quarta-feira, 8 de março de 2017

2º Domingo da Quaresma - Ano A

2º Domingo da Quaresma
A nossa Transfiguração
Gn 12.1-4 / Sl 33 / II Tm 1.8-10 /Mateus 17.1-9

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Na segunda semana da Quaresma, meditamos na Transfiguração do Senhor como caminho de preparação para a Semana Santa. Aprenderemos hoje que a Transfiguração foi causada pela crise que Pedro estava vivendo diante do sofrimento e morte que o Senhor iria enfrentar em Jerusalém. A mensagem é que Deus não desiste de nós e nos ensina a confiar Nele mesmo diante dos sofrimentos e perseguições.

I. Deus não desiste de nós - Mateus 17.1-9.
Quando Jesus revelou aos apóstolos que iria sofrer e morrer em Jerusalém; Pedro se revoltou e não aceitou as palavras de Jesus. Ele levou o Senhor a parte e começou a repreende-lo dizendo: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso”.
Jesus percebe satanás na vida de Pedro, o expulsa e ensina seus discípulos que a cruz fazia parte da missão. Ele diz: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma”? (Mateus 16.22-26).
Jesus, entendendo a crise em Pedro, leva-o com Tiago e João a um alto monte (1). Eles precisavam ter uma experiência transcendente. Algo além de sua realidade física e humana, para que pudessem entender o sofrimento, a morte e ressurreição do Senhor.
Por isso no monte, o Senhor foi transfigurado (mudou de forma / metamorfose) (2). “O seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”.
Para confirmar a necessidade do sofrimento e morte em Jerusalém, apareceram em glória, Moisés, símbolo da Lei e Elias, símbolo dos Profetas, falando sobre os acontecimentos que ocorreriam com o Senhor na cidade Santa (Lucas 9.30,31).
            Pedro fica tão maravilhado que se oferece para fazer três tendas (4). Neste momento vem a maior confirmação: o Pai testifica do Filho em uma nuvem luminosa dizendo (5): “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi”.
            O medo se apodera dos discípulos (6) e Jesus lhes diz: (9): “A ninguém conteis a visão, até que o Filho do Homem ressuscite dentre os mortos”.
            Jesus não desiste de Pedro. Ele havia sido usado pelo Espírito Santo (Mateus 16.16-19) e depois deu lugar ao diabo, mas Deus não desiste dele e o leva para uma experiência muito maior. Pedro saiu do monte “transfigurado”.
            Aprendemos neste Evangelho que Deus nunca desiste da nossa vida. O Seu projeto é eterno. Precisamos confiar em sua direção, mesmo pelo caminho da dor e do sofrimento. A palavra final é a ressurreição e a vida eterna.
            Você conhece algum discípulo em crise que abandonou a igreja? O que podemos fazer concretamente para trazê-lo de volta?  

II. Somos chamados para uma missão específica - Gênesis 12.1-4
Jesus leva Pedro, Tiago e João para o monte porque tinha uma missão específica em suas vidas. Assim também vemos a chamada de Abrão.
Em Gn 12.1-4, Deus chama Abrão para sair de sua terra (1): “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”; e promete dele, fazer uma grande nação e lhe engrandecer seu nome (2). Ele foi chamado para ser uma bênção.
            As pessoas seriam abençoadas ou amaldiçoadas de acordo com suas relações com Abrão (3). Nele todas as famílias da terra seriam abençoadas por causa do Senhor Jesus que nasceria, morreria na cruz e ressuscitaria no terceiro dia.
Crendo na promessa, Abrão com 75 anos de idade, partiu como o Senhor lhe ordenara (4). Ele aceitou a missão do Senhor.
Você tem aceitado a missão do Senhor (Sê tu uma bênção) e testemunhado de Jesus a todas as pessoas?

III. Precisamos viver confiando no Senhor - Salmo 33.
            Quando Jesus falou de seu sofrimento e morte em Jerusalém, Pedro se revolta e erra por não confiar. A desconfiança deu lugar ao diabo. Por isso Jesus precisou levá-lo ao Monte da Transfiguração.
O Salmo 33 fala da confiança no Senhor que criou o céu e a terra, por isso, fica bem louvar a Deus (1) e celebrá-lo com instrumentos e cânticos (2.3).
            A vida em celebração é fruto da nossa confiança no Senhor. Sabemos que tudo de Deus é reto e fiel (4). A terra está cheia de sua bondade (5). Ele criou tudo por sua palavra (6).
Todos são convidados confiar e a temer ao Senhor (8), pois só Ele tem o poder de criar todas as coisas (9).
Por isso, feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para sua herança (12).
            Deus conhece todos os seres humanos (13-15) e não há quem se salve por suas próprias forças (16). Ou seja, confiar em si próprio não garante a salvação.
            O salmista diz que “os olhos do SENHOR estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia, para livrar-lhes a alma da morte, e, no tempo da fome, conservar-lhes a vida (18,19)”.
Por isso (20) “nossa alma espera no SENHOR. Ele é o nosso auxílio e escudo”. Nele temos alegria (21).
            Hoje podemos orar com confiança e dizer (22): “Seja sobre nós, SENHOR, a tua misericórdia, como de ti esperamos”.
            Você está vivendo confiando no Senhor? Qual o teu nível de confiança e entrega?

IV. Precisamos enfrentar os sofrimentos olhando para o alto - II Timóteo 1.8-10.
            Quando Jesus falou de seu sofrimento em Jerusalém, tanto Pedro como os apóstolos, não viram propósito nisso. Não olharam para o alto. O Monte da Transfiguração permitiu que Pedro, Tiago e João conseguissem olhar para o alto e ver Deus além dos limites humanos.
Foi exatamente isso que Paulo conseguiu ver e viver estando preso em Roma. Ele escreve a Timóteo dizendo (8) “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus”.
Paulo diz que somos chamados pela graça para vivermos os propósitos eternos de Deus (9). Jesus destruiu a morte e trouxe a vida e a imortalidade (10).
Por causa dessa certeza, precisamos enfrentar os sofrimentos olhando para o alto e crendo no Jesus transfigurado.
Como você tem enfrentado os sofrimentos?

Conclusão:
Na Transfiguração do Senhor, aprendemos que Deus não desiste de nós, pois somos chamados para uma missão específica. Por isso, precisamos viver confiando no Senhor e enfrentando os sofrimentos olhando para o alto. Que sejamos “transfigurados” todos os dias pelo Senhor. Amém.  

Oração
Ó Deus, cuja glória é sempre ser misericordioso, sê benigno para com todos os que se afastaram dos teus caminhos, conduze-os de novo a ti, com corações arrependidos e viva fé, para que se firmem na verdade imutável da tua Palavra, Jesus Cristo, teu Filho, que, contigo e com o Espírito 

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