26º
Domingo Comum
Como viver o Evangelho?
Marcos 9.38-48
No Evangelho de hoje estamos ainda em Cafarnaum (cf. Mc
9.33), a cidade de pescadores situada junto do Lago de Tiberíades. Jesus está
“em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os
discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse
projeto em que estão envolvidos.
Os discípulos ainda não conseguiram absorver os valores do
Reino. Para eles, o seguimento de Jesus é uma opção que deverá traduzir-se na
concretização de determinados sonhos de poder, de grandeza e de prestígio… Por
isso, sentem-se inquietos e ciumentos quando encontram algo que possa colocar
em causa os seus interesses, a sua autoridade, os seus “privilégios”.
Jesus vai, com paciência, tentando formar os discípulos na
lógica do Reino. O texto de hoje é mais uma instrução que Jesus dirige aos
discípulos no sentido de lhes mostrar os valores que eles devem ter no coração.
O Evangelista Marcos juntou aqui uma série de ditos de Jesus.
Estes ensinamentos apresentam as exigências que os discípulos de Jesus devem
considerar e que definem se eles pertencem ou não à comunidade do Reino de
Deus.
I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do
Evangelho?_______
O
Evangelho de hoje apresenta quatro ensinamentos aos discípulos.
O
primeiro ensinamento é sobre a tolerância (38-40). João e os outros discípulos
encontraram um homem
que, em nome de Jesus, expelia demônios, mas não pertencia ao grupo dos apóstolos.
Por isso acharam no direito de o proibirem.
Jesus, ensinando a tolerância,
diz que não deviam proibi-lo. Eles erraram pelo zelo intolerante. O Senhor diz:
“porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar
mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós”.
O
segundo ensinamento é sobre a salvação (41). O Senhor declara que aquele que
der de beber um copo de água, em Seu nome, aos seus discípulos, este de modo algum
perderá o seu galardão. A relação com a obra de Deus e com os obreiros da obra
de Deus determinará o galardão. Não existe relação com Cristo sem a relação com
a obra de Cristo.
O
terceiro ensinamento é sobre os tropeços espirituais (42). Os discípulos não
poderiam ser tropeços espirituais para os pequeninos crentes que desejavam o
caminho da salvação. É melhor a morte do que fazer um pequenino crente se
desviar: “melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de
moinho, e fosse lançado no mar”.
O
quarto ensinamento é sobre a santificação (43-48). O Senhor ensina que a mão, o
pé e os olhos podem fazer os discípulos tropeçarem. Por isso é melhor cortar as
mãos, os pés e arrancar os olhos, do que todo o corpo todo ir para o inferno. O
Senhor está usando uma hipérbole (exagero de linguagem figurativa) para falar
sobre santificação. É melhor deixar de fazer o que as mãos, os pés e os olhos
desejam, e com isso viver em santidade e poder entrar no reino dos céus, do que
perder a salvação.
II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou
com você neste Evangelho? ____
·
Devemos
ser tolerantes com os cristãos que pensam diferentes de nós. As igrejas cristãs
precisam se amar em Cristo e não ficar disputando os membros das outras
igrejas.
·
Devemos
ser tolerantes com todos, mas sempre falar a verdade em amor.
·
O
galardão não está em apenas seguir a Cristo, mas em se relacionar com a obra de
Cristo.
·
Dar
um copo de água ao discípulo de Cristo significa amar a Cristo e participar de
sua obra na terra através de seus discípulos e de sua igreja. Não dá para ter o
galardão da salvação somente dentro de casa sem se envolver com os discípulos
de Cristo. A celebração na igreja e o trabalho no Reino são indispensáveis para
todos os salvos.
·
Não
podemos ser tropeços para os crentes. Não posso enfraquecer a fé dos meus
irmãos com criticas ou com mau exemplo.
·
Melhor
é a morte do que fazer o irmão tropeçar na fé. Preciso ser um sustento para o
irmão crer em Cristo e viver na igreja.
·
Quem
retira os crentes da igreja comete pecado terrível contra Deus. Por isso
preciso vigiar todas as minhas palavras e o que escrevo nas redes sociais.
Ninguém poderá tropeçar na fé por causa da minha vida.
·
Preciso
abrir mão do que gosto de fazer com as mãos, os pés e os olhos, quando eu sei
que isso desagrada a Deus.
·
É
melhor abrir mão dos prazeres, das festas e das danças, do que levar todo o meu
corpo a perecer no inferno.
·
Santificação
é renúncia. Renúncia significa cortar tudo que me leva para longe de Deus.
III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
Faça
uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________
Senhor. Ensina-me
a ser tolerante com as pessoas que pensam diferentes de mim. Que eu ame e
respeite as pessoas que não seguem em meu grupo ou em minha comunidade de fé.
Que eu ame a Cristo servindo a igreja e aos discípulos com o meu copo de água.
Que meu relacionamento com o Senhor seja estabelecido no meu relacionamento com
o próximo. Que eu não seja tropeço para os seus pequeninos crentes, mas possa
ser estimulo e exemplo. Que eu abra mão do que gosto de fazer para poder fazer
Tua vontade que é santa e perfeita. Ensina-me a viver na renuncia do mundo para
herdar a vida eterna em Teu Nome. Por intermédio de Cristo, nosso Senhor, na
Unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.
IV.
Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
_________________________________________________
Conclusão:
No
Evangelho de hoje fomos desafiados a vencer a intolerância, a se relacionar com
a obra de Deus e com os discípulos de Jesus na comunidade da fé, a não sermos
tropeços para os pequeninos crentes e a viver a radicalidade da santidade ao
ponto de cortarmos tudo que nos afasta do propósito de Deus para a nossa vida.
Fomos desafiados a viver o Evangelho de forma santa e radical no amor a Deus,
no relacionamento com o próximo e a comunidade da fé.
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