31º Domingo Comum
O
Principal de Todos os Mandamentos
Marcos 12.28-34
O Evangelho de hoje nos levará ao essencial da fé. Diante
de tantas ordenanças religiosas e divisões denominacionais, o que realmente é
importante? Na Lei de Deus existe uma Lei que precisa vir em primeiro lugar?
Hoje iremos aprender sobre o principal de todos os Mandamentos.
I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do
Evangelho?_______
O Evangelho deste domingo situa-nos já em
Jerusalém, no centro da cidade onde vão dar-se os últimos passos desse caminho
que Jesus vem percorrendo, com os discípulos, desde a Galileia.
O ambiente é tenso. Algum tempo antes, Jesus
expulsara os vendilhões do Templo (cf. Mc 11,15-18), acusando os líderes
judaicos de terem feito da “casa de Deus um covil de ladrões”; logo de seguida,
contara a parábola dos vinhateiros homicidas (cf. Mc 12,1-12), acusando os
dirigentes de se oporem, de forma continuada, à realização do plano salvador de
Deus. Os líderes judaicos, convencidos de que Jesus era irrecuperável, tinham
tomado decisões drásticas: Ele devia ser preso, julgado, condenado e eliminado.
Fariseus, Herodianos (cf. Mc 12,13) e até saduceus (cf. Mc 12,18), procuram
estender armadilhas a Jesus, a fim de surpreendê-lo em afirmações pouco
ortodoxas, que pudessem ser usadas em tribunal para conseguir uma condenação.
As controvérsias sobre o tributo a César (cf. Mc 12,13-17) e sobre a
ressurreição dos mortos (cf. Mc 12,18-27) devem ser situadas e compreendidas
neste contexto.
Neste ambiente, aparece um escriba que
pergunta a Jesus qual era o maior Mandamento da Lei. A questão não foi posta a
Jesus para embaraçá-lo ou pôr à prova. O escriba que coloca a questão parece
ser um homem sincero e bem intencionado, genuinamente preocupado em estabelecer
a hierarquia correta dos mandamentos da Lei.
De fato, a questão do maior mandamento da Lei
não era uma questão pacífica e tornou-se, no tempo de Jesus, objeto de debates
intermináveis entre os fariseus e os doutores da Lei.
A preocupação em atualizar a Lei, de forma a
que ela respondesse a todas as questões que a vida do dia a dia punha, tinha
levado os doutores da Lei a deduzir um conjunto de 613 preceitos, dos quais 365
eram proibições e 248 ações a pôr em prática.
Esta “multiplicação” dos preceitos legais lançava, evidentemente, a
questão das prioridades: todos os preceitos têm a mesma importância, ou há
algum que é mais importante do que os outros?
É esta a questão que é posta a Jesus.
O escriba, tendo ouvido as discussões, sinceramente lhe
pergunta (28): “Qual é o principal de todos os mandamentos”?
Jesus começa citando o primeiro versículo do “Shema”, que é a grande
profissão de fé que todo o judeu recita no início e no fim do dia (cf. Dt 6.4-5).
Ele diz (29,30): “O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é
o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de
toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”.
O Senhor declara solenemente que o primeiro mandamento é se voltar para
Deus em um total amor. Amor que alcança todas as dimensões: coração, alma,
entendimento e força.
O segundo é (vem em segundo lugar) (31): “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (cf. Lv 19.17,18).
O Senhor conclui dizendo: “Não há outro mandamento maior do que estes”.
O Escriba fica feliz com a resposta do Senhor (32-33). Ter Deus como único
Senhor, amar a Deus e ao próximo, excedem a todos os sacrifícios e holocaustos.
É neste momento que o Senhor percebe
que o Escriba estava em processo de conversão e lhe diz (34): “Não estás longe
do reino de Deus”.
II.
Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste
Evangelho? ____
·
O
Escriba, em meio a tantas discussões, fez a pergunta certa e sincera. Precisamos
ter esta sabedoria para não envolvermos em polêmicas. Precisamos nos aproximar
de Jesus para aprender e adorar. Esta é a nossa missão quando vamos à igreja.
·
Não
podemos nos aproximar de Jesus para colocá-lo a prova, mas para humildemente,
aprendermos com Ele.
·
Deus
precisa ver sinceridade e honestidade em nosso coração.
·
Precisamos
gastar tempo com o que realmente importa: Amar a Deus e ao próximo.
·
O
Shemá precisa ser minha confissão de fé diária. Não posso fazer de nada um “deus”
em minha vida. Somente o Senhor é Deus.
·
Preciso
amar a Deus integralmente: de todo o coração,
de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força.
·
O meu amor a Deus
precisa se estender no meu amor ao próximo. Tenho ter pelo próximo a mesma
misericórdia que eu tenho para comigo mesmo. Tenho que Amar a Deus como a mim
mesmo.
·
Tenho
que ter a percepção de que muitas pessoas não cristãs estão próximas do Reino
de Deus. Precisam apenas da minha ajuda e amor.
III.
Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
Faça uma oração baseada no Evangelho
meditado:_____________
Senhor.
Dá-me sabedoria para que em meios a tantas polêmicas religiosas e políticas, eu
possa me aproximar do Senhor com um coração sincero buscando aprender de ti e
te adora-lo. Não desejo me aproximar do Senhor para coloca-lo a prova, mas para
receber as instruções certas para a minha vida. Que o Senhor veja a sinceridade e honestidade em meu
coração. Quero investir a minha vida em amar a Deus e ao próximo como a mim
mesmo. Que o Shema esteja sempre em meu coração e em minha boca. E eu seja um
adorador de verdade. Em nome de Jesus, seu Filho amado, na unidade do Espírito
Santo. Um Único Deus agora e sempre. Amém.
IV.
Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
Nossa vida cristã, como
discípulos do Senhor, precisa está baseada nestas três palavras de Jesus: ter o
Senhor como o único Deus, amar a Deus de todo coração, alma, entendimento e
força; e amar o próximo como a nós mesmos. Caminhando neste trilho seremos
pessoas perfeitas segundo a graça do Senhor. Somente pela graça somos salvos.