terça-feira, 5 de setembro de 2017

23º Domingo Comum - Ano A

23º Domingo Comum
Reconciliação
Ez 33.7-9 / Sl 95.1-9 / Rm 13.8-10 / Mateus 18.15-20


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Reconciliação é o restabelecimento de boas relações entre pessoas que estavam separadas, afastadas, brigadas.
O ser humano estava separado de Deus por causa do pecado. Mas Deus nos reconciliou com Ele por meio de Cristo Jesus: “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”. (2 Coríntios 5.19).
Paulo afirma que recebeu do Senhor o ministério da Reconciliação: “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação” (2 Coríntios 5.18).
Éramos pessoas perdidas e alcançamos a reconciliação com Deus: “A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou”. Colossenses 1.21.
Hoje aprenderemos sobre a relação entre reconciliação, oração, santificação e amor.

I. Reconciliação e Oração - Mateus 18.15-20
Em Mateus 18 Jesus fala do processo da reconciliação (15-17). Se o irmão pecar devemos ir pessoalmente a ele. Se não ouvir, devemos levar testemunhas. Se ainda não ouvir deverá ser levado à igreja. Observamos que são três etapas visando a reconciliação.
Se as três etapas não adiantarem, então o irmão deve ser considerado um gentio e publicano.
Isso é desafiador. Gentio e publicano são pessoas que necessitam ser ganhas para Jesus novamente. Lembre-se: Jesus veio para os pecadores.  
            A reconciliação está relacionada a oração. O Senhor Jesus ensina sobre o poder da oração em concordância para ligar e desligar no mundo espiritual (18-19). Jesus disse (20): “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”.
            O Evangelho de hoje nos fala sobre o poder da unidade na decisão do perdão, na reconciliação e na oração.

II. Reconciliação e Evangelização - Ezequiel 33.7-9
O profeta Ezequiel (entre 593 – 573 aC) foi colocado como atalaia sobre a casa de Israel que estava cativa na Babilônia. Atalaia é o soldado que fica de vigia sobre o muro da cidade para dar os avisos necessários. Ezequiel foi um atalaia profético.
Como atalaia daria os avisos de Deus ao povo. Se não comunica-se a mensagem de Deus e o pecador morresse em seus pecados, a culpa seria do profeta (8).
Mas se pregasse a conversão ao pecador e este não se arrependesse então a culpa seria totalmente do pecador que morresse em suas iniquidades (9).
Nossa tarefa diária é convidar os pecadores ao arrependimento e a reconciliação de Deus. Se não fizermos a nossa parte, seremos cobrados pelo sangue dos pecadores mortos em suas ignorâncias. A evangelização dá oportunidade para o pecador para se reconciliar com Deus.

III. Reconciliação e Santidade - Salmo 95.1-9
Pelo fato de Deu ser o “Rochedo da nossa salvação” (1) e o criador de tudo (2-5), somente Ele deve ser adorado (6).
Nada pode ser colocado acima de Deus. Não podemos fazer de nada um ídolo. Precisamos nos santificar unicamente para ele. Santificação é separação.
O salmista faz um convite a reconciliação e santificação do povo de Israel (7-9): “Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras”.
Nosso coração não pode estar duro diante da exortação que vem de Deus. Fomos chamados à santidade.

IV. Reconciliação e amor - Romanos 13.8-10
            Paulo escrevendo aos Romanos no ano 56dC exorta a Igreja viver o amor. Somente o amor pode gerar em nosso coração o sentimento de reconciliação com Deus e com o próximo.
Paulo diz (8): “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei”.
            Se praticarmos o amor de Deus viveremos reconciliados. Quem está no amor de Deus não adultera, não mata, não furta e não cobiça. Todo mandamento se resume em: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (9).
Paulo diz que o amor não pratica o mal contra o próximo. O cumprimento da lei é o amor (10).
Com amor devemos andar em santidade, buscar o pecador perdido e viver a dádiva da reconciliação em todas as áreas de nossa vida.

Conclusão:
            O sacrifício de Jesus nos deu paz com Deus. Por isso Paulo afirma: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus (Rm 5.1,2).
            Precisamos viver como filhos e filhas reconciliados com o Pai.


Oração
Deus Onipotente, fonte de toda a sabedoria, que tanto conheces de antemão as nossas necessidades, quanto nós ignoramos o que pedir; tem compaixão de nossas fraquezas, e concede-nos tudo o que, por indignidade ou cegueira nossa, não ousamos nem sabemos suplicar, senão pelos merecimentos de teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

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