terça-feira, 26 de março de 2019

4º Domingo da Quaresma - Ano C




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4º Domingo da Quaresma
De Volta a Casa do Pai
Lucas 15.1-3, 11-32

O Evangelho de hoje convida-nos à descoberta do Deus do amor, empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele. Apresenta-nos o Deus/Pai que ama de forma gratuita, com um amor fiel e eterno, apesar das escolhas erradas e da irresponsabilidade do filho rebelde. E esse amor lá está, sempre à espera, sem condições, para acolher e abraçar o filho que decide voltar. É um amor entendido na linha da misericórdia e não na linha da justiça dos homens.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho?
O início do Evangelho de hoje, apresenta todos os publicanos e pecadores se aproximando de Jesus para ouvi-lo. O Jesus misericordioso acolhe a todos.
Publicano era o judeu que, traindo sua nação, trabalhava para o Império Romano cobrando impostos, praticando a corrupção e o extorquindo o dinheiro dos mais pobres.
Pecadores eram os judeus que foram para a prostituição, roubo e imoralidades.
Todo o capítulo 15 é dedicado ao ensinamento sobre a misericórdia: em três parábolas, Lucas apresenta um discipulado sobre a bondade e o amor de um Deus que quer estender a mão a todos os que a teologia oficial excluía e marginalizava.
O ponto de partida é a murmuração dos fariseus e dos escribas que, diante da avalanche de publicanos e pecadores que escutam Jesus, comentam: “este homem acolhe os pecadores e come com eles”.
Acolher os publicanos e pecadores é algo de escandaloso, na perspectiva dos fariseus; no entanto, comer com eles, estabelecer laços de familiaridade e de irmandade com eles à volta da mesa, é algo de inaudito.
A conclusão dos fariseus é óbvia: Jesus não pode vir de Deus, pois na perspectiva da doutrina tradicional, os pecadores não podem aproximar-se de Deus. É neste contexto que Jesus apresenta a “parábola do filho pródigo”.
            O pecador é o filho mais novo que não valorizou a casa do Pai. Ele simplesmente diz (12): “Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe”. Deixa a casa do Pai, perde todos os seus bens (13), passa necessidade (14) e vai trabalhar cuidando de porcos (15). Não é digno nem de comer a comida dos porcos (16). Na lei hebraica o porco é animal imundo, símbolo de desgraça e da contaminação (conforme Levíticos 11.7,8).
            Contudo, o pecador sente necessidade de voltar para a casa do Pai. Percebe o que perdeu (17): “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome”!
            Com humildade, o pecador reconhece o seu pecado (18) e deseja apenas voltar para a casa do Pai para ser um mero trabalhador (19).
            O Pai é Deus. O Pai das Misericórdias. É o Senhor Jesus que acolhe e come com os pecadores. O Pai o avista, fica compadecido, corre, o abraça e o beija (20).
            O rapaz pecador confessa seu pecado e aceita seu estado de filho sem nenhum direito (21).
            O Pai misericordioso não faz cobranças nem levanta culpas. Apenas o perdoa com as seguintes palavras (22-24): “Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
            O filho mais velho são os fariseus e escribas. Ele fica indignado com a acolhida do Pai que recebe o pecador e come com ele (28). Ele diz ao Pai (29,30): “Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado”.
            Os escribas e fariseus não conseguiam se alegrar com a aproximação dos pecadores arrependidos. A resposta de Jesus para os religiosos foi colocada na boca do Pai da parábola (32): “...era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.
            Esta alegria de Jesus é demonstrada também ao final da parábola da ovelha perdida  (4-6): 6 “E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida”. E ao final da parábola da dracma perdida (8-10): “9 E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido”.
            Jesus deixa claro para os religiosos (7): “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________________________________

·         Preciso me perguntar sempre: Tenho valorizado a Casa do Pai?
·         Nenhum prazer ou dinheiro pode ser comparado com a Casa do Pai. Estar na Casa do Pai é maior riqueza.
·         Jesus acolheu pecadores arrependidos. Preciso estar disposto em acolher a todos que desejam o perdão de Deus. Sem fazer acepção de pessoas.
·         A miséria do filho pródigo é a miséria de todos os que um dia se desviaram da casa do Pai.
·         O filho se arrepende e volta. Você precisa se arrepender e voltar hoje para o Senhor?
·         O Pai o recebe como filho. Temos um Pai de amor que nos acolhe mesmo depois do nosso pecado. O caminho de volta está no arrependimento sincero.
·         Deus sempre faz festa com aquele que volta para casa.
·         Não posso ser como o filho mais velho. Tenho que ser misericordioso assim como o Pai é misericordioso.
·         O filho mais velho não valorizava o que tinha e não era feliz com a volta dos pecadores. Precisamos nos alegrar com os desviados que retornam para a casa do Senhor.
·         Precisamos ser parecidos com o Pai. (Lc 6.36): “Sede misericordiosos para com os outros, assim como vosso Pai é misericordioso para convosco”.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): ______________________________
            Senhor. Nos de um coração misericordioso para acolher todos que desejam voltar para a Casa do Pai. Perdoa nossos pecados. Muitas vezes a religião e as tradições dos homens nos faz ficar com o coração duro para receber quem deseja voltar para Tua Casa. Também Senhor, se estamos desviados de Sua casa, nos receba de volta neste dia. Desejamos estar com o Pai. Nunca queremos deixar seu caminho e sua casa novamente. Por Jesus Cristo misericordioso, na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

Conclusão:
Hoje aprendemos sobre o amor misericordioso do Pai. Precisamos trabalhar para trazer de volta todos os filhos pródigos que estão fora da Casa do Pai, sofrendo e rolando entre os porcos. Que sejamos parecidos com o Senhor Jesus que acolhe e come com pecadores arrependidos. Que possamos nos alegrar com os que retornam, sem fazer cobranças ou gerar culpas. Você tem trabalhado para trazer vidas a Casa do Pai?

terça-feira, 19 de março de 2019

3º Domingo da Quaresma - Ano C



3º Domingo da Quaresma
Convite ao Arrependimento e a Conversão
Lucas 13.1-9

O Evangelho de hoje situa-nos, já, no contexto da “viagem” de Jesus para Jerusalém. Mais do que um caminho geográfico, é um caminho espiritual, que Jesus percorre rodeado pelos discípulos.
Durante esse percurso, Jesus prepara-os para que entendam e assumam os valores do Reino. Pretende-se que, terminada esta caminhada, os discípulos estejam preparados para continuar a obra de Jesus e para levar a sua proposta libertadora a toda a terra. O texto que hoje nos é proposto apresenta um convite ao arrependimento e à conversão. Deus deseja que sejamos figueiras frutíferas.  

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho?
O Senhor Jesus relata as multidões e aos discípulos duas ocorrências: a morte dos Galileus pelos soldados de Pilatos enquanto estes sacrificavam,  e o desabamento da torre de Siloé que matou 18 pessoas.
Sobre a morte dos Galileus, o Senhor Jesus diz (2,3): “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis”. A mesma verdade disse sobre os mortos no desabamento da Torre de Siloé (4,5).
A conclusão que Jesus tira destes dois casos é bastante clara: aqueles que morreram nestes desastres não eram piores do que os que sobreviveram. Refuta, desta forma, a doutrina judaica da retribuição segundo a qual o que era atingido por alguma desgraça era culpado por algum grave pecado. No caso presente, esta doutrina levava à seguinte conclusão: “nós somos justos, porque nos livramos da morte nas circunstâncias nomeadas”. Em contrapartida, Jesus afirma que, diante de Deus, todos os homens precisam de se converter. A última frase do vers. 5 (“se não vos arrependerdes perecereis todos do mesmo modo”) deve ser entendida como um convite à mudança de vida; se ela não ocorrer, quem vencerá é a destruição e a morte eterna.
Para dar maior ênfase a misericórdia de Deus e a necessidade de conversão o Senhor cita a parábola da figueira.
Um homem tem uma figueira plantada em sua vinha que não produz frutos. Ele disse ao viticultor (7): “Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra”?
O viticultor pede uma nova chance para a figueira (mais um ano). Ele diz (8,9) “Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
O Antigo Testamento tinha utilizado a figueira como símbolo de Israel (Os 9.10), inclusive como símbolo da sua falta de resposta à aliança (Jr 8.13). Deus espera, portanto, que Israel (a figueira) dê frutos, isto é, aceite converter-se à proposta de salvação que lhe é feita em Jesus; dá-lhe, até, algum tempo (e outra oportunidade), para que essa transformação ocorra. Deus revela, portanto, a sua bondade e a sua paciência; no entanto, não está disposto a esperar indefinidamente, pactuando com a recusa do Seu povo em acolher a salvação. Apesar do tom ameaçador, há no cenário de fundo desta parábola uma nota de esperança: Jesus confia em que a resposta final de Israel à sua missão seja positiva.
É uma parábola para Israel e para cada discípulo e ouvinte.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________________________________

·         Não somos melhores do que os que sofrem. Todos nós precisamos de conversão e arrependimento.
·         Precisamos olhar prioritariamente para os nossos pecados. É uma virtude reconhecer os próprios defeitos.
·         Tenho produzido os frutos que Deus espera da minha vida?
·         Deus não está disposto a esperar indefinidamente. Um dia virá o juízo e preciso estar preparado. Preciso aproveitar a oportunidade para voltar para Deus. Na parábola Jesus diz: “Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
·         Preciso aceitar a misericórdia de Jesus. Ele deseja trabalhar em minha vida um pouco mais. Ele tem esperança que irei mudar.
·         Estou disposto a abandonar o pecado e começar a dar os frutos exigidos pelo Senhor?

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): ______________________________
           
Senhor. Reconheço que não sou melhor do que qualquer pecador. Careço de sua misericórdia e bondade para viver. Preciso dar frutos. Obrigado por que a sua misericórdia insiste em minha vida. O Senhor tem tratado de minhas raízes para que possa ser uma figueira frutífera. Desejo aproveitar todas as oportunidades para fazer sua vontade e ser uma pessoa cada dia melhor. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo, um único Deus agora e sempre. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _____________________________________________________________

Conclusão:
            O Evangelho nos desafiou a olhar para nossa própria vida e perguntar: Tenho dado frutos? Sou o que Deus espera e deseja? Tenho aproveitado o ano da misericórdia do Senhor para voltar a dar frutos? Hoje Deus está nos convidando a conversão e ao retorno ao projeto do Reino de Deus. Aceite Jesus e seja o que Ele deseja e tem trabalhado em sua vida. O trabalho de Jesus em nós não será em vão. Em Nome de Jesus. Amém.

terça-feira, 12 de março de 2019

2º Domingo da Quaresma - Ano C



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2º Domingo da Quaresma
Bom é estarmos aqui
Lucas 9.28-36

Sempre no 2º Domingo da Quaresma meditamos na Transfiguração do Senhor diante de Pedro, Tiago e João. No monte aparecem Moisés e Elias conversando com o Senhor Jesus sobre os eventos da Semana Santa. Pedro, Tiago e João conseguem ver o Jesus Transfigurado e glorificado. Foi uma antecipação da Páscoa do Senhor. Mesmo com todo o sofrimento da sexta-feira Santa, o Senhor iria ressuscitar e ser glorificado pelo Pai no Domingo de Páscoa. A presença de Deus no monte foi tão maravilhosa que Pedro diz: “Bom é estaremos aqui”. Hoje o Evangelho nos levará a contemplar o Jesus transfigurado e a reconhecer que Ele tem o controle e o poder total sobre nossa vida. Com Jesus sempre estamos seguros e confiantes.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?______

Lucas relata no capítulo 9, nos versículos anteriores, que Jesus estava orando à parte com os discípulos (18). Sabemos que ele estava em Cesareia de Filipe (Mt 16.13). Foi nesta ocasião que Ele pergunta: Quem dizem as multidões que sou eu? O povo diziam que Jesus era João Batista, Elias ou algum profeta. Mas Jesus pergunta aos discípulos: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Pedro responde: És o Cristo de Deus (20).
Logo em seguida, o Senhor começou a relatar o sofrimento da Semana Santa (22): “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite”.
Lucas não relata, mas Mateus e Marcos afirmam que Pedro foi usado por satanás para repreender Jesus (Mt 16.22,23). Ele e os demais apóstolos não aceitavam a cruz e o sofrimento no ministério do Senhor.
Por isso o Jesus diz (23-26): “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo? Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos”.
Diante desta instabilidade de Pedro e dos apóstolos, Jesus resolve levá-los a uma experiência maior, transcendente e mais profunda sobre sua pessoa e divindade: (28) “Cerca de oito dias depois de proferidas estas palavras, tomando consigo a Pedro, João e Tiago, subiu ao monte com o propósito de orar”.
            Jesus sobe ao monte (Monte Tabor, segundo a tradição) com seus três principais apóstolos e começa a orar. (29) “enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura”. Sua aparência sofreu uma metamorfose (mudança de forma). Demonstrando a Glória da ressurreição que viria depois do sofrimento da cruz.
            Para confirmar aos apóstolos a necessidade do sofrimento e da cruz, apareceram em glória dois varões, Moisés (representando a Lei) e Elias (representando os profetas), os quais “(31) ...falavam da sua partida, que Ele estava para cumprir em Jerusalém”. A morte do Senhor não foi um acidente. Ele é o Cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo. Tudo estava profetizado no Antigo Testamento.
            Os apóstolos viram tudo, apesar de estarem com muito sono (32). Ao se retirarem Moisés e Elias, Pedro sugere: “Mestre, bom é estarmos aqui; então, façamos três tendas: uma será tua, outra, de Moisés, e outra, de Elias”.
O Evangelho diz que Pedro não sabia o que dizia. Foi tomado pelo medo e pela emoção.
Neste instante apareceu uma nuvem e envolveu a todos. O Evangelho diz que “encheram-se de medo ao entrarem na nuvem”.
A transfiguração termina com a voz do Pai. No meio da nuvem veio uma voz dizendo: “Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi”.
Os apóstolos deveriam ouvir Jesus, mesmo quando falava da cruz, do sofrimento e da dor que iria passar em Jerusalém. Jesus é o Filho, o eleito, para a salvação de todo aquele que crer.
O Evangelho termina dizendo (36): “Depois daquela voz, achou-se Jesus sozinho. Eles calaram-se e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto”.
Foram impactados e tiveram a antecipação da glória da Ressurreição do Senhor

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________________________________

·         A transfiguração nos ensina a ver, diante da cruz e do sofrimento, a glória da Ressurreição.
·         A subida ao monte foi para auxiliar Pedro, Tiago e João na instabilidade espiritual que estavam sofrendo. Muitas vezes a nossa fé fica tremula e precisa ser renovada no Senhor.
·         Na Transfiguração tiveram uma experiência maior, transcendente e mais profunda sobre a pessoa e divindade de Jesus. Preciso ver Jesus além da história. Ele é o Deus encarnado que veio nos salvar. Minha fé precisa ser transcendente.
·         A Transfiguração vem durante a oração do Senhor. Preciso ser transfigurado pela vida de oração.
·         Preciso ler o Antigo Testamento olhando para o sacrifício e ressurreição do Senhor. Moisés e Elias (a lei e os Profetas) nos ensinam sobre Jesus.
·         Preciso reconhecer como é bom estar na presença de Deus. Como é bom ter um encontro com Deus.
·          Muitas vezes somos como Pero, tomados pela emoção e pelo medo, não sabemos o que falamos. Precisamos ter prudência acima de tudo.
·         A transfiguração termina com a voz do Pai. Qualquer experiência cristã está baseada na Palavra de Deus, na voz do Senhor. Não existe experiência contrária a revelação do Senhor.
·         A Palavra do Pai é: “Este é o meu Filho, o meu eleito; a ele ouvi”. Minha vida cristã será perfeita, sadia, justa e feliz se eu aprender a ouvir Jesus em todas as áreas de minha vida. O Evangelho precisa vir em primeiro lugar.
·         Que possamos ser impactados pela Semana Santa e pela ressurreição do Senhor. Este é o mistério da nossa salvação.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): ______________________________

            Senhor. Desejamos subir ao monte com o Senhor Jesus e ter uma vida constante de oração. Queremos ver Jesus transfigurado em nosso coração. Aceitamos a cruz e o sofrimento como caminhos para a ressurreição e a Páscoa. Desejamos ouvir Moisés e Elias apontando o caminho da via dolorosa. Queremos ser absortos na nuvem da tua glória e ouvir a voz do Pai. Ensina-nos a ouvir e a praticar o Seu Evangelho. Que, em nossa vida de oração, possamos ser transfigurados pelo Senhor para abençoar nosso próximo e viver a Tua vontade em todas as áreas de nossa vida. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.


IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

Conclusão:                       
            A Transfiguração do Senhor é o segundo degrau da Quaresma que nos prepara para a Semana Santa e para a Páscoa. Somos salvos pela ação de Jesus em vir morrer e ressuscitar para a nossa salvação. Ele é o Cordeiro de Deus. E Nele somos mais que vencedores. Jesus é o Rei da Glória.

terça-feira, 5 de março de 2019

1º Domingo da Quaresma - Ano C

Vídeo com a Meditação do Pr. Edson Cortasio Sardinha


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1º Domingo da Quaresma
A Quaresma do Senhor
Lc 4.1-13

As Igrejas da atualidade tem realizado uma prática muito bonita e eficaz: Campanha de Jejum e oração baseada em passagens da Bíblia Sagrada. Por exemplo, o famoso Jejum de Daniel. Uma campanha de Oração de 21 dias por uma causa específica na área de libertação.
Assim também a Igreja primitiva do III século criou a primeira campanha de oração da Igreja Primitiva: Os 40 dias de Jejum e Oração do Senhor Jesus. Esta campanha começava em uma quarta-feira e se estendia até a Páscoa do Senhor. O propósito era preparar os novos convertidos para o Batismo e também tratar espiritualmente dos que estavam desviados da fé. Estes ficavam em oração até a quinta-feira santa onde eram reconciliados para poder participar, com alegria, da Páscoa do Senhor.
Esta campanha da Igreja antiga chamava-se Quaresma. Até hoje as igrejas cristãs históricas guardam esta data para orar, jejuar e fazer alguma obra concreta ao próximo.
É uma campanha que tem como objetivo a consagração espiritual e a nossa preparação para a Páscoa do Senhor.
Hoje o Evangelho relata este período de oração do Senhor Jesus.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?______

            O Evangelho narra o evento ocorrido logo após o Batismo do Senhor. Ele sai do rio Jordão cheio do Espírito Santo e é levado pelo mesmo Espírito ao deserto para um período de oração e jejum (1).
            Este propósito de oração durou quarenta dias. Nestes quarenta dias foi tentado pelo diabo para que pudesse quebrar o jejum e a sua campanha de oração (2).
            Como nada comeu naqueles dias, teve naturalmente fome. Lucas informa que a fome veio ao fim dos quarenta dias: “ao fim dos quais teve fome” (2).
            A fome de Jesus é a oportunidade do diabo. Ele se aproxima do Senhor e diz (3): “Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”.
            Ele aconselha Jesus a provar que era o Filho de Deus, fazer o milagre e quebrar o jejum. O objetivo único do diabo era que o Senhor quebrasse o jejum; contudo, seu argumento era para que Ele provasse que era o Filho de Deus.
            Jesus responde (4): “Está escrito: Não só de pão viverá o homem”. O Senhor cita com precisão Deuteronômio 8.3: “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem”.
            Depois o diabo mostrou, como numa projeção de cinema, todos os reinos do mundo (5) e lhe diz (6,7): “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua”.
            O diabo oferece todos os reinos do mundo que lhe foi entregue pelo o pecado de Adão. A única contrapartida exigida é a adoração: “Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua”.
            Jesus responde baseado em Deuteronômio 6.13 e 10.20: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele darás culto” (8). Jesus não troca a adoração ao Pai por nenhum reino desse mundo.
            O diabo então o leva até o pináculo do Templo em Jerusalém e resolve tentar Jesus citando o Salmo 91: “Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. (9,10,11).
            A tentação visava fazer Jesus aparecer diante dos judeus de forma diferente do projetado pelo Pai.
            Jesus simplesmente responde (12): “Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Ele enfrenta a tentação citando Deuteronômio 6.16.  
            O diabo não tentou Jesus apenas nestas áreas. Ele atacou com toda sorte de tentações. Lucas diz (13): “Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno”.
Até a morte da cruz o diabo nunca desistiu de fazer Jesus desistir do Seu ministério. Contudo, o Senhor perseverou firme para a nossa salvação.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________________________________

·         O Espírito Santo levou Jesus ao deserto para momentos de oração e jejum. Deus permite os desertos em nossa vida visando a nossa maior consagração e dependência dele.
·         Assim como o Senhor Jesus fez uma campanha de oração de 40 dias, assim também a igreja criou a Quaresma. Hoje também devemos ter momentos de oração e jejum.
·         O diabo sempre nos tentará para que possamos quebrar o jejum e a nossa consagração ao Senhor.
·         A fome de Jesus é a oportunidade do diabo. O diabo nos tentará em cima das nossas fraquezas e carências.
·         Os argumentos do inimigo tem duplos sentidos e projetos de destruição. O seu objetivo e nos fazer sair da vontade de Deus.
·         Jesus vence as tentações citando a Palavra de Deus. Preciso ler diariamente a Palavra para poder resistir as tentações do diabo.
·         O diabo oferece os reinos do mundo em troca da adoração. Não posso negociar a adoração ao Senhor por nada. Tenho que recusar os reinos do mundo. Não troque a adoração ao Pai por nenhum reino desse mundo.
·         O diabo tenta fazer Jesus realizar milagres no Templo apenas para promovê-lo fora do projeto do Pai. Não posso realizar nada que não esteja no projeto do Pai para minha vida. Não posso viver tentando Deus. Tenho que crer e aceitar seus desígnios.
·         Sempre seremos tentados a deixar os projetos de Deus. Precisamos vigiar e resistir ao diabo, pois ele fugirá de nós em Nome de Jesus.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): ______________________________

Senhor. Obrigado pela quaresma do Senhor Jesus. Assim como Senhor, somos tentados em nossas fraquezas e carências. O inimigo sempre tentará nos fazer negociar a nossa adoração ou sairmos do projeto do Senhor para a nossa vida. Ajude-nos a perseverar no jejum e na oração. Que possamos viver tempos de arrependimento, oração e de quaresmas no enfrentamento do mal. Que sejamos firmes no Senhor para permanecermos nos seus sonhos e projetos para a nossa vida. Em Nome do Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

Conclusão:
            A Quaresma do Senhor inspirou a nossa Quaresma. Hoje também devemos fazer consagrações de oração e jejum olhando para o exemplo do Senhor Jesus. A caminhada cristã não é fácil. Seremos sempre atacados para desistir da fé. Mas fomos chamados para perseverar na fé no Senhor conforme a Palavra de Deus. Permaneça na Palavra de Deus. Em arrependimento,  oração e jejum venceremos todos os obstáculos em Nome de Jesus.