quinta-feira, 26 de junho de 2025

Evangelho do 13º Domingo Comum - O Caráter do Discípulo - Lc 9.51-62

 

13º Domingo Comum

O Caráter do Discípulo

Lc 9.51-62

 

            Hoje o Evangelho nos ensinará o caráter do discipulado. Ser discípulo do Senhor é exercer o amor misericordioso, estar desprendido das seguranças mundanas e colocar o Reino de Deus em primeiro lugar. É um desafio grande para todos nós.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O Evangelho de Lucas 9.51-62 relata o início da caminhada de Jesus da Galiléia à Jerusalém. O Senhor tinha um roteiro preparado de sua vida. Tudo estava previsto por Deus para a nossa salvação. Por isso que o Evangelho diz que (51) “ao se completarem os dias em que devia Ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém”.

Na caminhada, passaram próximo de uma aldeia de samaritanos. O Senhor enviou mensageiros que fossem a aldeia preparar a pousada (52). Contudo, samaritanos e judeus não tinham amizades. Eram inimigos. Por isso, sabendo que iriam a Jerusalém, não os receberam em sua terra (53).

Neste momento, Tiago e João tiveram fé para castigar os samaritanos. Eles perguntam a Jesus (54): “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir”?

Desejaram exercer o juízo de Deus sobre os que não acolheram Jesus. Porém o Senhor os repreende dizendo (55,56): “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”.

Tiago e João ainda não conheciam a natureza da missão de Jesus, por isso os seus espíritos ainda estavam forjados no ódio e na vingança, a semelhança dos guerreiros do Antigo Testamento.

A caminhada para Jerusalém continuou e o Senhor encontrou três homens que não conseguiram ser discípulos.

O primeiro diz (57): “Seguir-te-ei para onde quer que fores”. Porém o Senhor percebeu que o discípulo queria garantias materiais. Não estava disposto a abrir mão da segurança. Por isso Jesus responde (58): “As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.

 O segundo discípulo é convidado pelo próprio Senhor (59), mas ele não aceita e dá uma desculpa: “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai”. Ele era, provavelmente, o filho mais novo e deveria ficar em casa até o falecimento do seu pai. Por isso o Senhor insistiu dizendo (60): “Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus”.

Um terceiro rapaz também encontra motivo para fugir da missão. Ele diz ao Senhor (61): “Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa”. O Senhor sabia que ele nunca voltaria. Por isso diz (62): “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”.

O discipulado exige sacrifício, desprendimento e coragem. Este é o caráter do discipulado que estes três rapazes não conseguiram viver e cumprir.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

·         Tudo estava previsto na caminhada de Jesus. Deus também preparou tudo para a minha vida, mas preciso ser obediente e permanecer no trilho do Senhor. Sua ação em minha vida depende da minha obediência.

·         O Senhor foi rejeitado pelos samaritanos. Por sermos discípulos de Jesus, poderemos ser rejeitados também. Já estou preparado para as perseguições?

·         Tiago e João tiveram fé para castigar os samaritanos, mas não tiveram fé para exercer a misericórdia. Eu tenho facilidade para perdoar os que me rejeitam ou pecam diante de mim?

·         Tiago e João ainda não conheciam o espírito de Jesus.  O Senhor não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las. Eu já conheço o espírito amoroso de Jesus? O que faço quando as pessoas erram comigo?

·         O Senhor encontra com três homens que não conseguiram ser discípulo. O primeiro procurava garantias materiais. Estou disposto a seguir o Senhor mesmo sem garantias materiais?

·         O segundo rapaz colocou a família e os compromissos familiares a frente do convite do Senhor. Eu tenho usado a minha família para fugir da missão de Jesus?

·         Um terceiro também encontra uma forma de fugir da missão. Vai se despedir dos de sua casa e não voltará. Eu tenho buscado desculpas para não largar o pecado e não aceitar a missão do Senhor?

·         O discipulado exige sacrifício, desprendimento e coragem. Estou disposto a ser discípulo do Senhor? Já possuo o caráter de discípulo?

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

            Senhor. Reconheço o Teu chamado em minha vida para ser discípulo. Contudo, muitas vezes ainda não conheço e não vivo o caráter do discipulado. Continuo a dar muitas desculpas e a não viver no espírito da misericórdia. Por isso, ajuda-me a ser misericordioso e perdoador. Que eu tenha fé para exercer o amor e não a fé para buscar a vingança. Que eu não fique apresentando desculpas ao teu seguimento. Mas que esteja disposto a te seguir sem garantias. Que eu coloque a missão acima de qualquer outra coisa. Desejo te seguir e ser fiel ao teu projeto para a minha vida. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            O Evangelho de Hoje nos desafiou a termos o caráter do discípulo. Um caráter de amor misericordioso e desprendimento. Precisamos estar disposto a seguir o Senhor e abrir mão de todo o pecado e de todas as desculpas. Nada pode nos impedir. Precisamos hoje tomar a decisão firme de sermos fiéis discípulos do Reino de Deus.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Evangelho do 12º Domingo Comum - Quem dizeis que eu sou? - Lc 9.18-24

 


12º Domingo Comum

Quem dizeis que eu sou?

Lc 9.18-24

 

            O Evangelho de hoje nos desafia a termos uma experiência pessoal com Cristo. Não basta saber o que as pessoas dizem sobre o Senhor, mas principalmente o que Jesus significa para a nossa vida. O Evangelho também nos ensina que o caminho do Cristo para a glorificação é o sofrimento e a cruz. Assim também, cada discípulo precisará passar pela cruz para conseguir uma vida vitoriosa e eterna.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            O Senhor Jesus levou os discípulos para um retiro espiritual em Cesareia de Filipe (atual Banias), no extremo norte de Israel, onde nasce o Rio Jordão antes de desaguar no mar da Galileia.

            Jesus os levou ao Retiro para ter um tempo reservado de oração e de ensino.

            O Evangelho diz que (18) “estando ele orando à parte, achavam-se presentes os discípulos, a quem perguntou: Quem dizem as multidões que sou eu”?

As pessoas viam Jesus curando e libertando; e criaram suas próprias opiniões sobre sua identidade. Para alguns Jesus era (19) “João Batista, mas outros, Elias; e ainda outros diziam que ressurgiu um dos antigos profetas”.

Contudo, Jesus está interessado em saber qual a opinião dos discípulos a seu respeito (20): “Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou”?

Pedro, inspirado por Deus responde: “És o Cristo de Deus”. A palavra Cristo do grego é a tradução da palavra Messias do hebraico. Ambas as palavras significam o ungido.

Isso remete a esperança messiânica que os judeus tinham. Todos os judeus diziam baseados nos profetas: “um dia virá o messias para nos salvar e restaurar Israel”!

Contudo, não havia chegado o tempo de revelar o messianismo de Jesus. Esta descoberta deveria ficar ainda em absoluto sigilo (21): “Ele, porém, advertindo-os, mandou que a ninguém declarassem tal coisa”.

O messias viria para reinar e ser glorificado. Mas passaria pelo sofrimento e pela cruz antes de reinar em glória.

Por isso o Senhor Jesus diz (22): “É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite”.

O caminho da glória passa pelo sofrimento. Ele deveria ser o messias profetizado em Isaias 53.

Mas o caminho do sofrimento e da cruz não estava previsto apenas para o Senhor. Foi um caminho aberto para todos os seus discípulos. A cruz é a exigência inicial para todos os candidatos a discípulos.

Tomar a cruz e sofrer significa negar a si mesmo e perder sua vida por Cristo. Jesus dizia a todos (23,24): “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

·         Assim como Jesus levou seus discípulos para um retiro espiritual, nós também precisamos ter momentos de retiros em nossa vida. Retiros de oração e ensino.

·         O mundo tem suas opiniões sobre Jesus. Estas opiniões não podem influenciar minha vida.

·         Jesus está interessado em saber qual a nossa opinião a seu respeito.

·         Precisamos aceitar Jesus como o Cristo que veio para nos salvar.  

·         Mais importante que opiniões, deve ser o nosso relacionamento com Jesus. Ele precisa ser o nosso Cristo, o nosso Senhor.

·         Para Jesus, a cruz foi o caminho necessário para a glória messiânica.  Antes da ressurreição, veio a morte. Preciso aprender a confiar na direção de Deus, mesmo nos momentos da dor e da cruz.

·         Tomar a cruz e sofrer significa negar a si mesmo e perder sua vida por Cristo.

·         Preciso desejar seguir Jesus, negar a mim mesmo, tomar a cruz e segui-lo.

·         Preciso perder a minha vida por Cristo para salvá-la.

 

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

            Senhor. Muito obrigado pela vida e ministério do Seu Filho Jesus. Ele é o Cristo, Filho de Deus, enviado ao mundo para nos salvar. Veio sofrer a cruz e ressuscitar para ser o nosso salvador e Senhor. Aceitamos também para a nossa vida o caminho da cruz, da negação de si mesmo e da perda da vida. Queremos possuir a vida eterna e viver reconciliado contigo. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            Jesus precisou levar seus discípulos para um retiro para poder revelar em seus corações sua identidade messiânica. Mas esta identidade revelada levou os discípulos a conhecerem a própria missão. Conhecemos Jesus, desejamos segui-lo. O que é necessário? Negar a si mesmo, tomar a cruz e perder a vida, para possuir uma vida de qualidade, alegria e salvação. Vale a pena deixar tudo por Jesus. Tome uma decisão hoje ainda.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Evangelho da Solenidade da Santíssima Trindade - Ensinados pelos Deus Triuno - Jo 16.12-15

 



Santíssima Trindade

Ensinados pelos Deus Triuno

Jo 16.12-15

 

A nossa igreja segue como doutrina os 25 artigos de Religião da Igreja Metodista baseados na Bíblia Sagrada. Estes artigos de fé pertenciam a Igreja Anglicana (eram 39 artigos) e John Wesley utilizou 25 para a base da fé metodista. 

            O primeiro artigo chama-se:Da Fé na Santíssima Trindade”.

Ele diz: “Há um só Deus vivo e verdadeiro, eterno, sem corpo nem partes; de poder, sabedoria e bondade infinitos; criador e conservador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Na unidade desta Divindade, há três pessoas da mesma substância, poder e eternidade – Pai, Filho e Espírito Santo".

            A Santíssima Trindade é o Deus Triuno. Um único Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

É um só Deus; mas na unidade desta Divindade, há três pessoas da mesma substância, poder e eternidade – Pai, Filho e Espírito Santo.

O Evangelho de hoje nos orienta a crescer e amadurecer confiando no ensino que vem da Santíssima Trindade.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            O Senhor Jesus estava dando os últimos ensinamentos antes de sua prisão e morte. Era a quinta-feira Santa.

            Ele afirma que teria muitas coisas a ensinar, mas os discípulos não estavam preparados para receber (12): “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”.

            Contudo, o Senhor Jesus iria enviar o Espírito Santo, chamado de Espírito da Verdade. A função do Espírito era guiar os discípulos em toda a verdade sobre Deus e a Salvação. Foi Ele quem guiou Paulo a escrever suas 13 cartas doutrinárias.

Há uma unidade perfeita do Espírito com o Pai e com o Filho. Tudo que o Espírito ensinou e profetizou que viria, não falou de si mesmo; mas comunicou tudo que ouviu do Pai e do Filho (13):  “ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”.

O Espírito Santo glorificou o Filho anunciando tudo que recebeu de suas mãos (14) “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.

Tudo que é do Pai é também do Filho e do Espírito Santo. É um único Deus. Por isso o Senhor Jesus disse (15): “Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso é que vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.

O Senhor deixa claro que através do Espírito Santo, o Pai e o Filho estariam ensinando seus discípulos. Seriam ensinados pela Santíssima Trindade e nunca ficariam em dúvida ou sem resposta. O ensino que vem de Deus é perfeito.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

·         Nem sempre estamos preparados para receber os ensinamentos do Senhor. Somos como crianças que precisam crescer para aprender as coisas mais profundas de Deus.

·         Preciso avaliar minha maturidade espiritual: já estou preparado para as grandes coisas de Deus em minha vida?

·         Será que hoje o Senhor está falando comigo assim: “Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”?

·         Preciso amadurecer e buscar os ensinamentos do Espírito Santo.

·         O Espírito nos ensinará toda a verdade. Tenho caminhado na verdade do Espírito ou na mentira das minhas paixões e pecados?

·         A falta de maturidade me leva a desobedecer os princípios espirituais de Deus: santidade, fidelidade aos dízimos, envolvimento na missão, etc.

·         O Espírito Santo vem para promover a maturidade pelo ensino.

·         Estou disposto a aprender com o Espírito Santo?

·         A Santíssima Trindade deseja orientar e guiar minha vida. Estou disposto a ser ensinado pelo Espírito Santo?

·         O Senhor deixa claro que através do Espírito Santo, o Pai e o Filho estariam ensinando seus discípulos. Tenho que desejar ser ensinado na Escola do Espírito Santo.

·         Deus tem ensinado e exortado na vida da nossa célula (grupo de reflexão). Preciso ouvir, crescer e obedecer.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

            Senhor Deus. Obrigado por ter enviado o Teu Espírito da Verdade. Somos ensinados pelo Pai, pelo Filho e Pelo Espírito Santo. É o Senhor, Deus Triuno, que nos dirige pelo caminho da verdade e da justiça. Por isso, continue a nos ensinar, exortar e repreender. Desejamos acordar e crescer para aprender as coisas novas do Senhor para nossa vida. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no principio agora e sempre. Amém! 

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

 

Conclusão:

            A Doutrina da Santíssima Trindade está selada no nosso batismo. Fomos batizados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O Deus Triuno deseja nos capacitar e nos fazer crescer para a missão. Desejo realmente meu crescimento espiritual?

terça-feira, 3 de junho de 2025

Evangelho da Solenidade de Pentecostes - Vem Espírito Divino - João 20.19-23


Pentecostes

Vem Espírito Divino

João 20.19-23

 

            A festa de Pentecostes é histórica e está simbolicamente ligado ao festival judaico da colheita (Shavuot), que comemora a entrega dos Dez Mandamentos no Monte Sinai cinquenta dias depois da saída do Egito.

            Neste dia litúrgico dos judeus, Deus enviou o Espírito Santo e batizou os apóstolos com fogo e com a plenitude do Espírito. No dia em que os judeus celebravam as leis sendo escritas em pedra, Deus escreveu a lei em seus corações pelo Espírito Santo, assim como havia profetizado por Jeremias (Jr 31.33). Leia também Hb 8.10.

            O Dia de Pentecostes é considerado o dia da inauguração da Igreja. Jesus funda a igreja com sua vida, morte e ressurreição e a inaugura no Dia de Pentecostes.

            Esta experiência não foi única. Ela se repetiu na vida dos discípulos em vários momentos: Pedro na casa de Cornélio (At 10.44-46), Felipe em Samaria (Atos 8.14-17), etc. Por isso, devemos sempre buscar um novo Pentecostes em nossa vida.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            Para entendermos o Evangelho, precisamos conhecer outros textos das Escrituras.

            O profeta Joel (Joel 2.28,29) profetizou que o Senhor derramaria o seu Espírito sobre toda a carne. Os nossos filhos e nossas filhas profetizariam, nossos velhos teriam sonhos, e nossos jovens, visões. Até sobre os escravos o Senhor derramaria o seu Espírito.

            Quando João Batista pregava antes do Batismo do Senhor, ele dizia profeticamente (Mt 3.11): “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

            No dia da ressurreição, o Senhor apareceu à noite a seus discípulos e disse (Lc 24.29): “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”.

            Próximo do momento de sua Ascensão, em Jerusalém, o Senhor (At 1.4,5) determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai. Jesus diz: “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias”.

Qual o objetivo do Espírito Santo? Jesus diz (At 1.8): “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”.

            O Evangelho de hoje fala que, na noite da ressurreição, Jesus apareceu aos apóstolos e soprou sobre eles o Espírito Santo. O Evangelho diz que o Senhor ministra aos seus discípulos dizendo: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (21,22).

            Na ressurreição de Cristo, os discípulos receberam o Espírito Santo (assim como recebemos no dia da nossa conversão).

E depois tiveram que esperar 50 dias para receber a plenitude do Espírito Santo. No dia de Pentecostes, foram todos batizados com o Espírito Santo e falaram novas línguas. Neste dia Pedro batizou quase 3 mil novos discípulos (Leia Atos 2.1-5).

O Espírito Santo possibilitou a ação de Deus no mundo através da Igreja. Ele trouxe a presença de Deus para a vida dos apóstolos.  

 

           

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

            Assim como Jesus soprou o Espírito sobre os apóstolos. Nós recebemos o Espírito Santo no dia da nossa conversão. Foi o Espírito Santo quem nos converteu.

            Contudo, os apóstolos precisaram da plenitude do Espírito Santo. Assim também necessitamos desta plenitude em nossa vida.

Jesus batizou a Igreja com o Espírito Santo. Preciso buscar este batismo com fogo para minha vida.

            Somente com o Espírito Santo conseguirei cumprir a missão de Deus para o meu ministério. 

            A igreja, cheia do Espírito Santo, batizou quase três mil pessoas em um único dia. Precisamos do Espírito Santo e do poder para sermos testemunhas e levarmos muitas vidas ao batismo.

            Sem o Espírito Santo não consigo cumprir a missão.

            É o Espírito Santo quem escreve sua Lei em meu coração. Ele me ajuda a condicionar minha mente nas promessas de Deus.

            Com o batismo com o Espírito Santo vem os dons para a realização da missão.

            Você já foi batizado com o Espírito Santo?

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

            Senhor. Derrama seu Espírito Santo e vem renovar a face da terra. Vem nos encher com a sua presença. Limpa nossa vida para que possamos receber a graça de sermos cheios do Espírito Santo. Escreva Sua lei em nosso coração. Nos dê poder para testemunharmos e cumprirmos a missão. Somente com o Espírito Santo realizamos sua santa vontade.  Vem nos batizar e trazer seus dons. Desejamos agora sermos cheios de sua presença. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade com o Espírito Santo. Um único Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

 

Conclusão:

            “Vem Espírito Santo e renove minha vida”! Esta deve ser nossa oração diária. Precisamos do Espírito Santo para cumprirmos a missão e gerarmos muitos discípulos e discípulas. É Ele que tem o poder de nos capacitar para a missão. Sem o Espírito seremos como um exército religioso em pé, mas sem vida. Que possamos profetizar como Ezequiel (37): “Vem Espírito. Sopra dos quatro cantos sobre estes ossos secos”! Que sejamos cheios do Espírito Santo em Nome de Jesus.


terça-feira, 27 de maio de 2025

Evangelho da Ascensão do Senhor - Ano C - Jesus elevado ao céu - Lucas 24.46-53

 



Ascensão do Senhor

Jesus elevado ao céu

Lucas 24.46-53

 

Quarenta dias depois da Páscoa, em uma quinta-feira, o Senhor Jesus foi elevado aos céus. A ascensão do Senhor foi o selo do seu ministério. Subiu ao céu com três propósitos: enviar o Espírito Santo, nos preparar lugar e para interceder por nós junto ao trono do Pai. A Ascensão foi o fenômeno sobrenatural que consumou a ressurreição. Jesus entrou em glória, foi aclamado por anjos e atravessou os portais eternos. Abriu o caminho para a nossa entrada no céu. Um dia a igreja também irá seguir este caminho de Ascensão. A Igreja será levada ao céu assim como o seu Senhor. Por isso esta data é muito especial para a Igreja.  

  

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

Lucas 24.46-53 fala do último momento de Jesus com seus discípulos antes da Ascensão.

Cristo ressalta sua obra de morte e ressurreição e a missão de cada discípulo (46-47):Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia, e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém”.

Os discípulos deveriam sair com a tarefa de pregar em seu nome. A mensagem da pregação dos discípulos seria um convite ao arrependimento. Pois só dessa forma haveria remissão de pecados. Esta mensagem deveria ser enviada a todas as nações começando de Jerusalém.

Jesus estava voltando para a casa do Pai e os encarregou de serem as testemunhas do seu ministério e do seu ensino (48): “Vós sois testemunhas destas coisas”.

            Só conseguiriam ser testemunhas fieis recebendo a promessa do Espírito Santo; por isso, deveriam permanecer na cidade de Jerusalém até que do alto fossem (49) “revestidos de poder”. Isso ocorreu no dia de Pentecostes, nove dias depois da Ascensão.

            Após dar estas orientações, o Senhor Jesus subiu ao Monte das Oliveiras a caminho de Betânia. Ainda no caminho, no topo do monte das Oliveiras, Ele ergueu suas mãos e os abençoou (50).

Ainda com as mãos levantadas, foi-se retirando deles (51) “sendo elevado para o céu”.

A última visão que tiveram do Senhor Jesus foi quando estava com as suas mãos abençoando no dia da Ascensão.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

·         Jesus nos deixou uma missão:que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém”. Tenho sido fiel a missão que Ele nos deu?

·         Nossa principal mensagem é o convite ao arrependimento.

·         Só há remissão dos pecados quando há arrependimento.

·         Preciso levar esta mensagem a todas as nações.

·         Hoje somos testemunhas do Senhor. Testemunhamos o que Ele fez em nossa vida.

·         Só conseguimos ser testemunhas recebendo o Poder do Espírito Santo.

·         Jesus foi aos céus em sua Ascensão. Ele permanece no céu com as mãos estendidas nos abençoando.

·         Tenho apenas que cumprir sua vontade e viver em obediência.

·         Preciso esperar e buscar o revestimento de poder.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

Senhor. Muito obrigado por ter confiado uma missão em nossas mãos. Desejamos ser fiéis e levar esta Palavra a todas as nações. Ajuda-nos para que possamos, revestidos de poder, ser obedientes a Missão e gerar frutos segundo a Tua vontade. Louvado seja o Senhor que, após a Ascensão de Cristo, derramou o Espírito Santo sobre a Igreja. Temos a alegria de saber que o Senhor permanece com seus braços nos abençoando e nos capacitando com o Espírito Santo. Continue nos auxiliando a cumprir a missão de fazer discípulos e discípulas de todas as nações. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

 

Conclusão:

O Senhor Jesus subiu aos céus no dia da Ascensão para enviar o Espírito Santo, nos preparar lugar nas moradas celestiais e para interceder por nós junto ao trono do Pai. A Ascensão do Senhor é o selo do seu ministério. Sabemos que o nosso Senhor Jesus está vivo, ao lado do trono Pai nos conduzindo. Ao mesmo tempo Ele está conosco através do Espírito Santo. Com o Senhor Jesus, conseguiremos cumprir a Missão do Pai, no poder do Espírito Santo. 

terça-feira, 20 de maio de 2025

Evangelho do 6º Domingo da Páscoa - Se alguém me ama, guardará a minha Palavra - João 14.23-29.

 



6º Domingo da Páscoa

Se alguém me ama, guardará a minha Palavra

João 14.23-29.

 

            O Amor a Jesus é provado pelas nossas atitudes em guardar sua Palavra. Não é um amor simplesmente declarado em palavras e canções, mas na prática de sua Palavra. O Evangelho de hoje é um diagnóstico se realmente amamos o Senhor.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho?

            O contexto do Evangelho é a noite da Páscoa (quinta-feira Santa). São as últimas instruções de Jesus antes de seu sofrimento, morte e ressurreição.

            Judas Tadeu havia lhe perguntado (22): “Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo”?

            Jesus então lhe responde (23): “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. É desta forma que Jesus iria se manifestar em seus discípulos, fazendo neles morada através do Espírito Santo.

            Mas a prova de que os discípulos amavam a Jesus, foi o fato de terem guardado a Palavra.

O amor ao Senhor não são simples palavras e canções, mas atitudes. Logo, quem não ama a Jesus não consegue guardar sua palavra e viver em santidade e testemunho. (24) “Quem não me ama não guarda as minhas palavras”.

Todas as palavras que os apóstolos ouviram de Jesus foram palavras do Pai (24) “... e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.

            A garantia de que os apóstolos continuariam sendo ensinados e se lembrariam de todas as palavras de Jesus, seria o Espírito Santo que o Pai e o Filho enviariam. Por isso Ele é chamado de Consolador (26).

            Além da presença do Espírito Santo, os discípulos receberam a bênção da paz para andar seguros, sem ter os corações turbados e sem temor (27): “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.

            A partida de Jesus para o Pai deveria ser motivo de grande alegria e não de tristeza. No Pai, Jesus enviaria a promessa do Espírito Santo e a igreja cumpriria a Missão (28-29).

 

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?):

 

·         Se alguém me ama, guardará a minha palavra”. Tenho amado o Pai através das minhas atitudes?

·         Jesus se manifesta fazendo morada nos seus discípulos. Preciso que Jesus more em mim. Por isso preciso limpar diariamente a minha casa do coração.

·         Pelas minhas atitudes as pessoas reconhecem que amo a Jesus?

·          Quem não me ama não guarda as minhas palavras”. Simples assim. As pessoas que não guardam a Palavra de Jesus são porque não amam Jesus.

·         Preciso do Espírito Santo para me ensinar e para me fazer lembrar as palavras de Jesus.

·         Preciso tomar posse da paz que o Senhor nos deixou.

·         Se creio na paz de Jesus, meu coração não ficará turbado nem atemorizado.

·         O sofrimento, morte, ressurreição e Ascensão do Senhor devem ser motivo de grande alegria. Preciso me alegrar por que Jesus fez tudo pela igreja. Somos Igreja do Senhor.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?):

Senhor. Muito obrigado por Tua santa Palavra. Desejamos manifestar nosso amor por Jesus através de nossas atitudes. Ajude-nos a andar santamente em sua presença. Envia o seu amor e a sua paz sobre o nosso coração. Ajude-nos a tomar posse da alegria e da paz que vem do trono de Deus. Obrigado pela presença do Espírito Santo em nossa vida. Venha fazer morada permanente em nós. Se manifeste em nossos corações todos os dias. Retira de nós o temor e a tristeza e nos encha de alegria. Desejamos tomar posse da bênção e viver a tua palavra em todas as áreas de nossa vida. Por Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

 

 

 

Conclusão:

O Senhor Jesus espera de nós atitude. Não podemos apenas falar e cantar o amor por Jesus. Precisamos demonstrar este amor guardando Sua Palavra e suas orientações. Precisamos ser fiéis em tudo: na santidade, no testemunho, nos dízimos e nas ofertas. Que nossa boca venha gerar santidade em nossos ouvintes. Precisamos ser semeadores de notícias boas, de boas novas. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Evangelho do 5º Domingo da Páscoa - A Glorificação do Filho e o Novo Mandamento - Jo 13. 31-35

 


5º Domingo da Páscoa

Glorificação do Filho e o Novo Mandamento

Jo 13. 31-35

 

Estamos na quinta semana da Páscoa. Jesus depois que ressuscitou, ficou 40 dias com os discípulos e voltou a Casa do Pai. Hoje o Evangelho fala de suas palavras antes de sua prisão e morte, mas remete também a sua partida para o céu. São instruções para a nossa vida cristã como discípulos e discípulas do Senhor.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho? ____

 

O Senhor Jesus está no cenáculo e acabou de tomar a Páscoa Judaica e celebrar a Ceia do Senhor. Depois de Judas ter saído da mesa para buscar os soldados do templo que prenderiam Jesus, Ele disse: (31,32) “Agora, foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele; se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará nele mesmo; e glorificá-lo-á imediatamente”.

A glorificação do Filho e do Pai teve início no momento que Jesus foi entregue para morrer na cruz. Mas não terminou na morte ou ressurreição. Este processo de glorificação perdurou até a ascensão do Senhor (quando voltou para a casa do Pai).

Jesus e o Pai são glorificados na morte, na ressurreição e na ascensão. Esta é a forma como Jesus desejava ser visto na cruz. Não como um derrotado, mas como um Filho glorificado pelo Pai e que glorificava o Pai pelo seu sofrimento, morte, ressurreição e ascensão.

Para onde Jesus iria, nenhum homem poderia o seguir naquele momento (33). A ascensão de Cristo precedeu a ressurreição dos mortos e o arrebatamento da igreja; eventos que acontecerão apenas no futuro.

Quando Pedro o pergunta sobre para onde Ele iria, o Senhor respondeu: (36) “Para onde vou, não me podes seguir agora; mais tarde, porém, me seguirás”. Esta frase se refere a morte de Pedro (37,38) e também sua ressurreição e arrebatamento da Igreja. 

Jesus iria voltar para a casa do Pai e deixou um novo mandamento que deveria governar a vida de seus discípulos (34): “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”.

Esta seria a característica do verdadeiro discipulado (35): “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________

 

·         O Senhor Glorificou o Pai em seu sofrimento e morte. Assim também devemos glorificar o Pai em qualquer situação a que venhamos passar. Nunca poderemos blasfemar ou murmurar. O sofrimento deve nos levar a louvar e glorificar o Pai.

·         A glorificação não ficou apenas no sofrimento e na morte. A palavra final para a nossa vida não é a morte, mas a ressurreição e a ascensão do Senhor. Um dia seremos arrebatados e subiremos ao céu assim como o Senhor Jesus.

·         Jesus desejava ser visto na cruz como aquele que estava glorificando o Pai. Não podemos ver a cruz como sinal de sofrimento e derrota. A cruz para nós é símbolo de glorificação do Pai.

·         Um dia ressuscitaremos e seremos arrebatados para o céu. Precisamos nos preparar para a nossa “ascensão”. A morte não é certa para todos. Uma parte da igreja gozará do arrebatamento.

·         Jesus nos deixou um novo mandamento. “que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei”. Preciso viver este mandamento. Meu modelo de amor é o Senhor Jesus: “assim como eu vos amei”. Amor não é sentimento. É atitude.

·         Esta deve ser a nossa característica: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. Minha identidade de discípulo é o amor pelos outros discípulos.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

 

Senhor. Obrigado pelo sofrimento, morte, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus. Obrigado porque um dia iremos morrer e ressuscitar para uma nova vida. Um dia o Senhor arrebatará a igreja para que possa viver a ascensão de Cristo. Desejamos glorificar o Pai na alegria e na dor. Que em nós nunca esteja a murmuração e a reclamação. Que a Tua bênção nos faça viver o novo mandamento e que possamos assim, ganhar muitos discípulos e discípulas para o Senhor. Por Jesus Cristo, na Unidade do Espírito Santo, Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ______

 

Conclusão:

Duas palavras nos provocaram: glorificação e amor. Que em tudo que venhamos fazer ou sofrer, possamos glorificar o Pai. Que o glorifiquemos com nossos dízimos, fidelidade, testemunho e santidade. E que a característica principal de nossa identidade cristã seja o amor uns pelos outros no modelo do Senhor Jesus.