segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Evangelho do 27º Domingo Comum - A Fé que gera Milagre e Humildade - Lc 17.5-10.

 



27º Domingo Comum

A Fé que gera Milagre e Humildade

Lc 17.5-10.

 

O Evangelho de Hoje nos ensina sobre a fé baseado em duas práticas: A fé que realiza milagres e a fé que produz humildade. É muito fácil o milagre nos levar ao orgulho e arrogância. Mas junto com a fé que produz milagres, Deus deseja que venhamos a produzir a fé da humildade e da simplicidade. Um desafio que devemos viver todos os dias.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

Em Lucas 17.3,4 o Senhor Jesus fala sobre a necessidade de perdoar sempre. Diante desse difícil desafio, os apóstolos pedem com sinceridade (5): “Aumenta-nos a fé”.

      O Senhor então ensina que a questão não era a de aumentar ou diminuir a fé, mas de apenas exercer a fé. Se a pessoa tem fé, precisa apenas ativá-la através do poder da palavra.

O Senhor explica que o tamanho da fé é o que menos importa. Ele diz (6): “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira (Em Mt 17.20 fala de monte): Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá”.

Aqui não se trata de uma grande fé, mas de uma grande ação da fé. O grão de mostarda tem apenas 2 mm de diâmetro e é utilizado pelo Senhor Jesus para se referir ao tamanho da fé necessária. Ou seja, não existe tamanho, mas é exigido ação.

No mesmo Evangelho o Senhor fala da humildade. No contexto da escravidão, nenhum senhor precisava agradecer ao servo que fez o que lhe foi ordenado. Ele é servo e tinha a obrigação de cumprir a ordem recebida. Leia novamente os versículos 7-9. Jesus diz (9): “Porventura, terá de agradecer ao servo porque este fez o que lhe havia ordenado”?

 Os apóstolos deveriam exercer a fé para mover montanhas, contudo, era necessário permanecer no caminho da simplicidade e da humildade. Jesus exorta (10): “Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Preciso hoje pedir para o Senhor aumentar a minha fé? Principalmente na questão de relacionamentos e perdão?

·         Aprendemos que a questão não é aumentar a fé, mas praticar e exercer a fé que temos no Senhor.

·         O tamanho da fé não importa. O que importa é a minha atitude. Tenho que ter fé e exercitar através da Palavra.

·         A fé só se expressa pala ação. Não preciso ter uma grande fé. Preciso ter uma grande ação de fé.

·         A fé que realiza milagres precisa ser a mesma fé que faz com que nos coloquemos em nossa posição de servo. Nunca a vida de milagre pode nos conduzir para o caminho da arrogância.

·         Tenho que entender que nada mereço. Faço somente o que é obrigação. Sou apenas servo para cumprir o que o Senhor manda.

·         A vida de milagres não pode me conduzir a vida de arrogância.

·         Devo dizer diariamente depois de realizar uma obra para o Senhor: Sou servo inútil, porque fiz apenas o que devia fazer.

·         O Senhor não nos manda ser inúteis. Ele nos exorta a sermos ativos e operantes na obra do Senhor, mas com um espírito humilde e santo que diz: Somos servos inúteis. 

 

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Desejo exercer a fé ensinada por seu Filho. Sei que se minha fé foi ativada, não importa a o seu tamanho, importa a ação das minhas palavras e atitudes. Desejo exercer a fé para mover as montanhas e amoreiras do meu caminho. Que eu viva uma vida de milagre e que minha fé seja integralmente humilde e santa para que possa dizer na sinceridade do meu coração: Sou servo inútil, porque fiz apenas o que devia fazer. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo com o Pai, um só Deus agora e sempre. Amém.

           

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            Temos fé em Cristo e agora precisamos sair e exercer esta fé na salvação de homens e mulheres. Esta fé ativada remove montanhas e amoreiras. Precisamos viver a dimensão da confissão da fé. Confessar tudo que Jesus fez por nós e tomar posse da vitória em Cristo. Que nossa fé nos leve a uma vida de milagres e de humildade no caminho do Senhor. Amém.

 

 

 

Para Reflexão:

Sobre a fé (Lc 17.5-6)

1.      O que levou os apóstolos a pedirem a Jesus: “Aumenta-nos a fé”?

2.      Como a metáfora do grão de mostarda revela a natureza e a potência da fé?

3.      Por que Jesus escolheu a imagem da amoreira enraizada para mostrar o alcance da fé?

4.      Qual a diferença entre fé “quantitativa” (mais ou menos fé) e fé “qualitativa” (confiança autêntica)?

5.      Como este texto nos desafia a viver a fé em situações que parecem impossíveis?

 

Sobre o serviço (Lc 17.7-9)

6.      O que Jesus quer ensinar ao usar a figura do servo que, após trabalhar no campo, ainda deve servir o seu senhor?

7.      Por que o senhor não agradece ao servo por ter feito o que era ordenado?

8.      De que forma essa parábola confronta nosso desejo de reconhecimento humano?

9.      Como podemos aplicar essa atitude de serviço humilde em nosso discipulado diário?

10.  O que este texto nos ensina sobre gratidão: tanto a que oferecemos a Deus quanto a que esperamos dos outros?

 

Sobre humildade e obediência (Lc 17.10)

11.  O que significa afirmar: “Somos servos inúteis; fizemos apenas o que devíamos fazer”?

12.  Como este versículo corrige uma espiritualidade baseada em méritos e recompensas?

13.  De que maneira ele aponta para a graça de Deus como fundamento da salvação?

14.  Como cultivar uma postura de serviço humilde sem cair em autodesvalorização?

15.  Em que sentido esta passagem nos convida a reconhecer a soberania de Deus e a alegria de servir sem esperar retorno?

Evangelho do 26º Domingo Comum - O homem rico e o pobre Lázaro - Lc 16.19-31.

 


26º Domingo Comum

O homem rico e o pobre Lázaro

Lc 16.19-31.

 

            O Evangelho de hoje é uma resposta a muitas indagações que fazemos sobre a vida após a morte. O Senhor Jesus ensina que existe uma separação imediata entre as pessoas que morrem. Só existem dois lugares: o céu e o inferno. É um Evangelho urgente que precisa ser pregado e anunciado. As pessoas precisam conhecer sobre a verdade sobre a eternidade.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            O Evangelho de hoje narra uma parábola de Jesus sobre um homem rico e o pobre Lázaro.

            Na parábola, o homem rico se vestia com roupas caras e tinha os melhores e mais caros alimentos com os quais se regalava (19).

            Lázaro, por sua vez, era um mendigo, coberto de feridas que ficava sentado na porta do rico. Com fome, desejava apenas se alimentar com as “migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras” (21). 

Na parábola os dois morrem. O mendigo é levado pelos anjos para o Seio de Abraão (linguagem judaica para se referir ao céu), e o rico é sepultado e lançado no inferno (22). 

Jesus diz que (23) “no inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio”. 

O rico, atormentado pelas chamas, clama por misericórdia a Abraão. Ele pede (24): “Manda a Lázaro que molhe (batize) em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”. 

Lembre que na parábola, Lázaro e o Rico são judeus. Abraão chama o rico de filho (demonstra carinho) e o faz lembrar que ele havia se preocupado em receber todos os bens na terra. Era judeu, mas tinha como única preocupação: o de ficar rico. Não se importava com os outros e com Lázaro que ficava sentado na porta de sua casa. O rico não teve atitudes de pessoa salva. Não se importou com os outros. Lázaro era um judeu que somente havia recebido males, mas permaneceu na integridade e na fé. Por isso, agora, Lázaro estava vivendo o consolo da salvação e o rico sofrendo nos tormentos do inferno (25).

Abraão diz que existe um abismo de separação entre quem está no céu e quem está no inferno. Não existe purgatório (lugar neutro). Só existe céu ou inferno. Quem está de um lado não pode passar para o outro. Observe a resposta de Abraão (26): “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós”.

Sabendo disso o rico pede para Lázaro voltar na terra e testemunhar a verdade sobre o céu e o inferno aos seus cinco irmãos “a fim de não irem também para o lugar de tormento”. A reposta de Abraão é simples (29): “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos”.

Moisés e os Profetas se referem as Sagradas Escrituras do Antigo Testamento. Ou seja, precisariam apenas ouvir e aceitar a Palavra de Deus.

Diante disso o rico insiste: “Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão”. 

Abraão então responde (31): “Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. Abraão deixa claro que o que salva é o testemunho da Palavra de Deus.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Assim como o homem rico, muitos só pensam em desfrutar os bens materiais. Sua visão está focada apenas na terra.

·         Lázaro era pobre, mas possuía a salvação. Esta é a grande riqueza na vida de um homem.

·         Na parábola os dois morrem. A morte é certa para todos os habitantes da terra. Todos terão que prestar contas de sua vida a Deus.

·         Existe uma separação imediata para quem morre. Ou vai direto para o céu ou direto para o inferno. Não existe lugar neutro (purgatório).

·         Quem só procura os bens materiais e os consolos terrenos, não tem tempo para se preocupar com a salvação de sua alma e com a eternidade.

·         Existe um abismo de separação entre o céu e o inferno. Depois da morte não existe como mudar de lugar. A oportunidade da salvação só é alcançada aqui na terra.

·         O rico deseja que Lázaro volte e testemunhe aos seus familiares. Mas nenhum morto pode voltar para falar com os vivos. Quem está na terra tem as Sagradas Escrituras para receber, acreditar e ser salvo.

·         O rico e o Lázaro eram judeus, mas um perdeu a salvação e outro a encontrou. Não importa ser cristão ou religioso. Necessário é ter um encontro com Jesus e nascer de novo para que possa ir morar no Seio de Abraão.

·         Este assunto é tão sério que necessitamos anunciar a todos que precisam aceitar Jesus e viver o Evangelho para que não venham passar a eternidade no inferno.

 

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Muito obrigado por sua santa Palavra que nos alerta para a necessidade da salvação. Que possamos permanecer na integridade da fé mesmo diante de provações, assim como o pobre Lázaro. Que possamos levar as Sagradas Escrituras a todos os homens e mulheres para que possam crer e ser salvos. Que não venhamos a nos preocupar com o acúmulo de bens, mas com a salvação de nossa alma e com o amor ao próximo. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

           

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?           Pergunte a cada discípulo de sua Célula. Todos deverão responder.

 

Conclusão:

            Como é bom ler a Palavra de Deus e aprender sobre a necessidade de salvação. Existem o céu e o inferno e precisamos decidir onde desejamos passar a eternidade. Não escolhemos a onde iríamos nascer, mas podemos escolher onde iremos morar depois da morte. Que sejamos salvos e possamos levar muitas vidas a vida eterna com Jesus. 


Evangelho do 25º Domingo Comum - Não podeis servir a Deus e às riquezas - Lc 16.1-13

 


25º Domingo Comum

Não podeis servir a Deus e às riquezas

Lc 16.1-13

 

O Evangelho de Hoje nos leva a decidir a quem iremos servir. Nos ensinará a servir a Deus com as nossas riquezas ao invés de servirmos as riquezas como idólatras do dinheiro. É uma parábola que promoverá sabedoria em nossa vida financeira e em nosso envolvimento com o Reino de Deus.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            O Evangelho de hoje apresenta uma parábola e um ensinamento sobre a relação entre as riquezas do mundo e a vida dos discípulos.

Na parábola, um homem rico tinha um administrador infiel que defraudava (desfalcava, roubava) seus bens. 

Seu senhor ficou sabendo e o mandou prestar conta dos trabalhos, pois seria mandado embora.

            O administrador então pensa em uma nova maneira de trapacear seu empregador pela última vez e ainda fazer amigos que o recebam em sua casa depois de demitido.  

Chamou as pessoas que deviam ao seu chefe e diminuiu a divida de todos. Se a divida fosse 100 ele mandava a pessoa fazer um novo recibo com 50. Assim foi diminuindo as contas de todos e fazendo amigos para que o recebessem depois de sua demissão.

            Seu senhor descobriu e o elogiou por ter agido discretamente, com habilidade e esperteza (atiladamente). O elogiou no sentido pejorativo. “Realmente você é muito esperto e bom para trapacear. É um trapaceiro de mão cheia”.

            O Senhor Jesus diz que (8) “os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz”. É uma crítica ao pouco envolvimento financeiro dos discípulos na obra.  

            Por isso Jesus dá a seguinte recomendação (9): “eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos”.

            Os discípulos deveriam usar o dinheiro que é do mundo para ganhar vidas que morariam no céu.

O Senhor orienta a serem fiéis mesmo no pouco que recebem (10): “Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito”. Não deveriam esperar ter muito para depois se envolverem na obra de Deus.

Mesmo o dinheiro sendo honesto, o discípulo deveria vê-lo como algo do mundo e fazer uso sábio da riqueza. (11,12): “Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso”?

Os discípulos precisariam decidir a quem servir (13): “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Qual é a minha relação com a riqueza? Sou fiel em investir no Reino de Deus e em missões? Sou fiel dizimista?

·         O Senhor Jesus diz que (8) “os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz”. Os filhos do mundo gastam tempo e dinheiro em seus investimentos passageiros e nós, muitas vezes, pouco fazemos para o Reino de Deus. O ímpio se envolve mais com o mundo e nós menos com Deus. Muitas vezes o ímpio é mais devoto à idolatria do que os cristãos a Cristo.

·         Devemos usar o dinheiro que pertence ao mundo, ao deus deste século, para ganharmos almas para o reino. Nosso dinheiro deveria ser investido em missões e no Reino com o intuito de levar mais vidas a Cristo.

·         O dinheiro é do mundo e um dia ficará aqui. Nosso dinheiro e bens passarão para outras mãos. São do mundo e permanecerão no mundo. Por isso, precisamos empregá-lo para salvar vidas que estão perdidas e investir no Reino de Deus.

·         Riquezas de origem iníqua é todo o dinheiro do mundo que ganhamos honestamente. Mesmo com o nosso trabalho, o dinheiro continua sendo um instrumento do mundo. 

·         Quando não investimos no Reino de Deus com os nossos dízimos e ofertas, é porque ainda estamos presos ao dinheiro e servindo ao dinheiro.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Ajuda-nos a sermos fiéis a ti em tudo. Desejamos prosperar para continuar investindo em missões e no crescimento do Seu Reino. Que nossa vida, talento, trabalho e dinheiro sirvam para te glorificar e engrandecer seu nome. Que eu não seja idólatra ao dinheiro, mas seja capaz de usar este recurso do mundo para fazer a Tua vontade e salvar vidas. Ajuda-me a ter sabedoria financeira, temor e santidade. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            Todo o dinheiro do mundo ficará no mundo. Ele é uma invenção dos homens e das sociedades. Mas devemos, como discípulos fiéis, usar todos os recursos para contribuir para a salvação eterna das pessoas. Esta é a forma definitiva de amar o próximo. Que sejamos fiéis na aplicação dos recursos financeiros para o bem da nossa família, o crescimento do Reino, a salvação de almas e a glória de Deus. Amém.

           

 

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Evangelho do 24º Domingo Comum - ano C - A Alegria na Conversão do Pecador - Lc 15.1-32.

 



24º Domingo Comum

 A Alegria na Conversão do Pecador

Lc 15.1-32.

 

Como devemos receber as pessoas que um dia se desviaram da Igreja?

O Evangelho de hoje apresenta uma parábola em três partes: a ovelha perdida, a dracma perdida e o filho perdido. O Senhor, com estas histórias, demonstra aos religiosos que murmuravam por sua aproximação com os pecadores, que devemos nos alegrar pelas pessoas que retornam para a casa do Pai. O arrependido e convertido devem causar alegria em nosso coração. Devemos regozijar sempre pela conversão do pecador.

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            Os pecadores se aproximavam de Jesus. O Senhor era acessível a todos. O Evangelho diz que “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir”. Os publicanos eram odiados pelos judeus, pois eram cobradores de impostos que trabalhavam para Roma.  Os pecadores eram as prostitutas e pessoas não envolvidas com a vida religiosa.

Os fariseus (um grupo judeu muito zeloso) e os escribas (copiadores e estudiosos da Bíblia) vendo esta atitude de Jesus em recebê-los, começaram a murmurar, dizendo: “Este recebe pecadores e come com eles”.

Sabendo disso, o Senhor propôs uma parábola em três partes.

A primeira é parábola da Ovelha Perdida (4-7). Jesus fala que seus ouvintes deixariam as 99 ovelhas no aprisco para buscar uma perdida. E quando a encontra, chama seus amigos e vizinhos para se alegrar. Assim também ocorre com a conversão do pecador (7): “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

 A segunda parábola é sobre qualquer mulher que perdendo uma dracma (equivale a uma diária de trabalho)  dentro de casa a procura diligentemente. E quando a acha, chama suas amigas e vizinhas para se alegrar. Assim também ocorre com a salvação do pecador (10): “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.

Por último o Senhor Jesus conta a parábola do filho que deixa a casa do pai e gasta toda a parte de sua herança. Depois de se arrepender, volta, é acolhido com honras pelo pai, mas é rejeitado pelo filho mais velho que havia ficado em casa (11-32). Na parábola, o filho que perde tudo são os pecadores e o filho que fica em casa são os fariseus e escribas. Diante da murmuração dos religiosos o Senhor diz sobre os pecadores simbolizados no filho pródigo (a palavra pródigo significa esbanjador) (32): “...era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”. Ao invés dos religiosos estarem murmurando, deveriam se alegrar.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Os pecadores se aproximavam de Jesus. Eu permito que os pecadores se aproximem de mim para ouvir as boas novas de salvação?

·         Tenho murmurado ou tenho me alegrado quando o desviado volta para a igreja?

·         Tenho procurado as ovelhas pedidas fora da igreja? Preocupo-me em buscar quem está fora do aprisco?

·         Tenho que fazer festa com a vida de todos que retornam para os caminhos do Senhor.

·         A Dracma estava perdida dentro de casa. Tenho me preocupado com os perdidos que estão dentro da igreja? Com aqueles que visitam a casa do Senhor, mas ainda não se decidiram pelo santo batismo?

·         O filho pródigo não valoriza a casa do Pai. Tenho valorizado a alegria da Igreja do Senhor?

·         Tenho me comportado como o filho mais velho que se recusa a aceitar os pecadores arrependidos ou com o Pai que acolhe o perdido?

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Ajuda-me a ser misericordioso com os pecadores. Ajuda-me a me alegrar com os arrependidos e convertidos. Que eu tenha o coração de Jesus para amar e buscar as pessoas desviadas da Igreja. Muitas vezes temos mais alegria em buscar ovelhas perdidas e dracmas perdidas (bens materiais), do que buscar as vidas perdidas. Desejo ser um resgatador de almas para o Teu Reino. Por Cristo Jesus, nosso Salvador, um só Deus com o Pai e com o Espírito Santo. Agora e para sempre Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            O Evangelho de hoje nos desafiou a amar os pedidos e a buscá-los. São preciosos para Deus assim como uma ovelha é preciosa para seu dono, e como uma dracma é preciosa para quem a perde. Precisamos receber o perdido com as honras que o Pai recebeu seu filho pródigo. 

            Nosso coração precisa estar alegre com a conversão do pecador. Por isso não podemos deixar de buscar as vidas desviadas. Precisamos voltar a pratica de, em todos os cultos, trazer visitantes, para que possam ter a oportunidade de receber a graça do Senhor. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

23º Domingo Comum A Exigência da Abnegação Lc 14.25-33.

 


23º Domingo Comum

 A Exigência da Abnegação

Lc 14.25-33.

           

Abnegação é a renúncia à própria vontade em função de anseios espirituais e dos princípios do Evangelho.

A Abnegação é renúncia a tudo por Jesus Cristo. É o sacrifício requerido no Novo Testamento. Quem não aprendeu a abnegar não é fiel e nem faz a vontade de Deus. Sempre usará a família, o trabalho ou outros compromissos para justificar sua falta de fidelidade ao Senhor. Isso em todos os aspectos: nos compromissos aos cultos, na célula, nos dízimo e no trabalho do Senhor. Hoje o Evangelho nos ensinará sobre a exigência da Abnegação.

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O v.25 diz que “grandes multidões o acompanhavam”. Estavam seguindo ao Senhor pelos benefícios que recebiam. Mas será que estavam dispostos a renunciar algo caro pelo Evangelho que estavam recebendo?

Jesus diz a esta multidão (26): “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.

A multidão deveria colocar Jesus em primeiro lugar, ainda que isso viesse a aborrecer a família e a própria vida. Sem este sacrifício nunca uma pessoa poderia se tornar discípula.

O discipulado exige o sacrifício da cruz e da renúncia (27): “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”.

Para ilustrar esta palavra o Senhor Jesus cita duas parábolas. A primeira fala do homem que vai construir uma torre, mas primeiro precisa calcular os gastos para ver se tem condições de terminá-la, para não passar vergonha em deixar a obra inacabada (28-30).

Jesus cita também a parábola do rei que antes de ir ao combate faz o cálculo do número dos seus soldados. Se entender que não dá para enfrentar o outro rei, envia uma embaixada e solicita um acordo de paz.

O Senhor Jesus está dizendo claramente que, antes da multidão decidir ser discípula, precisa ver se está disposta a renunciar a tudo. Porque quem tenta ser discípulo e não renuncia, passa vergonha; e no mundo espiritual é ridicularizado como um falso discípulo e como uma torre inacabada. Jesus diz (33) “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”. Preste atenção na Palavra: “Não pode”!

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Estou seguindo o Senhor para ser beneficiado ou para me tornar um verdadeiro discípulo?

·         Preciso colocar Jesus em primeiro lugar, ainda que isso venha a aborrecer minha família e a minha própria vida.

·         Sem este sacrifício nunca poderei me tornar discípulo.

·         O discipulado exige o sacrifício da cruz e da renúncia.

·         Preciso calcular: estou disposto a ser discípulo de verdade?

·         Já renuncio a tudo por Jesus?  Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”.

·         Tenho usado a família, o cansaço físico e o trabalho para justificar a minha falta de compromisso com o Reino de Deus?

·         Tenho usado a situação financeira para justificar minha infidelidade aos dízimos e ofertas?

·         Preciso sair desta reunião com o desejo de ser um discípulo abnegado. Aquele que renuncia a tudo pelo Senhor Jesus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Não desejo passar vergonha. Verdadeiramente estou conhecendo o preço do discipulado.             O Senhor tem me ensinado a viver o sacrifício da abnegação. Com a tua graça desejo caminhar na renúncia e no amor. Ajuda-me a ser um discípulo fiel até o final de minha vida. Que eu não seja uma torre inacabada ou um exército derrotado. Ajuda-me a viver amando a família, mas colocando Jesus em primeiro lugar. Que eu seja firme em minha decisão ainda que isso venha a aborrecer meus queridos e minha própria vida. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, Um único Deus com o Pai e com o Espírito Santo. Agora e sempre. Amém.           

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            O Evangelho nos provocou sobre o preço do discipulado. Aprendemos que ser discípulo é a característica daquele que tudo renuncia pelo Senhor Jesus. Que possamos ser fiéis em tudo: no testemunho, na santidade e aos dízimos, para que tenhamos o certificado espiritual de que realmente somos discípulos completos. Devemos lutar para não ser uma torre inacabada e ridicularizada pelo mundo.