segunda-feira, 7 de abril de 2025

Evangelho do Domingo de Ramos da Paixão - Lucas 23.1-49

 


Domingo de Ramos da Paixão

A Paixão de Cristo

Lucas 23.1-49

 

No Domingo de Ramos, o Senhor entrou em Jerusalém e foi saudado com ramos de palmeiras, cânticos e gritos de júbilo. Nesta semana ele ficou na casa de Lázaro em Betânia e todos os dias ia a Jerusalém para ensinar no Templo.

            Na quinta-feira Santa o Senhor Jesus celebrou a Páscoa judaica e instituiu a Santa Ceia. Logo após, foi orar no jardim do Getsêmani e foi preso pelos guardas do Templo. Depois de ser julgado pelo Sinédrio (assembleia dos principais judeus) na casa de Caifás, o Senhor é lavado, na sexta-feira santa, até a Torre de Antônia onde estava Pilatos, o governador da Judéia. Jesus é condenado pela manhã, crucificado e morto às 15 horas.  Contudo, no domingo, o terceiro dia, o Senhor ressuscita dentre os mortos e está vivo entre nós.

            Esta é a Semana Santa. Semana histórica onde lembramos a morte e a ressurreição do Senhor.

            Tem início no Domingo de Ramos (entrada triunfal de Jesus em Jerusalém) e termina no Tríduo Pascal (quinta-feira santa, sexta-feira santa e sábado da ressurreição).

            Que possamos celebrar esta semana olhando para a grande salvação que o Senhor Jesus veio nos trazer.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho? ___

 

            O Evangelho tem início com o Sinédrio dos judeus levando Jesus a Pilatos e o acusando com mentiras (2): “Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei”.

            Após breve interrogatório, Pilatos não vê crime em Jesus (3-4). Mas as autoridades insistiram (5): “Ele alvoroça o povo, ensinando por toda a Judéia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.

            Sabendo que Jesus era galileu, Pilatos o envia para ser julgado por Herodes que era o rei da Galileia (6,7). Herodes o interroga e pede sinais, mas Jesus permaneceu em silêncio (8,9). Mesmo com a provocação dos sacerdotes, de Herodes e da guarda, Jesus se cala. Herodes então o desprezou e o escarneceu. Mandou vestir Jesus com um manto aparatoso e o devolveu a Pilatos (10-12).

Pilatos informa aos principais sacerdotes, as autoridades e ao povo que ele e Herodes não viram nenhum crime em Jesus. Sua decisão era castigá-lo e depois soltá-lo (13-16).

            Mas a multidão gritou para soltar Barrabás que estava preso por sedição e por homicídio. Na festa da Páscoa as autoridades tinham que soltar um preso e o povo aproveita para pedir Barrabás solto no lugar de Jesus (17-19).

            Pilatos estava convencido da inocência de Jesus e insiste em soltá-lo (20), mas o povo, por sua vez, insiste em pedir a crucificação (20-22).

            O Evangelho relata que o clamor do povo prevaleceu e Pilatos decidiu atender-lhes o pedido (23-24): soltou Barrabás e entregou Jesus para ser morto (25).

No caminho do Calvário obrigaram a Simão, o Cirineu, a carregar a cruz após Jesus (26). Também, na Via dolorosa, Jesus foi acompanhado por numerosa multidão. Muitas mulheres batiam no peito e lamentavam. Mas Jesus profetiza que deveriam chorar pelos seus próprios filhos, pois viria grande desgraça sobre Jerusalém (27-31). Isso ocorreu no ano 70 dC quando Jerusalém foi cercada e destruída pelos romanos. 

            O Senhor foi crucificado ao lado de dois malfeitores (32-33), pediu o perdão ao Pai sobre o povo e teve suas vestes repartidas entre os soldados (34).

            As autoridades religiosas e os soldados zombaram e escarneceram. Para ridiculariza-lo ainda mais, foi colocada uma placa na cruz que dizia: Este é o Rei dos Judeus (35-38).

            Enquanto um malfeitor blasfema de Jesus, o outro se converte e pede a salvação. Jesus diz ao convertido: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (44-46). Também o centurião, chefe da guarda dos romanos, glorifica a Deus e reconhece a justiça do Senhor Jesus (47,48).

            O sofrimento de Jesus é contemplado pelos seus conhecidos e pelas mulheres discípulas. Eles observam tudo e tentem entender os acontecimentos a luz dos ensinamentos do Senhor (49).

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_____________________________

 

·         Os religiosos entregam Jesus. Ter religião não é sinônimo de salvação. A religião não salva. O que salva é um relacionamento com o Senhor Jesus. Precisamos aceitá-lo como Senhor e salvador.

·         Pilatos não vê crime em Jesus, mas as autoridades religiosas não desistem de acusá-lo e de pedir sua morte. Muitas vezes estamos errados e insistimos em permanecer no erro.

·         Herodes só deseja ver sinais e se divertir com os milagres do Senhor. Não posso ficar atrás de milagres e sinais como Herodes. Preciso aceitar Jesus como salvador e ter um relacionamento sincero com Ele.

·         O povo em pecado prefere soltar Barrabás e matar Jesus. O pecado tem o poder de me levar a fazer escolhas erradas

·         O clamor do povo prevaleceu sobre o que era certo. Precisamos tomar cuidado para que a vontade dos outros não venha prevalecer sobre a vontade de Deus em nossa vida.

·         As mulheres de Jerusalém são advertidas a chorar pelos seus próprios filhos que sofreriam no futuro por causa da rejeição de Jesus. Quando rejeitamos a salvação do Senhor o que nos espera é o sofrimento e a dor.

·         Simão o Cirineu é obrigado a carregar a cruz do Senhor. Que possamos, voluntariamente, carregar a cruz de Cristo.

·         Os dois malfeitores tiveram a mesma oportunidade. Mas apenas um aceitou Jesus. Que possamos aproveitar as oportunidades e aceitar Jesus como Senhor e Salvador.

·         Jesus é blasfemado pelas autoridades e pelo povo. Até hoje a mídia e as religiões blasfemam de Jesus. Mas o Senhor está sempre pronto a pedir ao Pai o perdão a todos que desejarem ser perdoados.

·         O centurião reconhece quem é Jesus. Que possamos ter a graça para reconhecer Jesus como nosso Salvador e Senhor.

·         Que assim como os conhecidos de Jesus e as mulheres piedosas contemplaram Jesus na cruz, que possamos contemplar o significado da morte do Senhor pela nossa salvação.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

Senhor. Graças de damos pela grande salvação que o Senhor Jesus veio trazer. Que possamos, nesta semana santa e sempre, meditar sobre sua paixão e morte para a nossa salvação. Nos dê a graça de acompanhar Jesus em sua dor e receber o Senhor como nosso único e suficiente salvador. Obrigado pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Que assim como o Senhor entrou em Jerusalém, que Ele possa entrar triunfalmente em nosso coração. Por Jesus Cristo, nosso Salvador, na unidade do Espírito Santo. Um único Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? ________

 

 

Conclusão:

            Pela graça de Deus, recebemos Jesus como Senhor e Salvador. Jesus está vivo abençoando e transformando nossa vida. Mas precisamos contemplar sua morte e valorizar sua cruz. Que possamos nos esforçar para conduzir muitas vidas ao Senhor e Salvador Jesus Cristo. Desta forma iremos valorizar seu sacrifício pela nossa salvação. Somos pecadores e somente Jesus pode nos salvar.

terça-feira, 1 de abril de 2025

5º Domingo da Quaresma - Tempo de Nova Oportunidade - João 8.1-11

 


5º Domingo da Quaresma

Tempo de Nova Oportunidade

João 8.1-11

 

O Evangelho de hoje apresenta a lógica de Deus e a nova oportunidade que Ele nos dá para recomeçarmos. A lógica de Deus não é uma lógica de morte, mas uma lógica de vida; a proposta que Deus faz aos homens através de Jesus não passa pela eliminação dos que erram, mas por um convite à vida nova, à conversão, à transformação, à libertação de tudo o que oprime e escraviza.

O Evangelho põe em relevo, por outro lado, a intransigência e a hipocrisia do homem, sempre disposto a julgar e a condenar os outros. Jesus denuncia, aqui, a lógica daqueles que se sentem perfeitos e autossuficientes, sem reconhecerem que estamos todos a caminho e que, enquanto caminhamos, somos imperfeitos e limitados. Somos convidados a assumir para com os nossos irmãos a tolerância e a misericórdia que Deus tem para com todos os homens e mulheres.


I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho? _____________

O Senhor Jesus está no Templo pela manhã. É trazida pelos escribas e fariseus uma mulher surpreendida em adultério. Eles dizem a Jesus (4,5): “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes”?

De acordo com Lv 20,10 e Dt 22,22-24, a mulher devia ser morta. A Lei deve ser aplicada? É este problema que é apresentado a Jesus.

Os Escribas e fariseus desejam apenas uma coisa: tentar Jesus (6) “para terem de que o acusar”.

Para os escribas e fariseus, trata-se de uma oportunidade de ouro para testar a ortodoxia de Jesus e a sua fidelidade às exigências da Lei; mas, para Jesus, trata-se de revelar a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador.

Apresentada a questão, Jesus não procura ignorar o pecado ou desculpar o comportamento da mulher. Ele sabe que o pecado não é um caminho aceitável, pois gera infelicidade e rouba a paz. Sabe que a mulher transgrediu a Lei de Deus. No entanto, também não aceita pactuar com a motivação dos homens que usam da Lei para justificar a morte.

Porque os esquemas de Deus são diferentes dos esquemas dos homens, Jesus fica em silêncio durante uns momentos e escreve no chão, como se pretendesse dar tempo aos participantes da cena para perceber aquilo que estava em causa.

Finalmente, convida os acusadores a tomar consciência de que o pecado é uma consequência dos nossos limites e fragilidades e que Deus entende isso: “quem de vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra”.

Ele continua a escrever no chão, à espera que os acusadores da mulher interiorizem a lógica de Deus – a lógica da tolerância e da compreensão.

Os religiosos refletem e, envergonhados, se retiram.  

Quando eles se retiram, Jesus nem sequer pergunta à mulher se ela está ou não arrependida: convida-a, apenas, a seguir um caminho novo, de liberdade e de paz.

O Evangelho diz que erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais (10,11).

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_____________________________

·         Preciso tomar cuidado para que o meu zelo não seja inimigo da misericórdia.

·         Preciso aprender a ler a Palavra de Deus com os olhos misericordiosos do Senhor Jesus.

·         Tenho que ter a simplicidade do Senhor e calma diante dos desafios que me são apresentados.

·         Preciso ter a graça de refletir e interiorizar as palavras do Senhor.

·         Será que existem pedras em minhas mãos hoje?

·         A misericórdia do Senhor não é motivo para que eu volte a pecar. Jesus está dizendo hoje: Vá e não peques mais.

·         Tenho a graça de não mais voltar ao pecado. Ele fala dessa possibilidade para a mulher.

·         Preciso aproveitar as novas oportunidades que Deus tem me dado hoje. Posso ser melhor. Posso acertar. Posso andar para frente. Posso ser santo no Senhor. Ele pode fazer isso em minha vida.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): _

Senhor. Desejo retirar as pedras das minhas mãos. Quero aprender com o Senhor Jesus a ser misericordioso e a dar novas oportunidades para que o pecador venha se levantar e caminhar em nova vida. Desejo aproveitar as oportunidades para viver em santidade. Creio que no Senhor posso começar de novo e ser santo. Ajude-me a ir e não pecar mais. Santifica meus relacionamentos. Que eu seja santo e misericordioso assim como é o Senhor. Por Jesus Cristo, nosso Senhor na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _______

 

Conclusão:

O Evangelho de hoje falou sobre nova oportunidade e a lógica de Deus. Precisamos ser santos andando na nova oportunidade que Jesus nos dá. Mas precisamos também ser misericordiosos na lógica de Jesus. Nada pode justificar nossa falta de amor para com o nosso irmão. Nada justifica as pedras que frequentemente temos em nossas mãos. Que o Senhor nos ajude a ser parecidos com Jesus.