terça-feira, 12 de junho de 2018

11º Domingo Comum - Ano B


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11º Domingo Comum
Parábolas das Sementes



O Evangelho de hoje apresenta o ensino sobre o Reino de Deus – essa realidade nova que o Senhor Jesus veio anunciar e propor. O Reino de Deus é um projeto que, avaliado à luz da lógica humana, pode parecer condenado ao fracasso; mas ele tem dentro de si o dinamismo de Deus e chegará a todo o mundo e a todos os corações. Sem alarde, sem pressa, sem publicidade, a semente lançada por Jesus fará com que tudo seja transformado até que venha o novo céu e a nova terra. Nossa tarefa é apenas continuar semeando. A gente semeia e Deus faz a obra. Esta confiança nos levará a vitória sempre.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?) – Leia agora Marcos 4.26-34

O que relata o texto do Evangelho?________________________

Jesus já vinha anunciando o reino de Deus. Neste Evangelho estão duas parábolas envolvendo sementes. Parábolas é uma linguagem pedagógica envolvendo figuras para facilitar o entendimento e também para carregar de forma oculta grandes verdades. Por isso que Jesus depois explicava em particular as parábolas aos seus discípulos.
A primeira parábola (versículos. 26-29) é a do grão que germina e cresce por si só. A parábola refere-se a intervenção do agricultor apenas no ato de semear e no ato de ceifar. Cala, de propósito, qualquer menção às demais ações do agricultor: arar a terra, regar a semente, tirar as ervas que a impedem de crescer.
O homem lança a semente e depois dorme. A semente germina sem que o homem saiba como. A terra por si mesma frutifica. O homem só volta para colher.
Ao narrador interessa apenas que, entre a sementeira e a colheita, a semente vá crescendo e amadurecendo, sem que o homem intervenha para impedir ou acelerar o processo.
A questão essencial não é o que o agricultor faz, mas o dinamismo vital da semente. O resultado final não depende dos esforços e da habilidade do homem, mas sim do dinamismo da semente que foi lançada à terra.
Desta forma, Jesus ensina que o Reino de Deus (a semente) é uma iniciativa divina: é Deus quem atua no silêncio da noite, no tumulto do dia ou na turbulência da história para que o Reino aconteça; e nenhum obstáculo poderá frustrar o seu plano.
Não adianta forçar o tempo ou os resultados: é Deus que dirige a marcha da história e que fará com que o Reino aconteça, de acordo com o seu tempo e o seu projeto.
Por isso, a parábola nos convida à serenidade e à confiança nesse Deus que não dorme nem se omite, e que não deixará de realizar, a seu tempo e de acordo com a sua lógica, o seu plano para os homens e para o mundo.
A segunda parábola (versículos 30-32) é a do grão de mostarda. Jesus diz que o reino de Deus é a menor semente da terra. Mas quando cresce torna-se maior do que todos, a ponto de acolher até as aves e seus ninhos.
Jesus pretende, fundamentalmente, pôr em relevo o contraste entre a pequenez da semente (a semente da mostarda negra tem um diâmetro aproximado de 1,6 milímetros e era a semente menor, no entendimento popular palestino); e a grandeza da árvore (nas margens do lago da Galileia alcançava uma altura de 2 a 4 metros).
A comparação serve para dizer que a semente do Reino lançada pelo anúncio de Jesus pode parecer uma realidade pequena e insignificante, mas está destinada a atingir todos os cantos do mundo, encarnando em cada pessoa, em cada povo, em cada sociedade, em cada cultura.
O Reino de Deus, ainda que tenha inícios modestos ou que se apresente com sinais de debilidade e pequenez aos olhos do mundo, tem uma força irresistível, pois encerra em si o dinamismo de Deus.
Além disso, a parábola revela que Deus serve-se de algo que é pequeno e insignificante aos olhos do mundo para concretizar os seus projetos de salvação e de graça em favor dos homens.
Assim são as células (os pequenos grupos) de nossa igreja. O Reino de Deus cresce, apesar de sua primeira aparência pequena e insignificante.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
           
O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

·         Não devemos nos preocupar com a forma como o reino vai crescer e se desenvolver. Precisamos apenas fazer a semeadura.
·         Devemos apenas confiar na eficácia da Palavra anunciada, conformar-se com o tempo e o ritmo de Deus, confiar na ação do Senhor e no dinamismo intrínseco da Palavra semeada.
·         Devemos respeitar o crescimento de cada pessoa, o seu processo de maturação e a sua busca. Não nos compete exigir que os outros caminhem ao nosso ritmo, que pensem como nós, que passem pelas mesmas experiências e exigências que para nós são válidas. O reino de Deus irá crescer na vida dos nossos discípulos.
·         Precisamos rever a nossa forma de olhar o mundo e os nossos irmãos. Por vezes, é naquilo que é pequeno, débil e aparentemente insignificante que Deus Se revela. Deus está nos pequenos, nos humildes, nos pobres, nos que renunciaram a esquemas de triunfalismo e de ostentação; e é deles que Deus Se serve para transformar o mundo.
·         Precisamos evitar a arrogância.  Atitudes de arrogância, de ambição desmedida, de poder a qualquer custo, não são sinais do Reino. Sempre que nos deixamos levar por tentações de grandeza, de orgulho, de prepotência, de vaidade, estamos frustrando o projeto de Deus e impedindo que o Reino de Deus se torne realidade no mundo e nas nossas vidas.


III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Ajuda-me a continuar a semear sem a ansiedade pelo crescimento rápido. Não deixe ficar preocupado com a forma como o reino vai crescer e se desenvolver. Que eu confie na eficácia e poder do seu reino. Que eu tenha a certeza de que o reino de Deus semeado irá crescer. Ensina-me a respeitar o crescimento individual de cada pessoal. Que eu seja um auxiliar neste crescimento, mas respeitando o ritmo de cada um.  Ajuda-me a enxergar naquilo que é pequeno e frágil o agir do seu reino que crescerá e abençoará o mundo. Que eu seja humilde e santo para esperar o tempo de Deus e continuar a semear o reino. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na comunhão do Espírito Santo. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
Os versículos 33 e 34 dizem: “E com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes. E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos”.
O Evangelho de Jesus são apenas palavras para o mundo, mas para nós, seus discípulos, são tesouros de sabedoria e poder de Deus. O Senhor, pelo Espírito Santo, explicará particularmente aos seus discípulos as verdades do Reino de Deus. Hoje aprendemos que devemos semear crendo que o reino irá crescer nos corações e no mundo. Não pare de semear e de confiar na operação de Deus.   


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