23º
Domingo Comum
Reconciliação
Ez 33.7-9 / Sl
95.1-9 / Rm 13.8-10 / Mateus 18.15-20
Reconciliação
é o restabelecimento de boas relações entre pessoas que estavam separadas,
afastadas, brigadas.
O
ser humano estava separado de Deus por causa do pecado. Mas Deus nos
reconciliou com Ele por meio de Cristo Jesus: “Isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós
a palavra da reconciliação”. (2 Coríntios 5.19).
Paulo
afirma que recebeu do Senhor o ministério da Reconciliação: “E tudo isto provém
de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o
ministério da reconciliação” (2 Coríntios 5.18).
Éramos
pessoas perdidas e alcançamos a reconciliação com Deus: “A vós também, que
noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras
más, agora contudo vos reconciliou”. Colossenses 1.21.
Hoje
aprenderemos sobre a relação entre reconciliação, oração, santificação e amor.
I.
Reconciliação e Oração - Mateus 18.15-20
Em Mateus 18 Jesus fala do
processo da reconciliação (15-17). Se o irmão pecar devemos ir pessoalmente a
ele. Se não ouvir, devemos levar testemunhas. Se ainda não ouvir deverá ser
levado à igreja. Observamos que são três etapas visando a reconciliação.
Se as três etapas não adiantarem,
então o irmão deve ser considerado um gentio e publicano.
Isso é desafiador. Gentio e
publicano são pessoas que necessitam ser ganhas para Jesus novamente. Lembre-se:
Jesus veio para os pecadores.
A
reconciliação está relacionada a oração. O Senhor Jesus ensina sobre o poder da
oração em concordância para ligar e desligar no mundo espiritual (18-19). Jesus
disse (20): “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali
estou no meio deles”.
O
Evangelho de hoje nos fala sobre o poder da unidade na decisão do perdão, na
reconciliação e na oração.
II.
Reconciliação e Evangelização - Ezequiel 33.7-9
O profeta Ezequiel (entre
593 – 573 aC) foi
colocado como atalaia sobre a casa de Israel que estava cativa na Babilônia.
Atalaia é o soldado que fica de vigia sobre o muro da cidade para dar os avisos
necessários. Ezequiel foi um atalaia profético.
Como atalaia daria os avisos de
Deus ao povo. Se não comunica-se a mensagem de Deus e o pecador morresse em
seus pecados, a culpa seria do profeta (8).
Mas se pregasse a conversão ao
pecador e este não se arrependesse então a culpa seria totalmente do pecador
que morresse em suas iniquidades (9).
Nossa tarefa diária é convidar os
pecadores ao arrependimento e a reconciliação de Deus. Se não fizermos a nossa
parte, seremos cobrados pelo sangue dos pecadores mortos em suas ignorâncias. A
evangelização dá oportunidade para o pecador para se reconciliar com Deus.
III.
Reconciliação e Santidade - Salmo 95.1-9
Pelo fato de Deu ser o “Rochedo
da nossa salvação” (1) e o criador de tudo (2-5), somente Ele deve ser adorado
(6).
Nada pode ser colocado acima de
Deus. Não podemos fazer de nada um ídolo. Precisamos nos santificar unicamente
para ele. Santificação é separação.
O salmista faz um convite a reconciliação
e santificação do povo de Israel (7-9): “Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu
pasto e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o
coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais
me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras”.
Nosso coração não pode estar duro
diante da exortação que vem de Deus. Fomos chamados à santidade.
IV.
Reconciliação e amor - Romanos 13.8-10
Paulo escrevendo aos Romanos no
ano 56dC exorta a Igreja viver o amor. Somente o amor pode gerar em nosso
coração o sentimento de reconciliação com Deus e com o próximo.
Paulo diz (8): “A ninguém fiqueis devendo coisa
alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo
tem cumprido a lei”.
Se
praticarmos o amor de Deus viveremos reconciliados. Quem está no amor de Deus
não adultera, não mata, não furta e não cobiça. Todo mandamento se resume em: “amarás
o teu próximo como a ti mesmo” (9).
Paulo diz que o amor não pratica
o mal contra o próximo. O cumprimento da lei é o amor (10).
Com amor devemos andar em
santidade, buscar o pecador perdido e viver a dádiva da reconciliação em todas
as áreas de nossa vida.
Conclusão:
O sacrifício de Jesus nos deu paz com Deus. Por isso Paulo afirma: Justificados,
pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por
intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual
estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus (Rm 5.1,2).
Precisamos viver como filhos e
filhas reconciliados com o Pai.
Oração
Deus Onipotente, fonte de
toda a sabedoria, que tanto conheces de antemão as nossas necessidades, quanto
nós ignoramos o que pedir; tem compaixão de nossas fraquezas, e concede-nos
tudo o que, por indignidade ou cegueira nossa, não ousamos nem sabemos suplicar,
senão pelos merecimentos de teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e
reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
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