terça-feira, 19 de dezembro de 2017

5º Domingo Comum - Ano B

5º Domingo Comum
O Ministério da Cura
Marcos 1.29-39

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            A Palavra de Deus fala do sofrimento humano e da resposta divina. Com o pecado, o sofrimento alcançou a todos os homens. Cada pessoa sofre de uma forma diferente, na alma e no corpo. Por isso o Senhor Jesus veio como o salvador do mundo. Ele é aquele que cura as nossas dores e leva os nossos sofrimentos.

I. O Ministério de Cura - Mc 1.29-39
            Marcos relata a cura da sogra de Pedro da seguinte forma (30,31): “A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los”.
            Jesus teve o ministério de cura mais tremendo da história do mundo. Nenhum profeta curou como Ele. Após a cura, a sogra de Pedro passa a servi-los. É uma lição espiritual: somos salvos e curados para servir.
            As pessoas passaram a procurar o Senhor pela cura e pela libertação. “E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios...”.
            Além do ministério público, o Senhor tinha momentos de solidão e oração. Ele levantava alta madrugada e ia para lugares desertos orar ao Pai.
            Jesus andava melhorando a vida das pessoas. Os sofrimentos eram estancados. As vidas eram libertas. Somente no encontro com Jesus as pessoas encontram a cura eterna.
           
II. O Sofrimento Humano - Jó 7.1-4, 6-7
            Jó tipifica o sofrimento humano causado por Satanás. Ele foi um homem bom e justo que sofreu terrivelmente os ataques do diabo. Perdeu sua família, seus bens e sua saúde.
            Jó 7.1-4, 6-7 fala da existência do ser humano dentro do mar do sofrimento. “Não é penosa a vida do homem sobre a terra? Não são os seus dias como os de um jornaleiro? Me deram por herança meses de desengano e noites de aflição me proporcionaram”.
            Fala do sofrimento noturno e da brevidade de vida sem esperança (4,6,7): “Lembra-te de que a minha vida é um sopro; os meus olhos não tornarão a ver o bem”.
            Quantas pessoas sofrem como Jó? Além do sofrimento físico, existe o sofrimento do espírito e da alma.
            Somente um encontro com Jesus proporciona a paz e a restauração, mesmo diante da morte. Quem encontra com Jesus tem sua esperança renovada e a sua fé é fortalecida.

III. A Restauração que vem de Deus - Sl 147.1-6
            O Salmista louva ao Senhor que (3) “sara os de coração quebrantado e lhes pensa as feridas”.
            Ele é o Deus que sabe das nossas dores, está ao nosso lado e tem propósitos para a nossa vida. Somos restaurados com a esperança da vida eterna e temos os milagres do Senhor em nosso cotidiano. Ele cura nossas enfermidades do corpo, da alma e do espírito.
            Deus sabe todas as coisas. Ele conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome (4).
            Ele é grande e “mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir. O SENHOR ampara os humildes”.
            Nunca podemos limitar Deus com os nossos pensamentos negativos e pessimistas. Mesmo diante da maior dor e sofrimento devemos dizer: É só vitória porque Jesus está comigo! Não vou tirar minha vida!
            Diante da dor, louve ao Senhor que cura e que restaura, mesmo que esta cura não possa ser vista pelos seus olhos.
Receba o conforto de Deus e olhe para sempre. Ele tem um propósito para tudo e Nele somos mais que vencedores. Ele cura nossas feridas.
           
IV. A Compaixão - I Co 9.16-19,22,23
            O fundamental no ministério de Cura do Senhor Jesus foi sua compaixão. Paulo aprendeu com o Senhor e o imitou.
            Paulo tinha em seu coração a obrigação para pregar o Evangelho (16): “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho”!
            A compaixão de Paulo o fez ser servo de todos. Ele diz (19,22,23): “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”.
            No Evangelho de Cristo, a compaixão está sempre presente. Assim como Paulo, somos cooperadores do Evangelho.
            Precisamos nos sentir enfermo com o enfermo para, com compaixão, sentir sua dor e ministrar a cura divina.

Conclusão:
            O Ministério de Cura é muito mais do que poder para curar enfermos. É antes a graça de sentir a dor do próximo, ter compaixão e ministrar Cristo como a cura da alma e do corpo.
Nossa vida precisa ser o alívio para quem sofre. Precisamos procurar as pessoas que mais sofrem nos hospitais, nas ruas e nas casas, ter compaixão e ministrar palavra de consolo. Encontraremos muitos “Jós” pelos caminhos da vida. Pessoas que estão sofrendo e nem sabem porque sofrem. Nossa tarefa não é dar respostas, mas ser a mão de Deus que cura e liberta o oprimido pelo diabo. Seja a mão de Deus para o mundo que sofre.

Oração
Onipotente e sempiterno Deus que governas todas as coisas no céu e na terra; ouve, misericordioso, as súplicas de teu povo, e concede-nos tua paz todos os dias de nossa vida; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.





4º Domingo Comum - Ano B

4º Domingo Comum
O Ofício Profético do Senhor Jesus
Marcos 1.21-28

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                Jesus exerceu a missão de Rei, Profeta e Sacerdote. Hoje veremos o ofício profético do Senhor. Ele é Filho que fala da parte de Deus. É o profeta que Deus levantou para anunciar seu Evangelho. Hebreus 1.1 diz: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”.
           
I. O Ofício profético do Senhor Jesus - Mc 1.21-28
            Jesus, como Filho de Deus, exerceu sua missão profética com poder e graça. Ele começou seu ofício ensinando na Sinagoga de Cafarnaum (21). Todos ficavam maravilhados de sua doutrina, “porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (22).
            Os demônios reconheceram que este profeta era o Santo de Deus (23,24). Com autoridade o Senhor disse ao demônio que estava no corpo de um homem (25,26): “Cala-te e sai desse homem. O espírito imundo, agitando-o violentamente e bradando em alta voz, saiu dele”.
            Todos se admiravam do exercício profético do Senhor. As pessoas diziam (27): “Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem”!
            Jesus exerceu seu ministério em obediência total ao Pai. Precisamos da ação de Jesus em nossa vida para que sejamos pessoas melhores, curadas e possamos exercer nosso ministério com a autoridade do Senhor.

II. O Profeta Prometido - Dt 18.15-20
            Jesus é Rei, Profeta e Sacerdote. O povo de Israel esperava com ansiedade a vinda do messias. Uma das funções do Messias era ser o profeta prometido a Moisés.
            Moisés pregava dizendo (15): “O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás”.
            Ele havia recebido a Palavra de Deus que dizia: “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas” (18,19).
            Este profeta é o Senhor Jesus. Ele é o verdadeiro profeta de Deus.
            Hebreus 1.3 diz: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder”.
            Em Jesus nós temos toda a Palavra de Deus. Além dele ser profeta, Ele é a própria profecia. Ele é o verbo de Deus que habitou entre nós (João 1.1-3).

III. Nossa atitude para com o profeta de Deus - Sl 95.1-2,6-9
            Quando conhecemos Jesus por experiência própria, entendemos que Ele é tudo para nós.
            Nossa atitude é de cantar, adorar e celebrar o Rochedo da nossa salvação (1). “Saiamos ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos”.
            Reconhecemos que Ele nos criou, por isso o adoramos. Ele é o nosso Deus e nosso pastor (6,7): “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR, que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão”.
            Nossa atitude deve ser de adoração diária. Nunca deixe de celebrar as obras de Jesus em sua vida.

IV. Como servir ao Profeta de Deus - I Co 7.32-35
            Em I Co 7.32-35 Paulo fala dos solteiros e casados. Todos precisam servir ao Senhor, mas há diferença entre ambos.
            O solteiro tem mais liberdade para cuidar das coisas do Senhor e o casado tem o compromisso de cuidar das coisas da família. “Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa, e assim está dividido” (32-34a).
            Um homem casado tem que colocar Deus acima da família, mas nunca colocar a obra de Deus acima da família. Temos compromissos e horários para com a obra de Deus, mas não podemos negligenciar nossos compromissos de amor, tempo, finanças e dedicação a família.
Todos nós servimos ao Profeta de Deus: o Senhor Jesus. Por isso precisamos ter discernimento com relação ao namoro, noivado e casamento. Precisamos descobrir qual a vontade de Deus, e qual sua missão para nossa vida de casados e de solteiros.

Conclusão;
            Descobrimos que Jesus é o profeta prometido por Deus a Moisés. Ele é a voz de Deus e a própria profecia. Quando amamos e servimos ao Senhor Jesus, conseguimos discernir como adorá-lo e como viver a vida de tal forma que o agrade.


Oração
Concede-nos a graça, ó Senhor, para responder prontamente ao chamado de nosso Senhor Jesus Cristo e proclamar a todos os povos as Boas Novas da sua salvação, para que nós e o mundo todo contemplemos a glória das suas maravilhosas obras; o qual vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

3º Domingo Comum - Ano B

3º Domingo Comum
O Evangelho do Reino de Deus
Marcos 1.14-20

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            Deus chamou homens e mulheres a Missão de pregar o Evangelho. O verdadeiro Evangelho fala da brevidade do mundo, da volta do Senhor, convida ao arrependimento e a fé na pessoa de Jesus Cristo. O arrependimento gera perdão e deve ser um hábito do coração do discípulo. Devemos desenvolver um espírito arrependido e contrito. Voltar para Deus é o início da vitória eterna.

I. A Mensagem do Senhor Jesus - Mc 1.14-20
            Jesus iniciou seu ministério na Galiléia pregando o Evangelho de Deus (14). Precisamos descobrir o que significa realmente o Evangelho de Deus. Os pregadores pregam muitas mensagens; mas o que de fato é o Evangelho de Deus?
                Marcos diz que a pregação do Senhor consistia em quatro mensagens (15): 1 - O tempo está cumprido, 2 - o reino de Deus está próximo; 3 - arrependei-vos e 4 - crede no evangelho.
            Este é a verdadeira pregação do Evangelho de Deus. A pregação que leva o homem ao arrependimento de seus pecados e a fé na pessoa de Jesus, por saber que o tempo está cumprido e o reino está próximo.
            Para auxiliar nesta mensagem, o Senhor escolheu seus apóstolos, iniciando por Simão e André, e Tiago e João. Foram chamados para serem pescadores de homens (17).
            Quando pregamos o verdadeiro Evangelho de Deus e levamos vidas ao arrependimento, somos também conhecidos no céu como pescadores de homens. Nossa missão é chamar o mundo ao arrependimento.

II. O Arrependimento de Nínive - Jn 3.1-5,10
            Jonas não desejava ser um pregador do arrependimento em Nínive por causa de seus preconceitos nacionalistas. Achava que o gentio não merecia a salvação. Contudo, Deus enviou uma tempestade e Jonas foi lançado ao mar e engolido por um grande peixe. O peixe o levou até próximo ao local de sua missão.
            Veio a palavra do SENHOR, segunda vez, a Jonas, dizendo: Dispõe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo (1,2).
            Jonas percorre três dias a cidade e anuncia a destruição iminente. Ele dizia: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (4).
            Os ninivitas creram na pregação, proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco (5).
            A fé nas palavras de Jonas e o arrependimento trouxeram o favor de Deus (10): “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez”.
            Qualquer pessoa pode ser levada ao arrependimento. Basta os discípulos cumprirem sua missão de anunciar o Evangelho de Deus.
  
 III. Diagnóstico para o Arrependimento - Sl 25.4-9
            A palavra arrependimento (metanóia no grego) significa conversão de direção. Mudança de rota. Ir por outro caminho. Arrependimento é atitude nova. Não significa o sentimento do remorso, mas a atitude de mudança de vida.
            Esta atitude gera perdão. Quem se arrepende é perdoado.
            O Salmista nos ensina a buscar o discernimento que vem de Deus. Muitas vezes achamos que estamos certos em nossos pontos de vistas e em nossas atitudes. Por isso precisamos da revelação de Deus sobre quem nós somos realmente (4,5).
            Deus é bom e reto e aponta, por isso, aponta o caminho aos pecadores (8), guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho (9).
            Esta é a função do Espírito Santo. Ajudar-nos a enxergar quem nós realmente somos. Um paciente não consegue levantar seu próprio diagnóstico. Assim também, um pecador não consegue diagnosticar seus pecados. Precisamos da ajuda de Deus.

IV. Viver o Espírito do Arrependimento diário - I Co 7.29-31
            Todos os dias precisamos amanhecer com um espírito arrependido. Não julgando ninguém e olhando para os nossos próprios pecados. Nossa oração pela manhã precisa ser: “Senhor, tende piedade de mim pecador. Desejo hoje viver o espírito do arrependimento. Desejo voltar toda a minha vida para o Senhor”. 
            Temos pouco tempo de vida e em breve Jesus voltará. Este mundo será completamente destruído. Tudo passará.
            Paulo pede a Igreja de Corinto um espírito de alerta e prontidão (29-30). Não podemos “descansar” em nossa vigilância. Diariamente precisamos levantar um clamor por arrependimento. Precisamos viver os frutos de uma nova vida. Paulo diz: “o tempo se abrevia”.
Não faça do casamento, da alegria, da tristeza e do mundo, uma idolatria. Esteja casado, alegre, triste, trabalhando no mundo, mas com os olhos voltados para o céu praticando um espírito de arrependimento diário.

Conclusão:
            Desejamos pregar e viver o Evangelho do Reino de Deus em todas as áreas de nossa vida. Para isso precisamos assumir o compromisso de conhecer o Evangelho. Leia a Bíblia diariamente: três capítulos por dia e cinco aos domingos. Em um ano leremos toda a Bíblia.
Quem deseja iniciar esta leitura diária? 


Oração
Deus Onipotente, cujo Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, é a luz do mundo; concede que o teu povo, iluminado e fortalecido pela tua Palavra e Sacramentos, brilhe com o resplendor da glória de Cristo, para que Ele seja conhecido, adorado e obedecido até os confins da terra; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

2º Domingo Comum - Ano B

2º Domingo Comum
O Chamado de Deus
João 1.35-42

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A vocação não é algo que o ser humano procura. É Deus quem vocaciona homens e mulheres para sua obra. Sempre será uma iniciativa de Deus que espera a resposta humana. Precisamos ouvir o chamado de Deus e atender. Para cada pessoa Ele tem um dom e um ministério. Precisamos exercer o ministério dentro da unção que ele nos capacitou. Deus continua necessitando de homens e mulheres para sua seara. Hoje a Palavra de Deus nos auxiliará a entender o chamado do Senhor para nossa vida. 

I. O chamado de André e de Pedro - Jo 1.35-42
André era discípulo de João. Quando escutou pela boca de João que Jesus era o Cordeiro de Deus, passou a segui-lo sem nenhuma dúvida: “E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi, onde assistes” (38)? Jesus responde: “Vinde e vede”. Eles foram e ficaram com Jesus naquele dia.
André seguiu Jesus e fez novos seguidores. Ele achou seu irmão Pedro e o levou a Jesus.
O chamado de Deus na vida de André era para que ele fosse discípulo e alcançasse outros discípulos. Assim como João testemunhou para André; Andre testemunhou para Pedro.
Esta é a dinâmica do discipulado. Se não fizermos discípulos não teremos a identidade de discípulo. O verdadeiro discípulo trabalha para fazer novos discípulos.
Precisamos nos esforçar para levar vida a Cristo. Devemos seguir o testemunho de André e fazer diferença na vida das pessoas.

II. O chamado de Samuel - I Sm 3.3-10,19
            Samuel morava no Templo, mas ainda não conhecia a voz do Senhor. Não conhecia também seu chamado ministerial.
            Deus o chama e Ele pensa ser a voz do sacerdote Eli. Quantas vezes, Deus está falando conosco e achamos que se trata apenas de uma pregação do pastor. Confundimos a voz de Deus com a voz do homem.
            A Bíblia diz que (7) “Samuel ainda não conhecia o SENHOR, e ainda não lhe tinha sido manifestada a palavra do SENHOR”.
            Pela terceira vez Eli entende que era Deus e orienta Samuel a dizer: “Fala, porque o teu servo ouve”.
            Desta forma Deus revelou seu ministério profético. Ele foi um dos maiores profetas do Antigo Testamento. A Bíblia diz que (19): “Crescia Samuel, e o SENHOR era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra”.
            Precisamos ouvir o chamado de Deus e dizer como Samuel: “Fala Senhor que teu servo ouve”!
            Deus tem uma missão para cada discípulo. Devemos ser disciplinados e buscar em Deus o chamado que Ele tem para a nossa vida.

III. Resposta ao chamado de Deus - Sl 40.1,2,4,7-10
O Salmo 40 fala do Messias prometido.
Toda a Palavra profética fala da vinda do Messias (7): “Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito”.
Jesus se agradou em fazer a vontade de Deus (8), proclamou as boas novas (9) e não desobedeceu ao seu chamado (10): “Não ocultei no coração a tua justiça; proclamei a tua fidelidade e a tua salvação; não escondi da grande congregação a tua graça e a tua verdade”.
Ele é o nosso maior modelo. Devemos nos agradar em fazer a vontade de Deus, pregar a Palavra e ser fiel ao chamado.
Nossa fidelidade será o selo do nosso ministério como discípulos.

IV. O chamado a Santidade - I Co 6.13-15,17-20
            Todo discípulo que obedece ao chamado de Deus precisa vincular ao dom a santidade. O exercício dos dons sem a santidade gera um cristianismo doente e pecaminoso. Quantas pessoas tem dons, mas não tem caráter. O dom para nada serve se não for acompanhado pelo caráter.
            A santidade do corpo está amplamente relacionada a santidade do coração. Paulo diz que o nosso corpo não é para a impureza, mas para o Senhor (13).
            Paulo exorta (15,18-20): “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
            Nosso chamado ministerial para pelo nosso comportamento e santidade. É incoerente serve a Deus com a boca e serve a carne com o corpo. Somos templos de Deus e o chamado do Senhor é para nossa vida integral.

Conclusão:
            Fomos chamados por Deus para uma grande obra. Deus nos separou para Ele e tem uma missão em nossa vida. Precisamos ministrar dentro da unção que Ele nos deu, sempre respaldado na santidade do nosso comportamento. Nosso chamado é integral e visa a glória de Deus.

Oração
Deus Onipotente, cujo Filho, nosso Salvador Jesus Cristo, manifestou sua glória no primeiro milagre que realizou em Caná da Galileia transformando água em vinho, venha transformar nossa vida para que possamos ser obedientes a tua vontade e possamos manifestar a sua glória entre os homens. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.







Batismo do Senhor - Ano B

Batismo do Senhor
Batismo e Missão
Marcos 1.7-11

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            O Ciclo do Natal termina com o Batismo do Senhor Jesus. A voz do Pai em seu Batismo, a estrela de Belém e a transformação da água em vinho são os três atos epifânicos do Senhor. Atos que manifestaram Jesus ao mundo como o Filho de Deus.
            O Batismo do Senhor revela sua obediência ao projeto do Pai. Assim também foi o nosso batismo. É o início de uma caminhada baseada na obediência. Batismo fala de Missão.

I. O Batismo do Senhor - Mc 1.7-11
            João sabia que o Cristo que viria era mais poderoso do que ele: “Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias (7). Pois Ele batizaria com o Espírito Santo (8).
            Marcos narra brevemente o Batismo, dizendo: “Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão. Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (9-11).
            Ocorrem três fenômenos extraordinários: os céus são rasgados, o Espírito desce como uma pomba, e o Pai fala dos céus afirmando que Jesus era seu filho amado em quem tinha muito prazer.
            Assim como o Senhor Jesus, todo discípulo inicia sua caminhada pelas águas do Batismo. Neste sacramento afirmamos que renunciamos ao pecado, que o Espírito Santo está nos capacitado e que teremos a presença do Pai nos auxiliando na missão.
Jesus foi batizado e assim todos nós precisamos passar por este caminho de santificação e capacitação para o ministério que Ele nos tem concedido.
           
II. Convite ao Batismo - Is 55.1-11
            Isaías profetizou sobre a conversão e o batismo que todos nós precisamos passar.
            Somos convidados a ir às águas do batismo (1): “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”.
Quem obedece recebe o melhor. (2): “...Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares”.
A obediência e o batismo nos fazem participar da aliança perpétua (3).
Em Cristo, todos são chamados a salvação (5) e a conversão (6,7). Não podemos nos desviar do projeto de Deus com nossos argumentos, pois os pensamentos de Deus são maiores do que os nossos (8.9).
Se crermos e formos batizados, a palavra vai se cumprir em nossa vida (10,11).
O batismo é uma graça muito maior do que imaginamos.

III. O Batismo e as águas da fonte da Salvação - Is 12.2-3
            O próprio profeta Isaías fala do Batismo como fonte da salvação (2,3): “Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação”.
            A salvação está na graça do Senhor. O Batismo sozinho não tem o poder de salvar. Somos salvos pela morte de Jesus em nosso lugar. Contudo o Batismo foi estabelecido por Deus. Ele sinaliza a nossa morte na cruz, o sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida. Por isso é simbolizado como a fonte da nossa salvação: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação”.
            Seguimos Jesus em seu batismo e temos a alegria da Salvação eterna.

IV. O Batismo como início da Missão - At 10.34-38
            Atos 10.34-38 narra a pregação de Pedro sobre o ministério do Senhor Jesus.
Ele diz que Deus não faz acepção de pessoas (34,35), pelo contrário, o Jesus que anunciou o Evangelho da paz é o Senhor de todos (36).
Pedro diz que Jesus iniciou seu ministério no Batismo de João (37). Após seu batismo Ele foi ungido para a missão. “...Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”.
O nosso batismo foi para a remissão dos pecados e para recebermos o poder do Espírito Santo. Fomos capacitados para missão.
Ninguém é batizado para ir ao céu simplesmente. Somos batizados e capacitados para realizar a vontade de Deus na terra, assim como o Senhor Jesus.

Conclusão:
            O Batismo do Senhor foi um modelo para a nossa caminhada como discípulos do Senhor. Ele aceitou o projeto de Deus e humildemente se batizou. Iniciou uma caminhada na missão do Pai. Foi o início de tudo. Assim também precisamos entender o nosso batismo. Em Cristo Jesus somos acolhidos e revestidos pelo poder de Deus para a missão que Ele nos deu. Batismo fala diretamente de obediência na Missão.  


Oração
Ó Pai Celestial, que, no Batismo de Jesus, no Jordão, o proclamaste teu amado Filho e o ungiste com o Espírito Santo; concede que todos os batizados em seu nome guardem constantes a aliança que estabeleceste e, com ousadia, o confessem Senhor e Salvador, o qual vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

Epifania - Ano B

Epifania do Senhor
A Adoração dos Magos
Mateus 2.1-12

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No nascimento de Jesus temos a adoração dos pastores de Belém (o povo de Israel) e a adoração dos Magos (os gentios). A graça de Deus abriu o espaço para todos adorarem ao Senhor. Deus não faz acepção de pessoas. Todos tem acesso ao trono da graça. Não precisamos ser judeus para pertencer ao povo de Deus e nenhum judeu precisa ser gentio para alcançar misericórdia. Todos podem se achegar ao Senhor da misericórdia e adorá-lo.

I. A Adoração dos Magos - Mt 2.1-12
            Os magos vieram do Oriente para adorar ao Senhor. Esta palavra “magos” tem um significado amplo. Poderiam ser reis do oriente, ou apenas estudiosos ricos, etc. A Bíblia não diz que eram três, mas que deram três presentes. Provavelmente a caravana dos magos era tão grande, com centenas de pessoas, que causou um alvoroço em toda Jerusalém. Se fossem apenas três pessoas solitárias, não causaria tanto espanto.
            Estes magos investiram dinheiro na adoração. Além dos recursos financeiros, investiram tempo, a família, a ausência de suas terras e a própria vida pelo risco que correram com a viagem.
            Foram adoradores fiéis. Não mediram esforços. Fizeram o que as autoridades de Jerusalém não conseguiram fazer. Diante de religiosos e biblistas descomprometidos com Deus (os escribas) e diante de um rei louco para matar qualquer oponente (Herodes), os magos simplesmente adoraram.
            Foram guiados pela estrela. Obedeceram o brilho da estrela e acertaram o local onde o menino estava com Maria. Ofertaram ouro, incenso e mirra. Ouro para o rei, incenso para o sacerdote e mirra para o cordeiro do sacrifício.
            Qual o esforço que temos feito para prestarmos uma verdadeira adoração ao Senhor? Adorar sem sacrifico significa apenas um serviço religioso sem qualquer resultado.

II. Profecia sobre a adoração dos Magos - Is 60.1-6
            O profeta Isaías, 700 anos antes de Cristo, profetizou a adoração que seria realizada pelos magos do Oriente.
            Ele fala da luz (estrela de Belém) que levaria os magos a Jesus. Jesus nasce como a luz do mundo (1,2): “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do SENHOR nasce sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o SENHOR, e a sua glória se vê sobre ti”.
            Os magos (as nações, os gentios) “se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu” (3).
            Pessoas viriam de longe para adorar ao Senhor, atraídos por sua luz (4): “Levanta em redor os olhos e vê; todos estes se ajuntam e vêm ter contigo; teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são trazidas nos braços”.
            Profetiza também que as nações trariam suas riquezas (ouro, incenso e mirra): “...porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações virão a ter contigo. A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR” (5,6).
            Nada aconteceu por acaso. A adoração dos gentios estava prescrita nas profecias. Assim também com relação a nossa vida. Fomos escolhidos e salvos pela graça. E hoje somos chamados a adorar com nossa vida, dízimos e ofertas.

III. Salmo profético sobre a adoração dos magos - Sl 72.1-2,7-8,10-13
            O Salmo profetiza que Jesus dominaria sobre todo o mundo. Este salmo messiânico fala de Cristo como o Rei justo que trará justiça e paz (7,8).
            E profetiza a adoração dos magos como os reis das nações que vem adorar ao Senhor (10,11): “Paguem-lhe tributos os reis de Társis e das ilhas; os reis de Sabá e de Sebá lhe ofereçam presentes. E todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam”.
            O rei adorado é caridoso, misericordioso e fará diferença na vida dos necessitados (12,13): “Porque ele acode ao necessitado que clama e também ao aflito e ao desvalido. Ele tem piedade do fraco e do necessitado e salva a alma aos indigentes”.
            Assim como os magos, precisamos nos aproximar do Senhor, ver a sua glória e honra-lo com todas as nossas forças.

IV. A Adoração dos Gentios - Ef 3.2-3,5-6
            O Evangelho da adoração dos magos revela a graça de Deus que alcança a todos. O ministério de Deus em Cristo foi estender as promessas feitas aos judeus para todos os povos. Todas as nações podem ser chamadas povo de Deus por causa da aliança realizada em Cristo Jesus. Este é o significado da adoração dos magos.
            Paulo chama este tempo de “dispensação da graça”. Ele afirma que Deus o fez conhecer o mistério de Cristo, “o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito, a saber, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho”.
            Todas as promessas feitas a Abraão alcançaram nossa vida por meio de Cristo. Os gentios são herdeiros com os judeus desta graça revelada em Cristo. Somos agora povo escolhido e nação santa.

Conclusão:
            Neste domingo, comemoramos a Epifania do Senhor. Epifania significa a manifestação de Jesus. Ele se manifestou aos magos do Oriente atrás da estrela que os conduziu a Belém. Que Deus continua realizando suas Epifanias em nossa vida para que possamos conhecer e aceitar a glória de Deus. Precisamos ser totalmente dele, sem reservas. Que possamos ser adoradores como os magos, e abrirmos mão de tudo para realizar Sua vontade e adorar Seu Nome Santo.

Oração
Ó Deus, que pela Estrela manifestaste teu unigênito Filho a todos os povos da terra; guia-nos à tua presença, os que hoje te conhecemos pela fé; a fim de que desfrutemos de tua glória face a face; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.