terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Evangelho do 8º Domingo Comum - O Autoexame Espiritual - Lucas 6.39-45

 


8º Domingo Comum

O Autoexame Espiritual

Lucas 6.39-45

 

O Evangelho de Hoje nós leva a olhar para a nossa vida e para nossos próprios pecados. Ele nos recomenda ao autoexame do nosso coração. As Palavras do Senhor Jesus nos provoca a usarmos estas reflexões antes de julgar ou condenar alguém. Nosso maior esforço é cuidar primeiro da nossa vida espiritual ao invés de criticar ou acusar os erros dos outros. Todo pecado alheio deveria nos causar temor e nos levar a oração por nós e pelos outros. Tudo que o Senhor deseja é que, depois deste autoexame, sejamos mais misericordiosos com aqueles que pecam em nossa frente.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?_______________

            O Senhor ensina os discípulos em parábolas sobre a necessidade da autoavaliação.

            Ele cita cinco situações para levarem os discípulos a refletirem.

            Jesus diz (39): “Pode, porventura, um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos no barranco”?

            Com esta palavra, ensinou os discípulos que, antes de criticarem os outros, teriam que ter a graça da santificação. Na cegueira do pecado não podiam auxiliar ninguém.  Como um infiel pode estar tentando discipular outros? Todos se perderão.

            O Senhor também diz (40): “O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como o seu mestre”.

            O alvo do discípulo teria que ser chegar à estatura do Mestre. Para isso precisariam ser bem instruídos. O discípulo não está acima do mestre, mas precisa refletir na semelhança do seu mestre.

            Isso se refere principalmente ao relacionamento com o próximo. É hipocrisia tentar retirar o cisco dos olhos do irmão e ao mesmo tempo, ter uma trave nos próprios olhos. (41-42). Os discípulos são orientados ao autoexame de suas vidas espirituais ao invés de ficarem examinando os pecados dos outros.

            Jesus ensina que não existe mistério ou segredo em relação a quem é o verdadeiro discípulo ou quem é o falso discípulo. (43) “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco árvore má que dê bom fruto”. (44) “...cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto”.  Os frutos demonstram quem cada um é na verdade.

            A própria boca demonstra o que está no coração (45): “...a boca fala do que está cheio o coração”.

            Jesus está dizendo aos discípulos: olhem para suas vidas espirituais. Cuidem de suas vidas. Deixa de ficar acusando os outros. Isso é falta de maturidade e revela uma “meninice” cristã.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________________

 

·         Diante de tantas provocações da Palavra, temos que mudar nosso comportamento de forma radical em relação com o próximo. 

·         Antes de criticar os outros, preciso examinar minha própria vida. Cada um dará conta dos seus próprios pecados.

·         Só consigo guiar um cego se não for mais cego. Preciso enxergar meus próprios limites.

·         Preciso me esforçar para crescer na estatura de Cristo. Meu modelo é Jesus. Preciso me espelhar Nele e crescer Nele.

·         Preciso ver como está a minha vida. Não posso acusar ninguém. Preciso constantemente retirar a trave dos meus próprios olhos.

·         Preciso todos os dias ver quais são os frutos que tenho produzido. Meus frutos são bons ou maus?

·         O que sai da minha boca edifica as pessoas ou gera contenda? A boca fala do que está cheio o coração. Tenho abençoado ou amaldiçoado meu dia e as pessoas? Tenho reclamado da vida e das pessoas ou tenho sido grato?

·         Preciso cuidar muito da minha vida espiritual. Esta deve ser a minha prioridade; e depois auxiliar meu irmão em pecado sem o espírito de acusação ou fofoca.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

 

            Senhor. Como preciso aprender a não julgar o meu próximo. Desejo caminhar com o Senhor com o coração manso e bom. Que eu use sua Palavra para uma autoavaliação e seja melhor a cada dia. Que eu tenha misericórdia para auxiliar o pecador e não ande semeando contenda ou difamando. Que eu seja fiel e meus frutos sejam bons. Ajuda-me a todos os dias retirar as traves que me impedem de ver o teu Reino e de fazer a Tua vontade. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Um só deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ________

 

Conclusão:

            Nossa tarefa é anunciar o Reino de Deus e não sermos paralisados pelas críticas. Muitas pessoas desistem da fé porque observam o pecado na vida dos outros. Precisamos olhar para Jesus e seguir seu caminho. Temos um trabalho para fazer e não podemos nos paralisar com as intrigas dos outros. Olhando para Jesus produziremos frutos bons e perfeitos e auxiliaremos as pessoas que estão caídas ao nosso redor.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Evangelho do 7º Domingo Comum - Relacionamentos Curados - Lucas 6.27-38

 



7º Domingo Comum

Relacionamentos Curados

Lucas 6.27-38

 

O Evangelho de hoje fala sobre relacionamentos curados. Somente um coração curado pelo Senhor consegue amar e se relacionar dentro da proposta do Evangelho. Sem a cura interior, ficamos paralisados nos relacionamentos doentes, mergulhados em mágoas e fechados em nós mesmos. O Evangelho vai nos propor um novo conceito e estilo de vida totalmente baseados na pessoa de Jesus Cristo. É um desafio que precisamos exercitar todos os dias. Só conseguiremos vencer depois de um longo treinamento e cura. Mas isso precisa ser o nosso alvo.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?_____________

 

O ensinamento do Senhor Jesus vai contra as tradições dos judeus e apresenta desafios maiores do que os desafios da lei. Na lei de Moisés a pessoa amava os amigos e odiava os inimigos. A lei previa “olho por olho e dente por dente” (Ex 21.24,25).

Mas o Senhor diz que seus discípulos deveriam (27) “amar os inimigos, fazer o bem aos que lhes odiavam”. Ele exige atitude de bondade para com os que nos odeiam.

Sobre aqueles que falam mal dos discípulos o Senhor diz (28): “bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam”. Em nenhum momento os discípulos deveriam falar mal dos inimigos ou revidar. Antes, deveriam bendizer e orar, principalmente sobre aqueles que levantariam calúnias a seu respeito.

O esforço dos discípulos de Jesus era trabalhar para nunca discutir, brigar ou entrar em demandas. Vale mais perder do que ficar alimentando mágoas, rancores e desentendimentos. Jesus diz (29,30): “Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda”.

A regra magna do bom relacionamento é (31): “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.

Os discípulos deveriam ser diferentes dos pecadores no comportamento e nos relacionamentos interpessoais.

Jesus diz que os pecadores amam os que os amam. Eles fazem bem aos que lhe fazem bem. Eles só emprestam aqueles que um dia irão pagar. Se os discípulos agirem assim, não terão nenhuma recompensa, pois assim agem os ímpios. Serão como os ímpios (leia: 32-34).  

            Para terem o galardão no céu e serem chamados de filhos do Altíssimo, os discípulos deveriam (35) “Amar os inimigos, fazer o bem e emprestar, sem esperar nenhuma paga”.

            Deveriam ser misericordiosos como o Pai (36), não julgar, não condenar e sempre perdoar (37).

A forma como dos discípulos agissem em relação ao próximo iria determinar como seriam retribuídos, principalmente por Deus (38): “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? ____________________________

 

·         Hoje vivemos na graça e os desafios são maiores. Precisamos de cura interior para viver o Evangelho em toda sua plenitude.

·         Preciso ter atitude de bondade para os que me odeiam. Não posso pagar o mal com o mal.

·         Preciso aprender a falar bem de todos os que me caluniam. Esta será a minha diferença. Bendizer e orar.

·         Se depender de mim, nunca posso entrar em conflitos ou demandas. Tenho que aprender a esperar a justiça de Deus.

·         Preciso aprender a “virar a outra face” e a “dar a minha túnica”.

·         Preciso viver e praticar a regra magna: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.

·         Preciso ser diferente dos pecadores no comportamento e nos relacionamentos.

·         Não posso ser como os ímpios. Eles só fazem o bem aos que lhe fazem bem.

·         Tenho que desejar o galardão no céu e ser chamado filho do Altíssimo na minha relação com os inimigos.

·         Meu modelo de misericórdia é o Pai.

·         Preciso tomar a iniciativa com relação aos outros: “dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

Senhor. Preciso de Cura Interior e Graça para poder viver os desafios do Evangelho. Ajuda-me a amar meus inimigos e bendizer todos os que caluniam. Desejo ser diferente dos ímpios. Preciso tomar atitude e fazer a diferença nos relacionamentos. Não permita que meu coração conserve a mágoa e o rancor. Que eu possa ter realmente um coração bom, perdoador e misericordioso. Que eu fale bem das pessoas e nunca comente o mal que me fizeram. Por Cristo Jesus, sou único Filho, na comunhão do Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém!

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ________

 

Conclusão:

            Quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, tem inicio um processo de cura em nossa vida. Este processo pode ser paralisado ou evoluir. Precisamos desejar ser curados, principalmente no relacionamento com as pessoas que nos feriram. Esta atitude demonstra que realmente somos diferentes dos ímpios. Com este novo estilo de vida, podemos ganhar muitas almas para o Senhor e fazermos diferença no mundo.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Evangelho do 6º Domingo Comum - Bem-Aventurados - Lc 6.17.20-26

 



6º Domingo Comum

Bem-Aventurados

Lc 6.17.20-26

 

O Evangelho de hoje proclama “felizes” (bem-aventurados) esses que constroem a sua vida à luz dos valores propostos por Deus e infelizes os que preferem o egoísmo, o orgulho e a autossuficiência. Sugere que os preferidos de Deus são os que vivem na simplicidade, na humildade e na debilidade, mesmo que, à luz dos critérios do mundo, eles sejam desgraçados, marginais, incapazes de fazer ouvir a sua voz diante do trono dos poderosos que presidem aos destinos do mundo. Felizes são os que confiam no Senhor em qualquer circunstância, mesmo nas mais vulneráveis.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) O que relata o texto do Evangelho?____

 

            Depois que o Senhor desceu de Nazaré, Lc 6.17,20-26 é a sua primeira instrução aos discípulos.

            O Senhor tinha seguidores que eram discípulos (alunos) e outros faziam parte da grande multidão.  As pessoas das multidões o buscavam pelos benefícios, mas não eram discípulos (17).

            As pessoas viam de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom. De terras judias e terras gentias. Tinham o propósito de o ouvirem, serem curados de suas enfermidades (18) e libertos dos demônios.

            O Evangelho diz que (19): “E todos da multidão procuravam tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos”. O Senhor não fazia acepção de pessoas. “Curava a todos”.

            No versículo 20 o Senhor Jesus tem uma mensagem especial aos discípulos. Ele faz quatro “bem-aventuranças” aos pobres e quatro “ais” aos ricos.

            Na época de Cristo não havia classe social como em nossos dias. Existiam apenas os oprimidos e os opressores. Observe que Pedro, André, Tiago e João eram empresários da pesca, mas estavam na classe dos oprimidos pelo Império Romano e por seus comparsas.

            A palavra “pobre” usada por Lucas significa oprimido. Todos os discípulos viviam debaixo do jugo opressor do Império Romano.           Mas não deveriam viver de “cabeça baixa”.

Eram, na realidade, bem-aventurados. Tinham que se ver (olhar para si mesmo) como pessoas felizes e realizadas, porque deles era o reino de Deus (20). Tinham fome, mas seriam fartos (21). Choravam, mas iriam rir (21). Deveriam viver profetizando estas verdades em meios às lutas. Mesmo quando fossem odiados, expulsos, injuriados e rejeitados por causa do nome de Jesus, deveriam regozijar e exultar, pois grande seria o galardão no céu.

Infelizes seriam os opressores e perseguidores dos discípulos. Eram miseráveis, pois confiavam nas consolações do poder e da riqueza (24). Iriam passar fome, lamentar e chorar (25).

Eram pessoas enganadas pelas próprias honras e louvores dos homens. O Evangelho diz (26): “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas”.

Os discípulos deveriam iniciar sua caminhada como pessoas felizes (bem-aventuradas), realizadas e otimistas. Mesmo não tendo as coisas, possuíam tudo. Possuíam o Reino de Deus.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho? (...)

 

·         Jesus tinha discípulos e pessoas das multidões. Precisamos ser discípulos.

·         O Senhor instrui, cura e liberta. Que nossa missão evangelística tenha este padrão. Ensinar, curar e libertas as pessoas.

·         O Senhor não fazia acepção de pessoas. Precisamos estar abertos a todos. O Evangelho é para todos: pobres e ricos.

·         Como discípulos, estamos debaixo das bem-aventuranças do Senhor.

·         Mesmo nas lutas e opressões sociais, não devemos viver de cabeça baixa.

·         Temos que ser confiantes e alegres, pois somos bem-aventurados.

·         O Reino de Deus nos pertence.

·         Devemos viver profetizando a vitória, mesmo em meio as lutas.

·         Miseráveis e infelizes são os que não confiam no Senhor. Nós somos abençoados e bem-aventurados, mesmo passando por lutas e perseguições.

·         Precisamos caminhar como bem-aventurados, realizados e otimistas. Somos bem-aventurados do Senhor.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

Senhor. Desejamos ser discípulos de Jesus. Não queremos estar no meio da multidão apenas atrás de seus benefícios. Mas desejamos ser discípulos e te seguir como pessoas bem-aventuradas. Ajude-nos a olhar para cima e vivermos otimistas e confiantes. Sabemos que o Senhor veio para todos e não faz acepção de pessoas. Por isso desejamos levar o teu Evangelho a todos sem exceção. Ajude-nos a viver olhando para o reino de Deus e converta os poderosos deste mundo que não conhecem Jesus. Graças a Deus, pois somos bem-aventurados e abençoados. Por Jesus Cristo, seu único Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _

 

Conclusão:

            Pela graça de Deus somos bem-aventurados. Já vivemos a alegria do suprimento do Senhor e da paz, mesmo em momentos difíceis. Como discípulos somos sustentados pelo Senhor. Nossa atitude de fé tem que ser de coragem e alegria. Com Jesus sempre somos bem-aventurados. Aleluia.