terça-feira, 10 de julho de 2018

15º Domingo Comum - Ano B


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15º Domingo Comum - Ano B
A Missão dos Discípulos
Marcos 6.7-13


O Evangelho do 15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus atua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projeto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projeto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

Marcos começa por deixar claro que a iniciativa do chamamento dos discípulos é de Jesus: Ele “chamou-os” (vers. 7). Não há qualquer explicação sobre os critérios que levaram a essa escolha: falar de vocação e de eleição é falar de um mistério insondável, que depende de Deus e que o homem nem sempre consegue compreender e explicar.
Depois, Marcos aponta o número dos discípulos que são enviados (“doze”). Porque exatamente “doze”? Trata-se de um número simbólico, que lembra as doze tribos que formavam o antigo Povo de Deus. Estes “doze” discípulos representam simbolicamente a totalidade do Povo de Deus, do novo Povo de Deus. É a totalidade do Povo de Deus que é enviada em missão.
Os “doze” são enviados “dois a dois”. É provável que o envio “dois a dois” tenha a ver com o costume judaico de viajar acompanhado, para ter ajuda e apoio em caso de necessidade; pode também pensar-se que esta exigência de partir em missão “dois a dois” tenha a ver com as exigências da lei judaica, de acordo com a qual eram necessárias duas testemunhas para dar credibilidade a qualquer anúncio (cf. Dt 19.15; Mt 18.16).
Logo após, Marcos define a missão que Jesus lhes confiou (“deu-lhes poder sobre os espíritos impuros”). A missão é um enfrentamento direto contra os demônios. Contudo, Deus deu aos apóstolos o poder sobre os espíritos imundos.
Em seguida, vêm as instruções para a missão (vers. 8-9). Na perspectiva de Jesus, os discípulos devem partir para a missão, num despojamento total de todos os bens e seguranças humanas… Podem levar um cajado (na versão de Mateus e de Lucas, os discípulos não deviam levar cajado – cf. Mt 10.10; Lc 9.3); mas não devem levar nem pão, nem alforje (duplo saco, fechado em ambas as extremidades e aberto no meio - por onde se dobra -, formando duas bolsas iguais; para ser carregado no ombro, para distribuir o peso dos dois lados), nem moedas (pequenas moedas de cobre que o viajante levava sempre consigo para as suas pequenas necessidades), nem duas túnicas.
Outra instrução refere-se ao comportamento dos discípulos diante da hospitalidade que lhes for oferecida (vers. 10-11). Quando forem acolhidos numa casa, devem aí permanecer algum tempo e não devem saltar de um lugar para o outro, ao sabor das amizades, dos interesses próprios ou alheios ou das suas próprias conveniências pessoais.
Quando não forem recebidos num lugar, devem “sacudir o pó dos pés” ao abandonar esse lugar: trata-se de um gesto que os judeus praticavam quando regressavam do território pagão e que simboliza a renúncia à impureza. Aqui, deve significar o repúdio pelo fechamento às propostas libertadoras de Deus.
Finalmente, Marcos descreve a realização da missão dos discípulos (vers. 12-13): pregavam a conversão (“metanoia” – isto é, uma mudança radical de mentalidade, de valores, de atitudes, um voltar-se para Jesus Cristo e um acolher o seu projeto), expulsavam demônios, curavam os doentes.
II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
            O que Deus falou com você neste Evangelho? ______________________

·         É Deus quem nos chama para sua obra. Não conseguimos compreender ou explicar. Precisamos apenas aceitar com gratidão a sua vocação.

·         Todo povo de Deus é enviado para a missão. A Missão de fazer discípulo pertence a cada novo discípulo. Somente fazendo discípulos temos a identidade de discípulo.

·         Nós nunca seremos enviados sozinhos. Deus sempre levantará companheiros para a Missão. A sua obra de abrir novas células e evangelizar sempre será de “dois a dois”.

·         Em qualquer caso, a exigência de partir em missão “dois a dois” sugere também que a evangelização e o discipulado tem sempre uma dimensão comunitária. Os discípulos nunca devem trabalhar sozinhos, à margem do resto da comunidade; não devem anunciar as suas ideias, mas a fé da Igreja. Quem anuncia o Evangelho, anuncia-o em nome da comunidade; e o seu anúncio deve estar em sintonia com a fé da comunidade.

·         No discipulado iremos enfrentar diretamente os demônios, mas recebemos autoridades sobre eles em Nome de Jesus.

·         Não preciso de nenhum recurso para fazer a missão. Preciso unicamente de obediência ao chamado. Os discípulos não puderam levar nem pão para a missão. Tudo seria fornecido por Deus. Precisavam apenas fazer a obra e confiar.

·         Para abrir novas células e congregações, precisamos apenas confiar na provisão e Deus.  

·         Precisamos ser livres da idolatria aos bens materiais. Os discípulos deveriam ser totalmente livres e não estar amarrados a bens materiais; caso contrário, a preocupação com os bens materiais podia roubar-lhes a liberdade e a disponibilidade para a missão. Por outro lado, essa atitude de pobreza e de despojamento ajudará também os discípulos a perceber que a eficácia da missão não depende da abundância dos bens materiais, mas sim da ação de Deus. A sobriedade e o desapego são sinais de que o discípulo confia em Deus e contribuem para dar credibilidade ao testemunho.

·         Precisamos obedecer as estratégias de Deus para a missão.

·         No anuncio do Evangelho vai a oportunidade e o julgamento. Precisamos também estar preparados para sacudir o pó dos nossos pés quando as pessoas se fecharem ao Evangelho.

·         Precisamos continuar a missão de Jesus, pregando o Evangelho e realizando os sinais de cura e libertação.


III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:__________________

Senhor. Aceito o Seu chamado para a minha vida. Sei que sou, com todo o povo de Deus, enviado para a missão de ganhar almas. Também sei que o Senhor providenciará companheiros que me auxiliarão na Missão. Nunca estarei sozinho. Sei que enfrentaremos demônios, mas também sei que o Senhor nos deu poder sobre os espíritos imundos. Que eu seja desprendido ao ponto de confiar mais no Senhor do que nos recursos financeiros. Livra-me da idolatria dos bens materiais. Que eu obedeça as estratégias do Senhor. Que eu seja forte para anunciar a tua Palavra e se necessário, sacudir o pó dos meus pés. Que eu seja fiel para continuar a missão de Jesus no mundo. Em Nome de Jesus Cristo, teu único filho, na unidade do Espírito Santo, a gora e sempre. Amém.


IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

Conclusão:
O anúncio que é confiado aos discípulos é o anúncio que Jesus fazia (o “Reino”); os gestos que os discípulos são convidados a fazer para anunciar o “Reino” são os mesmos que Jesus fez (curar enfermos e expulsar demônios). Ao apresentar a missão dos discípulos em paralelo e em absoluta continuidade com a missão de Jesus, somos desafiados a continuar na história a obra libertadora que Ele começou em favor do ser humano, fazendo novos discípulos e discípulas em todas as nações.

Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-b0/







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