segunda-feira, 3 de março de 2025

Evangelho do 1º Domingo da Quaresma - A Quaresma do Senhor - Lc 4.1-13

 


1º Domingo da Quaresma

A Quaresma do Senhor

Lc 4.1-13


As Igrejas da atualidade tem realizado uma prática muito bonita e eficaz: Campanha de Jejum e oração baseada em passagens da Bíblia Sagrada. Por exemplo, o famoso Jejum de Daniel. Uma campanha de Oração de 21 dias por uma causa específica na área de libertação.

Assim também a Igreja primitiva do III século criou a primeira campanha de oração da Igreja Primitiva: Os 40 dias de Jejum e Oração do Senhor Jesus. Esta campanha começava em uma quarta-feira e se estendia até a Páscoa do Senhor. O propósito era preparar os novos convertidos para o Batismo e também tratar espiritualmente dos que estavam desviados da fé. Estes ficavam em oração até a quinta-feira santa onde eram reconciliados para poder participar, com alegria, da Páscoa do Senhor.

Esta campanha da Igreja antiga chamava-se Quaresma. Até hoje as igrejas cristãs históricas guardam esta data para orar, jejuar e fazer alguma obra concreta ao próximo.

É uma campanha que tem como objetivo a consagração espiritual e a nossa preparação para a Páscoa do Senhor.

Hoje o Evangelho relata este período de oração do Senhor Jesus.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?_____________

 

            O Evangelho narra o evento ocorrido logo após o Batismo do Senhor. Ele sai do rio Jordão cheio do Espírito Santo e é levado pelo mesmo Espírito ao deserto para um período de oração e jejum (1).

            Este propósito de oração durou quarenta dias. Nestes quarenta dias foi tentado pelo diabo para que pudesse quebrar o jejum e a sua campanha de oração (2).

            Como nada comeu naqueles dias, teve naturalmente fome. Lucas informa que a fome veio ao fim dos quarenta dias: “ao fim dos quais teve fome” (2).

            A fome de Jesus é a oportunidade do diabo. Ele se aproxima do Senhor e diz (3): “Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”.

            Ele aconselha Jesus a provar que era o Filho de Deus, fazer o milagre e quebrar o jejum. O objetivo único do diabo era que o Senhor quebrasse o jejum; contudo, seu argumento era para que Ele provasse que era o Filho de Deus.

            Jesus responde (4): “Está escrito: Não só de pão viverá o homem”. O Senhor cita com precisão Deuteronômio 8.3: “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem”.

            Depois o diabo mostrou, como numa projeção de cinema, todos os reinos do mundo (5) e lhe diz (6,7): “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua”.

            O diabo oferece todos os reinos do mundo que lhe foi entregue pelo o pecado de Adão. A única contrapartida exigida é a adoração: “Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua”.

            Jesus responde baseado em Deuteronômio 6.13 e 10.20: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele darás culto” (8). Jesus não troca a adoração ao Pai por nenhum reino desse mundo.

            O diabo então o leva até o pináculo do Templo em Jerusalém e resolve tentar Jesus citando o Salmo 91: “Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. (9,10,11).

            A tentação visava fazer Jesus aparecer diante dos judeus de forma diferente do projetado pelo Pai.

            Jesus simplesmente responde (12): “Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus”. Ele enfrenta a tentação citando Deuteronômio 6.16. 

            O diabo não tentou Jesus apenas nestas áreas. Ele atacou com toda sorte de tentações. Lucas diz (13): “Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno”.

Até a morte da cruz o diabo nunca desistiu de fazer Jesus desistir do Seu ministério. Contudo, o Senhor perseverou firme para a nossa salvação.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________

 

·         O Espírito Santo levou Jesus ao deserto para momentos de oração e jejum. Deus permite os desertos em nossa vida visando a nossa maior consagração e dependência dele.

·         Assim como o Senhor Jesus fez uma campanha de oração de 40 dias, assim também a igreja criou a Quaresma. Hoje também devemos ter momentos de oração e jejum.

·         O diabo sempre nos tentará para que possamos quebrar o jejum e a nossa consagração ao Senhor.

·         A fome de Jesus é a oportunidade do diabo. O diabo nos tentará em cima das nossas fraquezas e carências.

·         Os argumentos do inimigo tem duplos sentidos e projetos de destruição. O seu objetivo e nos fazer sair da vontade de Deus.

·         Jesus vence as tentações citando a Palavra de Deus. Preciso ler diariamente a Palavra para poder resistir as tentações do diabo.

·         O diabo oferece os reinos do mundo em troca da adoração. Não posso negociar a adoração ao Senhor por nada. Tenho que recusar os reinos do mundo. Não troque a adoração ao Pai por nenhum reino desse mundo.

·         O diabo tenta fazer Jesus realizar milagres no Templo apenas para promovê-lo fora do projeto do Pai. Não posso realizar nada que não esteja no projeto do Pai para minha vida. Não posso viver tentando Deus. Tenho que crer e aceitar seus desígnios.

·         Sempre seremos tentados a deixar os projetos de Deus. Precisamos vigiar e resistir ao diabo, pois ele fugirá de nós em Nome de Jesus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

 

Senhor. Obrigado pela quaresma do Senhor Jesus. Assim como Senhor, somos tentados em nossas fraquezas e carências. O inimigo sempre tentará nos fazer negociar a nossa adoração ou sairmos do projeto do Senhor para a nossa vida. Ajude-nos a perseverar no jejum e na oração. Que possamos viver tempos de arrependimento, oração e de quaresmas no enfrentamento do mal. Que sejamos firmes no Senhor para permanecermos nos seus sonhos e projetos para a nossa vida. Em Nome do Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

 

 

Conclusão:

            A Quaresma do Senhor inspirou a nossa Quaresma. Hoje também devemos fazer consagrações de oração e jejum olhando para o exemplo do Senhor Jesus. A caminhada cristã não é fácil. Seremos sempre atacados para desistir da fé. Mas fomos chamados para perseverar na fé no Senhor conforme a Palavra de Deus. Permaneça na Palavra de Deus. Em arrependimento,  oração e jejum venceremos todos os obstáculos em Nome de Jesus.

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Evangelho do 8º Domingo Comum - O Autoexame Espiritual - Lucas 6.39-45

 


8º Domingo Comum

O Autoexame Espiritual

Lucas 6.39-45

 

O Evangelho de Hoje nós leva a olhar para a nossa vida e para nossos próprios pecados. Ele nos recomenda ao autoexame do nosso coração. As Palavras do Senhor Jesus nos provoca a usarmos estas reflexões antes de julgar ou condenar alguém. Nosso maior esforço é cuidar primeiro da nossa vida espiritual ao invés de criticar ou acusar os erros dos outros. Todo pecado alheio deveria nos causar temor e nos levar a oração por nós e pelos outros. Tudo que o Senhor deseja é que, depois deste autoexame, sejamos mais misericordiosos com aqueles que pecam em nossa frente.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?_______________

            O Senhor ensina os discípulos em parábolas sobre a necessidade da autoavaliação.

            Ele cita cinco situações para levarem os discípulos a refletirem.

            Jesus diz (39): “Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco”?

            Com esta palavra, ensinou os discípulos que, antes de criticarem os outros, teriam que ter a graça da santificação. Na cegueira do pecado não podiam auxiliar ninguém.  Como um infiel pode estar tentando discipular outros? Todos se perderão.

            O Senhor também diz (40): “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre”.

            O alvo do discípulo teria que ser chegar à estatura do Mestre. Para isso precisariam ser bem instruídos. O discípulo não está acima do mestre, mas precisa refletir na semelhança do seu mestre.

            Isso se refere principalmente ao relacionamento com o próximo. É hipocrisia tentar retirar o cisco dos olhos do irmão e ao mesmo tempo, ter uma trave nos próprios olhos. (41-42). Os discípulos são orientados ao autoexame de suas vidas espirituais ao invés de ficarem examinando os pecados dos outros.

            Jesus ensina que não existe mistério ou segredo em relação a quem é o verdadeiro discípulo ou quem é o falso discípulo. (43) “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto”. (44) “...cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto”.  Os frutos demonstram quem cada um é na verdade.

            A própria boca demonstra o que está no coração (45): “...a boca fala do que está cheio o coração”.

            Jesus está dizendo aos discípulos: olhem para suas vidas espirituais. Cuidem de suas vidas. Deixa de ficar acusando os outros. Isso é falta de maturidade e revela uma “meninice” cristã.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________________

 

·         Diante de tantas provocações da Palavra, temos que mudar nosso comportamento de forma radical em relação com o próximo. 

·         Antes de criticar os outros, preciso examinar minha própria vida. Cada um dará conta dos seus próprios pecados.

·         Só consigo guiar um cego se não for mais cego. Preciso enxergar meus próprios limites.

·         Preciso me esforçar para crescer na estatura de Cristo. Meu modelo é Jesus. Preciso me espelhar Nele e crescer Nele.

·         Preciso ver como está a minha vida. Não posso acusar ninguém. Preciso constantemente retirar a trave dos meus próprios olhos.

·         Preciso todos os dias ver quais são os frutos que tenho produzido. Meus frutos são bons ou maus?

·         O que sai da minha boca edifica as pessoas ou gera contenda? A boca fala do que está cheio o coração. Tenho abençoado ou amaldiçoado meu dia e as pessoas? Tenho reclamado da vida e das pessoas ou tenho sido grato?

·         Preciso cuidar muito da minha vida espiritual. Esta deve ser a minha prioridade; e depois auxiliar meu irmão em pecado sem o espírito de acusação ou fofoca.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

 

            Senhor. Como preciso aprender a não julgar o meu próximo. Desejo caminhar com o Senhor com o coração manso e bom. Que eu use sua Palavra para uma autoavaliação e seja melhor a cada dia. Que eu tenha misericórdia para auxiliar o pecador e não ande semeando contenda ou difamando. Que eu seja fiel e meus frutos sejam bons. Ajuda-me a todos os dias retirar as traves que me impedem de ver o teu Reino e de fazer a Tua vontade. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Um só deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ________

 

Conclusão:

            Nossa tarefa é anunciar o Reino de Deus e não sermos paralisados pelas críticas. Muitas pessoas desistem da fé porque observam o pecado na vida dos outros. Precisamos olhar para Jesus e seguir seu caminho. Temos um trabalho para fazer e não podemos nos paralisar com as intrigas dos outros. Olhando para Jesus produziremos frutos bons e perfeitos e auxiliaremos as pessoas que estão caídas ao nosso redor.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Evangelho do 7º Domingo Comum - Relacionamentos Curados - Lucas 6.27-38

 



7º Domingo Comum

Relacionamentos Curados

Lucas 6.27-38

 

O Evangelho de hoje fala sobre relacionamentos curados. Somente um coração curado pelo Senhor consegue amar e se relacionar dentro da proposta do Evangelho. Sem a cura interior, ficamos paralisados nos relacionamentos doentes, mergulhados em mágoas e fechados em nós mesmos. O Evangelho vai nos propor um novo conceito e estilo de vida totalmente baseados na pessoa de Jesus Cristo. É um desafio que precisamos exercitar todos os dias. Só conseguiremos vencer depois de um longo treinamento e cura. Mas isso precisa ser o nosso alvo.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?_____________

 

O ensinamento do Senhor Jesus vai contra as tradições dos judeus e apresenta desafios maiores do que os desafios da lei. Na lei de Moisés a pessoa amava os amigos e odiava os inimigos. A lei previa “olho por olho e dente por dente” (Ex 21.24,25).

Mas o Senhor diz que seus discípulos deveriam (27) “amar os inimigos, fazer o bem aos que lhes odiavam”. Ele exige atitude de bondade para com os que nos odeiam.

Sobre aqueles que falam mal dos discípulos o Senhor diz (28): “bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”. Em nenhum momento os discípulos deveriam falar mal dos inimigos ou revidar. Antes, deveriam bendizer e orar, principalmente sobre aqueles que levantariam calúnias a seu respeito.

O esforço dos discípulos de Jesus era trabalhar para nunca discutir, brigar ou entrar em demandas. Vale mais perder do que ficar alimentando mágoas, rancores e desentendimentos. Jesus diz (29,30): “Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda”.

A regra magna do bom relacionamento é (31): “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.

Os discípulos deveriam ser diferentes dos pecadores no comportamento e nos relacionamentos interpessoais.

Jesus diz que os pecadores amam os que os amam. Eles fazem bem aos que lhe fazem bem. Eles só emprestam aqueles que um dia irão pagar. Se os discípulos agirem assim, não terão nenhuma recompensa, pois assim agem os ímpios. Serão como os ímpios (leia: 32-34).  

            Para terem o galardão no céu e serem chamados de filhos do Altíssimo, os discípulos deveriam (35) “Amar os inimigos, fazer o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga”.

            Deveriam ser misericordiosos como o Pai (36), não julgar, não condenar e sempre perdoar (37).

A forma como dos discípulos agissem em relação ao próximo iria determinar como seriam retribuídos, principalmente por Deus (38): “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? ____________________________

 

·         Hoje vivemos na graça e os desafios são maiores. Precisamos de cura interior para viver o Evangelho em toda sua plenitude.

·         Preciso ter atitude de bondade para os que me odeiam. Não posso pagar o mal com o mal.

·         Preciso aprender a falar bem de todos os que me caluniam. Esta será a minha diferença. Bendizer e orar.

·         Se depender de mim, nunca posso entrar em conflitos ou demandas. Tenho que aprender a esperar a justiça de Deus.

·         Preciso aprender a “virar a outra face” e a “dar a minha túnica”.

·         Preciso viver e praticar a regra magna: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.

·         Preciso ser diferente dos pecadores no comportamento e nos relacionamentos.

·         Não posso ser como os ímpios. Eles só fazem o bem aos que lhe fazem bem.

·         Tenho que desejar o galardão no céu e ser chamado filho do Altíssimo na minha relação com os inimigos.

·         Meu modelo de misericórdia é o Pai.

·         Preciso tomar a iniciativa com relação aos outros: “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

Senhor. Preciso de Cura Interior e Graça para poder viver os desafios do Evangelho. Ajuda-me a amar meus inimigos e bendizer todos os que caluniam. Desejo ser diferente dos ímpios. Preciso tomar atitude e fazer a diferença nos relacionamentos. Não permita que meu coração conserve a mágoa e o rancor. Que eu possa ter realmente um coração bom, perdoador e misericordioso. Que eu fale bem das pessoas e nunca comente o mal que me fizeram. Por Cristo Jesus, sou único Filho, na comunhão do Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém!

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ________

 

Conclusão:

            Quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, tem inicio um processo de cura em nossa vida. Este processo pode ser paralisado ou evoluir. Precisamos desejar ser curados, principalmente no relacionamento com as pessoas que nos feriram. Esta atitude demonstra que realmente somos diferentes dos ímpios. Com este novo estilo de vida, podemos ganhar muitas almas para o Senhor e fazermos diferença no mundo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Evangelho do 6º Domingo Comum - Bem-Aventurados - Lc 6.17.20-26

 



6º Domingo Comum

Bem-Aventurados

Lc 6.17.20-26

 

O Evangelho de hoje proclama “felizes” (bem-aventurados) esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a autossuficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo. Felizes são os que confiam no Senhor em qualquer circunstância, mesmo nas mais vulneráveis.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?____

 

            Depois que o Senhor desceu de Nazaré, Lc 6.17,20-26 é a sua primeira instrução aos discípulos.

            O Senhor tinha seguidores que eram discípulos (alunos) e outros faziam parte da grande multidão.  As pessoas das multidões o buscavam pelos benefícios, mas não eram discípulos (17).

            As pessoas viam de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom. De terras judias e terras gentias. Tinham o propósito de o ouvirem, serem curados de suas enfermidades (18) e libertos dos demônios.

            O Evangelho diz que (19): “E todos da multidão procuravam tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos”. O Senhor não fazia acepção de pessoas. “Curava a todos”.

            No versículo 20 o Senhor Jesus tem uma mensagem especial aos discípulos. Ele faz quatro “bem-aventuranças” aos pobres e quatro “ais” aos ricos.

            Na época de Cristo não havia classe social como em nossos dias. Existiam apenas os oprimidos e os opressores. Observe que Pedro, André, Tiago e João eram empresários da pesca, mas estavam na classe dos oprimidos pelo Império Romano e por seus comparsas.

            A palavra “pobre” usada por Lucas significa oprimido. Todos os discípulos viviam debaixo do jugo opressor do Império Romano.           Mas não deveriam viver de “cabeça baixa”.

Eram, na realidade, bem-aventurados. Tinham que se ver (olhar para si mesmo) como pessoas felizes e realizadas, porque deles era o reino de Deus (20). Tinham fome, mas seriam fartos (21). Choravam, mas iriam rir (21). Deveriam viver profetizando estas verdades em meios às lutas. Mesmo quando fossem odiados, expulsos, injuriados e rejeitados por causa do nome de Jesus, deveriam regozijar e exultar, pois grande seria o galardão no céu.

Infelizes seriam os opressores e perseguidores dos discípulos. Eram miseráveis, pois confiavam nas consolações do poder e da riqueza (24). Iriam passar fome, lamentar e chorar (25).

Eram pessoas enganadas pelas próprias honras e louvores dos homens. O Evangelho diz (26): “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas”.

Os discípulos deveriam iniciar sua caminhada como pessoas felizes (bem-aventuradas), realizadas e otimistas. Mesmo não tendo as coisas, possuíam tudo. Possuíam o Reino de Deus.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? (...)

 

·         Jesus tinha discípulos e pessoas das multidões. Precisamos ser discípulos.

·         O Senhor instrui, cura e liberta. Que nossa missão evangelística tenha este padrão. Ensinar, curar e libertas as pessoas.

·         O Senhor não fazia acepção de pessoas. Precisamos estar abertos a todos. O Evangelho é para todos: pobres e ricos.

·         Como discípulos, estamos debaixo das bem-aventuranças do Senhor.

·         Mesmo nas lutas e opressões sociais, não devemos viver de cabeça baixa.

·         Temos que ser confiantes e alegres, pois somos bem-aventurados.

·         O Reino de Deus nos pertence.

·         Devemos viver profetizando a vitória, mesmo em meio as lutas.

·         Miseráveis e infelizes são os que não confiam no Senhor. Nós somos abençoados e bem-aventurados, mesmo passando por lutas e perseguições.

·         Precisamos caminhar como bem-aventurados, realizados e otimistas. Somos bem-aventurados do Senhor.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

Senhor. Desejamos ser discípulos de Jesus. Não queremos estar no meio da multidão apenas atrás de seus benefícios. Mas desejamos ser discípulos e te seguir como pessoas bem-aventuradas. Ajude-nos a olhar para cima e vivermos otimistas e confiantes. Sabemos que o Senhor veio para todos e não faz acepção de pessoas. Por isso desejamos levar o teu Evangelho a todos sem exceção. Ajude-nos a viver olhando para o reino de Deus e converta os poderosos deste mundo que não conhecem Jesus. Graças a Deus, pois somos bem-aventurados e abençoados. Por Jesus Cristo, seu único Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

 

Conclusão:

            Pela graça de Deus somos bem-aventurados. Já vivemos a alegria do suprimento do Senhor e da paz, mesmo em momentos difíceis. Como discípulos somos sustentados pelo Senhor. Nossa atitude de fé tem que ser de coragem e alegria. Com Jesus sempre somos bem-aventurados. Aleluia.