terça-feira, 11 de novembro de 2025

Evangelho do 33º Domingo Comum - Ano C - Perseverança nos Dias Finais - Lc 21.5-19

 



33º Domingo Comum

Perseverança nos Dias Finais

Lc 21.5-19

 

Sabemos que o mundo irá caminhar de mal a pior. Tantos as leis dos homens, quanto a própria natureza, irão causar grandes destruições na família e na sociedade. Tudo isso são sinais da volta de Cristo. São apenas os princípios das dores. A única coisa que o Senhor nos pede é a perseverança. Ele diz: É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma (Lc 21.19). Muitos começam e desistem no meio do caminho. Precisamos zelar pela perseverança. Não podemos desistir da fé, da obra de Deus e de nosso compromisso com a Igreja do Senhor. Na nossa perseverança ganharemos a nossa alma.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Senhor Jesus está no Templo de Jerusalém com seus discípulos. Este não era o Templo de Salomão. O primeiro Templo foi destruído no ano 558 aC por Nabucodonosor. Somente depois de 70 anos que os judeus voltaram a reconstruir o Templo.  No século I  aCHerodes o Grande,  ordenou uma remodelação ao templo, com o propósito de agradar ao Imperador romano  Júlio César, mandando construir num dos vértices da muralha a Torre Antônia, uma guarnição romana que dava acesso direto ao interior do pátio do templo. Esta mudança que Herodes fez simbolizou uma profanação para os judeus. Apesar disso, o Templo ficou muito bonito e soberbo. Passou a ser chamar Templo de Herodes.

É neste contexto que entendemos a admiração dos discípulos de Jesus. O Texto diz que (5) “falavam alguns a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas”.

Diante de tal admiração, o Senhor profetiza a destruição completado templo de Herodes (6): “Vedes estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada”. Isso ocorreu no ano 70 dC quando veio o general Tito com o poderoso exército romano. Destruiu o Templo, a cidade e mataram milhares de judeus.

Os discípulos desejaram saber o tempo quando tudo seria cumprido (7). E neste instante que o Senhor faz várias profecias sobre o princípio das dores.

            Aparecerão falsos Cristos anunciando o dia final (8).

Ocorrerão guerras e revoluções (9). Sobre isso Jesus orienta: “não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo”.

            O Senhor afirma que nação se levantaria contra nações (10), haveria grandes terremotos (11), epidemias e fome em vários lugares.

            Além disso, ocorrerão fenômenos no céu: “coisas espantosas e também grandes sinais do céu”. 

            A perseguição sobre os discípulos de Jesus seria um fato em toda a história (12) “lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome”.

Toda a perseguição serviria de oportunidade para que a igreja desse testemunho (13-15).  O sofrimento ocorreria até mesmo dentro de casa (16): “E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós”.

Os verdadeiros discípulos do Senhor seriam odiados de todos os lados (17), mas o Senhor os guardará para a vida eterna. Jesus diz (18): “não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça”.

Jesus conclui dizendo aos seus discípulos (19): “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Toda a beleza e construção humana serão destruídas. Não ficará pedra sobre pedra. Por isso nosso coração precisa estar em Deus.

·         Não podemos seguir a falsos profetas e a falsos Cristos. Precisamos ter zelo doutrinário para não sermos enganados.

·         Antes do fim do mundo haverá uma sequencia de acontecimentos. Serão os princípios das dores. Precisamos estar preparados para ser a esperança do mundo com a Palavra de Deus.

·         Podemos esperar mais guerras, grandes terremotos, epidemias e fome na terra. Precisamos nos preparar para ser o sal e a luz do mundo.

·         A perseguição sobre os verdadeiros discípulos é inevitável.  

·         O propósito da perseguição é o nosso testemunho. Não podemos perder nenhuma oportunidade para falar do amor de Jesus.

·         Muitas vezes seremos perseguidos até mesmo dentro de casa. Jesus diz: “E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós”.

·         Seremos odiados pelo mundo, contudo, amados e guardados pelo Pai.

·         Temos que ser perseverantes diante de todas as lutas e perseguições. Não podemos sair da Igreja, abandonar nossa fidelidade, e deixar nosso grupo de discipulado. Jesus nos diz (19): “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

 

Senhor. Obrigado por seu amor e orientação. Sabemos que o mundo está caminhando para o fim. Desejamos ser perseverantes diante de tantas lutas e perseguições. Que sejamos o sal da terra e a luz do mundo nos tempos finais. Que não venhamos desistir de ser fieis aos votos. Ajude-nos a caminhar na perseverança da fé. Não nos deixes perder o ânimo, o amor, a fé e a esperança. Com o Senhor seremos fiéis até a morte. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?  

 

Conclusão:

Hoje aprendemos sobre os dias finais e a perseverança. Muitos começam com a alegria, a caminhada da f é, mas desistem pelo caminho. Que possamos lutar pela nossa salvação. Ouçamos o Senhor Jesus: “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”. Que sejamos perseverantes no testemunho, na fidelidade, na frequência aos cultos e na célula. Que sejamos perseverantes em nosso testemunho e em nossas devocionais particulares. Que sejamos perseverantes na leitura diária da Bíblia e nos dízimos e ofertas. “É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma”.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Evangelho do 32º Domingo Comum - A Ressurreição dos Mortos - Lucas 20.27-38

 


32º Domingo Comum

A Ressurreição dos Mortos

Lucas 20.27-38

 

Nosso corpo é sagrado. É o templo do Espírito Santo. Todo adultério ou prostituição é pecado contra o corpo. Quem destrói e peca contra o corpo, Deus o destruirá. Em I Co 3.17 Paulo diz: Se alguma pessoa destruir o santuário de Deus, este o destruirá; pois o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. Nosso corpo é tão sagrado que o Senhor nos deu a bênção da ressurreição dos mortos. Todos nós ressuscitaremos em um novo corpo. Na época de Jesus os saduceus não acreditavam na ressurreição e enfrentam Jesus. Mas o Evangelho nos ensina que Deus é Senhor de vivos e não de mortos. Continuaremos a existir depois da morte e no final dos tempos receberemos um novo corpo na ressurreição dos mortos.

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Saduceus era uma seita judaica materialista que não cria na ressurreição e nem na vida após a morte. Para eles a bênção de Deus se limitava a esta vida.

Para tentar ridicularizar a fé do Senhor Jesus, eles contam uma história.

Eles citam a lei do levirato. Esta lei é ordenada em Deuteronômio 25.5-6 e obriga o irmão a se casar com a viúva de seu irmão falecido sem filhos. A criança que nasce, torna-se herdeira do falecido e não herdeira do pai genético.

Os saduceus dizem que havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos; o segundo e o terceiro também desposaram a viúva; igualmente os sete não tiveram filhos e morreram. Por fim, morreu também a mulher.

Logo após perguntam a Jesus (33): “Esta mulher, pois, no dia da ressurreição, de qual deles será esposa? Porque os sete a desposaram”.

Foi uma pergunta construída para tentar constranger o Senhor. 

Jesus ensina que o casamento é uma instituição para este mundo. Os ressuscitados na era vindoura, (35) “não casam, nem se dão em casamento”. Os salvos nunca morrem, são como anjos. São chamados filhos da ressurreição (36).

Para provar a ressurreição, o Senhor cita o Antigo Testamento dizendo (37) que a ressurreição é demonstrada em Moisés. Ele diz: “Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó

Lembre que na época da experiência da sarça, Abraão, Isaque e Jacó já eram mortos. Mas Deus continuava sendo chamado de “o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó

Por isso o Senhor Jesus conclui dizendo (38): “Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem”.

Todos os que morrem continuam vivos diante de Deus.

  

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         A bênção de Deus não se limita somente para esta vida. Cremos na vida eterna, na morte eterna e na ressurreição dos mortos.

·         Assim como os Saduceus, muitas pessoas vão tentar ridicularizar a nossa fé. Mas precisamos permanecer firmes e conhecer as doutrinas da Palavra de Deus.

·         O diabo sempre citará a Bíblia para nos confundir. Sempre quando vieram doutrinas estranhas com citações bíblicas, preciso consultar meu discipulador para conhecer a verdade. Existem muitos “saduceus” hoje que citam a Bíblia para tentar nos confundir e nos fazer desviar da verdadeira fé.  

·         Cremos na vida eterna. Os salvos no céu não se casam, nem se dão em casamento. São como anjos do Senhor. São filhos da ressurreição.

·         Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para Ele todos vivem. Permaneceremos vivos diante de Deus no céu aguardando o toque da última trombeta quando voltaremos com o Senhor do céu e receberemos um novo corpo.

·         Nossa fé em Jesus é para esta vida e para a vida eterna.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

Senhor. Muito obrigado pela vida eterna que temos em Cristo Jesus. Louvado seja o Teu nome porque teu Filho ressuscitou e foi ao céu preparar moradas para os salvos. Ajuda-me a evangelizar e levar muitos amigos para o céu. Que eu seja um mensageiro das boas novas que trazem salvação eterna. Por Jesus Cristo, nosso Senhor na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

 

Conclusão:

Jesus é o Senhor do Universo. Ele é a ressurreição e a vida. Precisamos trabalhar e evangelizar para levar um maior número possível de vidas para a Casa eterna do Senhor. Que possamos acolher as vidas que um dia serão salvas pela graça de Deus. Nosso maior objetivo é salvar almas que possuirão a vida eterna. Em Nome de Jesus. Amém.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Evangelho do 31º Domingo Comum - Jesus na Casa de Zaqueu - Lc 19.1-10.

 


 31º Domingo Comum

Jesus na Casa de Zaqueu

Lc 19.1-10.

           

O Evangelho de Hoje nos levará a Jericó, a casa de Zaqueu. Aprenderemos o resultado da salvação. Quando Cristo entra em nossa vida tudo se transforma. É impossível ser a mesma pessoa quando temos Jesus. Veremos também que o Senhor não faz acepção de pessoas. Todos podem ser salvos e transformados pela Graça. Que sejamos instrumentos de Deus na salvação do mundo. 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Senhor deixa a Galiléia e sobe para Jerusalém. No caminho teve que passar pela cidade de Jericó (1).

Em Jericó ocorre o encontro com Zaqueu que era o maioral dos publicanos e rico. Publicano era o cobrador de impostos que trabalhava para o Império Romano. Zaqueu era o maioral dos publicanos, ou seja, era o que tinha comprado de Roma o direito de cobrar impostos. Como era rico, ele pagava o imposto a Roma com antecedência de um ano e depois cobrava da população o que lhe convinha, com o valor supervalorizado. Contratava funcionários e seguranças e exigia o imposto da população de Jericó. Por exemplo, pagava a Roma 4 mil e depois cobrava da população 12 mil.

Zaqueu ouviu falar de Jesus e procurava vê-lo. Contudo, não podia por causa da multidão, talvez por medo de se expor, e também porque era de pequena estatura (3).

Correu a frente da multidão e subiu em um sicômoro a fim de vê-lo (4). Sicômoro é o figo silvestre consumido pelas pessoas pobres. Precisa ser apertado ainda verde no pé para poder amadurecer mais rápido e ser consumido. Zaqueu se expõe subindo em uma árvore de pobres.

Jesus para diante do sicômoro, olha para cima e por revelação, chama o maioral dos publicanos pelo nome dizendo (5): “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa”.

O Evangelho diz que (6) “Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria”.

Zaqueu era odiado por sua profissão. Todos sabiam que ele era um pecador. Por isso os que viram isto murmuravam, dizendo que Jesus se hospedara com homem pecador (7). 

Sem saber da murmuração, Zaqueu se levantou da mesa e disse ao Senhor (8): “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”.

A presença de Jesus mudou a vida e as atitudes de Zaqueu. Ficou menos rico 50%. Deu a metade de seus bens aos pobres.

E ainda se colocou a disposição de pagar quatro vezes mais se nalguma coisa tinha defraudado alguém.

Diante desta atitude corajosa (9,10) o Senhor Jesus lhe diz: “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”.

A salvação fez Zaqueu ter atitude justa e ter misericórdia para com os pobres. Jesus viu nisso sinais de salvação. 

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Jesus encontrou com o rico Zaqueu, foi a sua casa e lhe deu a salvação.  O Senhor não faz acepção de pessoas. Ele deseja salvar a todos: ricos e pobres.

·         Assim como Zaqueu, muitas pessoas se encontram impedidas de ver Jesus. Precisamos ser um sicômoro em suas vidas.

·         Zaqueu se expõe subindo em uma árvore de pobres. Não posso medir sacrifícios para fazer a obra de Deus. Preciso ter disposição para estar com Cristo.

·         Jesus conhecia Zaqueu e seu nome antes mesmo que alguém lhe apresentasse. Assim também o Senhor conhece a nossa vida. Nada consegue ficar oculto aos olhos do Senhor.

·         Zaqueu desceu a toda a pressa e recebeu Jesus com alegria. Não posso ficar perdendo tempo. Tenho que ter pressa para fazer a vontade de Deus. Preciso ser motivado pela alegria de estar com o Senhor.

·         Muitas pessoas poderão murmurar da conversão dos pecadores. Mas precisamos olhar para Jesus, não para as pessoas que murmuram e criticam.

·         Zaqueu resolveu sacrificar seus bens como sinal de sua conversão. Nossas ofertas, dízimos e ajuda aos carentes revelam se de fato somos convertidos ou não.

·         A presença de Jesus nos desprende dos bens materiais por amor a obra. Por causa da presença de Jesus somos dizimistas fiéis. 

·         Só há salvação em nossa casa quando nossas atitudes mudam. Diante da atitude de Zaqueu o Senhor falou: “Hoje, houve salvação nesta casa”.

·         Precisamos ter sinais de salvação em nossa vida. Salvação é mudança de vida operada por Deus mediante a graça do Senhor Jesus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Entra em minha casa e na minha vida. Desejo te ver e te receber em minha intimidade. Que eu tenha a conversão de Zaqueu para ser desprendido, correto e justo diante dos homens. Que sua presença em minha casa causa alegria, salvação e vitória. Necessito do Senhor e da conversão verdadeira. Ajuda-me a compartilhar a fé com as pessoas ricas e pobres. Que eu seja um sicômoro na vida das pessoas perdidas. Que minha vida leve Jesus as pessoas. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            Fomos desafiados a levar vidas a Cristo. Quando o Senhor entra em nossa família tudo muda. Nossa relação com o próximo, com Deus e com os bens materiais passa a ter outras prioridades. Passamos a ter sabedoria para viver de forma justa e correta, e sempre desprendido para ser fiel as ofertas, aos dízimos e a ajuda aos carentes. Que possamos cantar hoje: Entra na minha casa / Entra na minha vida / Mexe com minha estrutura / Sara todas as feridas / Me ensina a ter santidade / Quero amar somente a ti / Porque o senhor é o meu bem maior / Faz um milagre em mim.

 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Evangelho do 30º Domingo Comum - O Fariseu e o Publicano - Lc 18.9-14

                                               

30º Domingo Comum

O Fariseu e o Publicano

Lc 18.9-14

 

Hoje o Senhor nos ensinará sobre a oração correta através da figura de um fariseu e de um publicano. Jesus conta uma parábola que nos exorta a não confiarmos em nós mesmos e a não desprezarmos os outros. Ele deixa claro que minha relação com o outro atrapalha minha relação com Deus. Demonstra ainda que nem sempre minhas orações “perfeitas” são aceitas por Deus. Aprenderemos que o segredo é viver com humildade e amor para com o próximo. Nunca nossa santidade pode menosprezar os outros. Se assim não for, não será santidade; será apenas atitude religiosa que não alcança nenhum benefício diante de Deus.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Evangelho de hoje é uma parábola que tem como propósito exortar as pessoas que confiam em si mesmas, por se considerarem justos, e desprezam os outros.

O Senhor diz que dois homens (10) “subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano”.

Fariseu era um partido judaico muito zeloso e correto. Eram espirituais, acreditavam nos anjos e na ressurreição dos mortos. O nome fariseu significa separado, pois procuravam ter uma vida moral elevada e separada dos impuros.

Publicano era o nome dado ao cobrador de impostos do Império Romano. Além de todos os impostos que a pessoa tinha que pagar, existia também o Imposto de escravidão, pois o Império Romano dominava a Judéia e grande parte do mundo. Todos os povos debaixo do seu domínio pegavam impostos como se fossem escravos. O publicano recebia uma região para cobrar impostos e superfaturava estas cobranças oprimindo ainda mais o pobre. Por isso que todo publicano era considerado pecador e odiado pela nação judaica.   

Na parábola, cada um tem uma oração própria. Jesus diz que o fariseu orava de si e para si (11). Era uma oração meramente religiosa que visava se exaltar como religioso. A oração não era para Deus. Era “de si e para si”.

Sua oração era (11,12): “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho”. 

Tudo que ele fazia era correto: não roubava, não era injusto, não adulterava, não cobrava impostos para a maligna Roma, jejuava duas vezes por semana e entregava o dizimo de tudo quanto ganhava.

Estas práticas precisavam existir na vida do homem de Deus. Contudo o seu erro era um só; ele orava dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens”. Ele se considerava justo aos seus próprios olhos e desprezavam os outros. Usava de todas suas práticas corretas para acusar e desprezar os pecadores. Por isso o Senhor diz que ele não desceu justificado. Permaneceu no seu pecado de orgulho e prepotência.

O publicano por sua vez, estando em pé, de longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! (13).

Ele reconhecia o seu pecado (fica em pé e de longe batendo no peito), pede a misericórdia e não deseja mais pecar. “Senhor tem piedade de mim pecador” – no grego Kirius eleison.

Jesus conclui a parábola dizendo (10) “este desceu justificado para sua casa, e não aquele”. Na lógica divina, “todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz)?

·         Não posso confiar em mim mesmo, nem em minha auto piedade.

·         Não posso desprezar os outros que estão em pecado. Preciso exercer misericórdia e orar.

·         Deus conhece o propósito de minha oração. Ele sabe toda a intenção que sai de dentro de mim.

·         Não posso me exaltar na oração. Preciso apenas exaltar o nome de Senhor.

·         Minha oração não pode ser “de mim e para mim”. Precisa ser para Deus e nascer em um coração humildade.

·         Nunca podemos humilhar os outros com as nossas orações.

·         Preciso ter atitudes santas: não roubar, não ser injusto, não adulterar, praticar a vida de jejum e entregar o dizimo de tudo quanto ganhar. Mas não posso usar isso para menosprezar os pecadores. Preciso orar e exercer misericórdia.  

·         Se estou em prática de pecado, preciso confessar diante de Deus assim como fez este publicano. Sentir minha miséria, me colocar no lugar de pecador e me arrepender (deixar de pecar).

·         Preciso crer na justificação e caminhar na nova vida. Precisa sair da oração aceitando que fui justificado pela graça.

·         Meu caminho precisa ser o da humildade: “todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

Senhor. Confesso que necessito muito crescer na Tua graça e ter a misericórdia estendida para as pessoas que erram contra mim. Ajuda-me a viver em santidade sem desprezar a vida dos outros. Que eu viva na misericórdia que me faz evangelizar e compartilhar o amor de Deus sobre todas as pessoas. Desejo andar em humildade, santidade e amando o meu próximo. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém!

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            Precisamos ser praticantes de boas obras como o fariseu, mas ter um coração com humildade como o do publicano. Somente desta forma iremos levar muitas vidas para a Igreja. Todos verão nossas atitudes e o nosso amor. A humildade e a santidade precisam ser nosso trilho espiritual. Que Deus nos abençoe!

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Evangelho do 29º Domingo Comum - Orar Sempre e Nunca Esmorecer - Lc 18.1-8

                                                          


                                      29º Domingo Comum

Orar Sempre e Nunca Esmorecer

Lc 18.1-8

 

O Evangelho de Hoje nos ensina a orar e permanecer na oração. Muitos começam uma vida de oração, mas param pelo meio do caminho. Não há perseverança para continuar e insistir. Descansamos na soberania de Deus e descuidamos do ensinamento do Senhor que nos manda orar sem cessar e sem esmorecer.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Senhor ensinou seus discípulos uma (1) “parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer”.

Esmorecer significa tornar sem ânimo, sem forças; enfraquecer, entibiar, afrouxar, tornar sem entusiasmo, sem vibração e desalentar.

Seus discípulos deveriam orar sempre, com fervor, pedindo as graças de Deus.

Para ensinar este princípio o Senhor conta a parábola da viúva e do Juiz iníquo. Este juiz (2) “não temia a Deus, nem respeitava homem algum”.

Havia também na cidade (3) “uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário”.

Jesus diz que este juiz não a quis atender. Não tinha interesse. Contudo ela insistia diariamente.

O juiz cansado da insistência da mulher diz consigo mesmo (4,5): “Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; 5todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me”.

Molestar significa sofrer enfado ou importunação; enfadar-se, importunar-se. A insistência da viúva venceu o juiz pelo cansaço.

Após contar esta parábola o Senhor Jesus diz: (6) “Considerai no que diz este juiz iníquo”. O Juiz iníquo foi procurado tantas vezes pela viúva que pedia sem esmorecer, que cansado, atendeu, mesmo sendo iníquo e não temendo a Deus.

Jesus conclui dizendo (7,8): “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça”. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra”?

O Senhor orienta seus discípulos a clamar dia e noite, mesmo que pareça que Deus esteja demorando. 

Os discípulos aprenderam que fé é sinônimo de perseverança na oração: “Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra”? O discípulo precisava clamar até “molestar” Deus. Este é o ensinamento radical do Senhor sobre a vida de oração.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me

·         Tenho orado sempre por uma causa ou tenho me esmorecido na oração?

·         Deus é soberano e faz o que deseja. Mas Ele nos deu a lei espiritual da oração. Por causa disso posso insistir clamando e descansando no Senhor.

·         O Senhor deseja que eu seja perseverante diante de Deus assim como a viúva foi perseverante diante do juiz.

·         O juiz é iníquo atendeu pela pressão da viúva. Deus é justo e atenderá pela minha perseverança e fé em pedir.

·         Não posso desistir de clamar ao Senhor por justiça. Preciso ser perseverante.

·         Muitas vezes parece que Deus está demorando, mas não posso esmorecer.

·         As minhas orações moverão o braço de Deus sobre qualquer situação.

·         Quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra? Preciso permanecer na fé que me faz orar sem cessar.

·         Tudo pode ser mudado pela oração.

·         Qual a causa que você precisa insistir mais diante de Deus?

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

Senhor. Obrigado pelos ensinamentos do Senhor Jesus sobre oração. Preciso perseverar na vida de clamor. Não me deixes esmorecer e desanimar. Que minha vida de oração possa ser renovada mediante o estudo de Sua Palavra. Ajuda-me a ser um filho/a que ora sem cessar e sem nunca esmorecer. Quero renovar hoje a minha vida de oração e clamor. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

Hoje aprendemos sobre a necessidade de orar em campanha de oração sem cessar e sem esmorecer. Posso colocar um problema diante de Deus e transforma-lo em propósito de oração. O Senhor é poderoso para nos ouvir, mas Ele deseja a nossa perseverança e insistência no Clamor. Comece agora a colocar suas causas diante de Deus e não pare mais. Seja insistente e perseverante em Nome de Jesus.  

sábado, 4 de outubro de 2025

Evangelho do 28º Domingo Comum - O Exercício da Gratidão - Lc 17.11-19.

 



28º Domingo Comum

O Exercício da Gratidão

Lc 17.11-19

 

            O Exercício da Gratidão tem o poder de transformar qualquer situação deprimente em momentos de cura e restauração. Todos os dias precisamos olhar para a vida e agradecer a Deus pelo muito que Ele nos tem dado. Hoje veremos pessoas que exerceram a fé para alcançar uma bênção, mas não tiveram fé para praticar o exercício da gratidão. Quando somos gratos, alcançamos a Salvação plena.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Senhor Jesus está indo a Jerusalém para o seu momento final de morte e ressurreição. No caminho, passou pelo meio de (11) “Samaria e da Galileia”. 

Ao entrar em uma aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos que viviam em um leprosário. Estes leprosos, ouvindo falar do poder de Jesus, tiveram fé para clamar de longe (13) “Jesus, Mestre, compadece-te de nós”! 

O Senhor não ministra uma palavra de cura, apenas exerce o poder da cura e ordena (14): “Ide e mostrai-vos aos sacerdotes”.

Em Lv 14.1-3 diz: “Senhor deu a Moisés as seguintes regulamentações referentes a uma pessoa cuja lepra desaparece:  O sacerdote sairá do acampamento para a examinar” e determinará o tipo de oferta de gratidão e sacrifício.

Neste momento os dez leprosos tiveram a fé para obedecer e foram totalmente curados.

Contudo, um samaritano teve a fé para exercitar a gratidão. Ele voltou (15,16) “dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe”.

Este samaritano agradece com palavras e com gestos de adoração.

O Senhor, como testemunho para os apóstolos, perguntou (17,18): “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro”? 

O samaritano que exerceu a gratidão recebeu mais do que a cura. Ele recebeu a salvação pela fé. Jesus lhe diz (19): “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Os dez leprosos ouviram falar de Jesus e aproveitam a oportunidade. Precisamos também anunciar que o Senhor Jesus salva e tem poder para curar.

·         Assim como os dez leprosos, precisamos exercer a fé através do clamor. Quem tem fé, clama.

·         Jesus é o único que poder exercer seu poder de cura sobre nossas vidas. Contudo, Ele usa seus servos para orar com fé e ministrar.

·         Os dez leprosos tiveram fé para obedecer. Muitas vezes temos fé para receber uma bênção, mas não exercemos a fé para obedecer às ordens do Senhor.

·         A ação de Deus é baseada em nossa fé e obediência.

·         Assim como o Samaritano, precisamos exercer a gratidão através de nossas palavras e atitudes.

·         Tenho sido uma pessoa grata? Agradeço a Deus todos os dias em minhas orações?

·         O samaritano, ao exercer a gratidão, recebeu mais do que a cura. Que possamos ter uma intimidade de salvação com o Senhor. Não basta receber os benefícios do Senhor. Precisamos ter a vida salva e transformada.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

Senhor. Quero viver praticando o exercício da gratidão. Não me basta apenas receber seus benefícios. Desejo reconhecer sua graça e viver mergulhado na gratidão como um estilo de vida. Que sempre eu tenha louvores e ações de graças em meus lábios. Por Cristo Jesus, seu Filho amado, na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

Precisamos viver e praticar este Evangelho. Não basta apenas receber os benefícios do Senhor. Tenha, a partir de hoje, um compromisso de passar, pelo menos, 15 minutos agradecendo o Senhor por tudo. Pela família, pela igreja e pelas coisas boas que acontecem no mundo por causa da ação de Deus. Conta as bênçãos de Deus em sua vida, e você ficará surpreso o quanto Deus já fez.

Assim cantamos: “Conta as bênçãos, dize quantas são, / Recebidas da divina mão. / Vem dizê-las, todas de uma vez,  / Pois verás surpreso  / Quanto Deus já fez”. (Hinário Evangélico 338).