendário Cristão tem como
o centro a pessoa de Jesus Cristo. Somos crentes em Jesus, nosso Senhor.
No Advento nos preparamos para o
Natal e para a Segunda Vinda do Senhor. São quatros domingos (na liturgia da
Igreja protestante acendemos quatro velas na coroa do Advento). Os dois
primeiros domingos apontam para a segunda vinda Jesus. Os temas são: Vigiai e arrependei-vos.
Os dois últimos domingos falam da primeira vinda de Cristo no Natal. Os temas
são: Alegria e Celebração.
Iremos mergulhar na Palavra de Deus
e celebrar este tempo com muita sobriedade, oração e preparação para o Natal do
Senhor.
I. Vigiai!
Assim como as profecias relataram, Jesus
nasceu em Belém. Da mesma forma as profecias falam da segunda vinda de Cristo que
ocorrerá em breve. A verdadeira celebração do Natal aponta para esta esperança.
Por isso precisamos vigiar.
Em Marcos 13.33-37 Jesus é
muito enfático sobre este tema. Ele diz (33): “Estai de sobreaviso, vigiai e
orai; porque não sabeis quando será o tempo”.
Jesus
conta a parábola de um homem que se ausentou de seu país e deu a cada servo uma
obrigação e ao porteiro mandou vigiar. O dono da casa poderia voltar a qualquer
momento (35,36): “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa:
se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que,
vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo”.
Esta
palavra é para toda a igreja (37): “O que, porém, vos digo, digo a todos:
vigiai”!
Não
podemos deixar que a glutonaria, as festas do mundo e as distrações tirem de
nós o espírito de vigilância.
II. Virá tempo de julgamento - Is 63.16-17,19. 64.2,7
O
mundo não percebeu o nascimento do Senhor. Apenas Maria, José, os pastores e os
magos. Foi o evento mais esperado por Israel, mas que infelizmente, tiveram a
mente secularizada e não perceberam a vinda do Senhor. O milagre de Belém
passou desapercebido pela religião e pela sociedade.
Assim
também será a segunda vinda de Cristo. O Senhor virá para salvar e para julgar
e muitos estarão despreparados.
Isaías
fala desse tempo com muito temor.
Deus
é o redentor (16) e o povo clama por sua volta misericordiosa (17) para trazer
a libertação do cativeiro (18,19). O profeta anuncia o grande pavor das nações
pela volta do Senhor (64.2) e o medo que o povo de Judá sentia por causa de
suas próprias iniquidades (64.7).
Um
dia todo o sistema mundo terminará. Serão salvos aqueles que aceitaram Jesus
como Senhor e Salvação e viveram os valores do Evangelho.
III. Virá tempo de Salvação - Sl
80.2,3,15-19
O
Natal foi um tempo de Salvação. Jesus veio como o Redentor. Foi o Cordeiro de
Deus que morreu na cruz e estabeleceu sua igreja. Seu segundo Advento será a
conclusão do Tempo da Salvação. Virá buscar a Igreja e estabelecer seu reino
eterno na nova terra e novo céu.
O salmista clama
a Deus por este tempo (2): “desperta o teu poder e vem salvar-nos”. Ele pede
restauração, salvação (3) e proteção (15).
Em sua segunda
vinda, a salvação será plena como pede o salmista (17-19): “Seja a tua mão
sobre o povo da tua destra, sobre o filho do homem que fortaleceste para ti. E
assim não nos apartaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome. Restaura-nos,
ó SENHOR, Deus dos Exércitos, faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos”.
A
luz de Cristo resplandecerá sobre o nosso rosto. Podemos aguardar a redenção de
todas as coisas e o fim de todos os sofrimentos (Leia Ap 21.1-5): “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a
primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a
nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva
adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis
o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos
de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima,
e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que
faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são
fiéis e verdadeiras”.
IV.
Virá tempo de comunhão Plena - I Co 1.3-9
O
Natal fala da comunhão da família. É um tempo de rever pessoas queridas e,
juntos, auxiliar o próximo.
Contudo,
a plena comunhão ocorrerá no segundo advento de Jesus.
Paulo da graças
a Deus pela fidelidade da igreja de Corinto mediante a ação do Senhor (4-6),
pois, com os dons do Espírito a igreja aguardava a (7) “revelação de nosso
Senhor Jesus Cristo”.
O apóstolo tem
esperança de que Deus os confirmará na fé até o fim, para serem (8) “irrepreensíveis
no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Esta será a
nossa comunhão plena. Paulo diz (9): “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à
comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”.
Jesus voltará
para vivermos eternamente esta comunhão. Será a alegria que nunca terminará.
Hoje podemos nos alegrar com a esperança da alegria que um dia teremos mediante
a comunhão plena com Jesus.
Conclusão:
O
Advento fala do Jesus que veio e que virá. Ele veio no Natal e voltará na Parusia
(palavra grega que significa “presença, chegada, advento”). Vivamos o tempo do
Natal com os olhos e corações voltados para o céu. Em breve Jesus virá buscar a
Igreja. Por isso: Vigiai! Viva o Natal com o coração na Parusia.
Oração
Deus Onipotente,
dá-nos a graça de rejeitar as obras das trevas e vestir-nos das armas da luz,
durante esta vida mortal, em que teu Filho Jesus Cristo, com grande humildade,
veio visitar-nos; a fim de que, no último dia, quando ele vier em sua gloriosa
majestade, para julgar os vivos e os mortos, ressuscitemos para a vida imortal,
mediante Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, agora e
sempre. Amém.