24º
Domingo Comum
Perdão
Gn 33.1-10 / Sl 103.1-13 / Rm 14.7-9 / Mateus 18.21-35
O tema desta
semana é o perdão. Por várias vezes Jesus nos ensina que o perdão que exercemos
sobre o próximo nos garante o perdão de Deus. Ele nos adverte: Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas (Mateus 6.15).
Somente caminhando no perdão poderemos ter uma vida de excelência
espiritual, mental e psicológica.
I.
Quantas vezes devemos perdoar? - Mateus 18.21-35
Em Mateus 18, Pedro pergunta
quantas vezes devia perdoar seu irmão que havia pecado. A tradição judaica
falava em sete vezes. Jesus responde (22): “Não te digo que até sete vezes, mas
até setenta vezes sete” (490 vezes).
O Senhor está deixando claro que
não se trata de quantas vezes meu irmão peca, mas que devemos ter sempre um
espírito perdoador. Não podemos desistir de ninguém.
Para exemplificar a importância do
perdão o Senhor conta a parábola do homem que foi muito perdoado pelo seu
senhor, mas que não exerceu o perdão sobre o próximo que lhe devia muito menos
(23-34). O seu senhor lhe diz: “Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda
porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo,
como também eu me compadeci de ti”?
Jesus nos adverte dizendo: “Assim
também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu
irmão”.
Devemos perdoar no intimo (no
coração) o irmão que nos ofendeu. Exercer a misericórdia assim como Jesus
exerce Sua misericórdia sobre nossa vida.
II. O exemplo de Esaú - Gênesis
33.1-10
Jacó havia enganado Esaú e ficado com a bênção da
primogenitura (a bênção dada ao filho mais velho) que pertencia a seu irmão (Gn
27.24-29). Por isso ele foi morar na casa do seu tio Labão.
Depois de vinte anos, Jacó recebe a direção de Deus
para voltar para a sua terra em Canaã. Mas teria que enfrentar a fúria de seu
irmão enganado.
Contudo, Gênesis 33 revela a atitude do coração de
Esaú. Jacó fica morrendo de medo e Esaú estende as mãos da misericórdia. O v. 4
diz: “Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; arrojou-se-lhe ao pescoço e o
beijou; e choraram”.
Esaú tem a graça do perdão. Deixa para trás o que passou.
Ele é abençoado por Deus para poder abraçar seu irmão sem carregar sentimentos
de mágoas ou ressentimento.
Esaú é um exemplo de como devemos tratar o nosso
passado. Sempre quando olhar para trás, use os “óculos” do perdão e da
reconciliação. Assim teremos condições de ser feliz.
III.
O Caráter perdoador de Deus - Salmo 103
O Salmo
103 revela que o caráter de Deus é de perdão e misericórdia.
Ele é quem perdoa todas as nossas
iniquidades; quem sara todas as nossas enfermidades; quem da cova redime a nossa
vida e nos coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a nossa velhice,
de sorte que a nossa mocidade se renova como a da águia.
Deus
é misericordioso, compassivo e longânimo (8). Ele não fica conservando mágoas
(9) e nem nos trata com vingança e ressentimento (10).
Quem
teme a Deus, sempre alcança a misericórdia (11).
O
Senhor retira de nós o pecado e se compadece como um pai compadece de seus
filhos (12,13).
IV.
Livres para perdoar - Romanos 14.7-9
Em
Romanos 14, Paulo nos ensina que a nossa vida terrena e nossa morte são
direcionadas ao Senhor. Vivemos e morremos para Deus. Ninguém vive para si ou
morre para si.
Quando
aprendermos que o nosso foco é o Senhor, então não existirá mais mágoas ou ressentimentos.
Não vivemos para nós mesmos. Não defendemos mais nossos interesses mesquinhos.
Nosso foco é Deus.
Somos
do Senhor e não precisamos mais ficar presos em mágoas ou ressentimentos. Vivos
ou mortos somos de Jesus. Não pertencemos ao ser humano. Nossa pátria não está
aqui. Nossa vida é de Deus.
Podemos
livremente perdoar a todos e seguir alegremente nossa vida rumo ao céu. Somos livres para perdoar.
Conclusão:
O
Senhor nos ensinou a exigência do perdão. Vimos o exemplo de Esaú e Jacó e
aprendemos que o caráter de Deus é de perdão e misericórdia. Hoje, em Cristo
Jesus, somos livres para perdoar. Podemos viver uma vida em abundância e paz se
praticarmos o que aprendemos. A mágoa e o ressentimento envelhecem nosso
coração. Não deixa isso acontecer em sua vida.
Ó Deus, protetor
dos que em ti confiam, sem o qual nada é forte, nada é santo; acrescenta e
multiplica a tua misericórdia para conosco, a fim de que, sob o teu governo e
direção, vivamos esta vida de tal maneira que não percamos a vida eterna. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um
só Deus, agora e sempre. Amém.
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