terça-feira, 30 de outubro de 2018

31º Domingo Comum - Ano B


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31º Domingo Comum
O Principal de Todos os Mandamentos
Marcos 12.28-34

O Evangelho de hoje nos levará ao essencial da fé. Diante de tantas ordenanças religiosas e divisões denominacionais, o que realmente é importante? Na Lei de Deus existe uma Lei que precisa vir em primeiro lugar? Hoje iremos aprender sobre o principal de todos os Mandamentos.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

O Evangelho deste domingo situa-nos já em Jerusalém, no centro da cidade onde vão dar-se os últimos passos desse caminho que Jesus vem percorrendo, com os discípulos, desde a Galileia.
O ambiente é tenso. Algum tempo antes, Jesus expulsara os vendilhões do Templo (cf. Mc 11,15-18), acusando os líderes judaicos de terem feito da “casa de Deus um covil de ladrões”; logo de seguida, contara a parábola dos vinhateiros homicidas (cf. Mc 12,1-12), acusando os dirigentes de se oporem, de forma continuada, à realização do plano salvador de Deus. Os líderes judaicos, convencidos de que Jesus era irrecuperável, tinham tomado decisões drásticas: Ele devia ser preso, julgado, condenado e eliminado. Fariseus, Herodianos (cf. Mc 12,13) e até saduceus (cf. Mc 12,18), procuram estender armadilhas a Jesus, a fim de surpreendê-lo em afirmações pouco ortodoxas, que pudessem ser usadas em tribunal para conseguir uma condenação. As controvérsias sobre o tributo a César (cf. Mc 12,13-17) e sobre a ressurreição dos mortos (cf. Mc 12,18-27) devem ser situadas e compreendidas neste contexto.
Neste ambiente, aparece um escriba que pergunta a Jesus qual era o maior Mandamento da Lei. A questão não foi posta a Jesus para embaraçá-lo ou pôr à prova. O escriba que coloca a questão parece ser um homem sincero e bem intencionado, genuinamente preocupado em estabelecer a hierarquia correta dos mandamentos da Lei.
De fato, a questão do maior mandamento da Lei não era uma questão pacífica e tornou-se, no tempo de Jesus, objeto de debates intermináveis entre os fariseus e os doutores da Lei.
A preocupação em atualizar a Lei, de forma a que ela respondesse a todas as questões que a vida do dia a dia punha, tinha levado os doutores da Lei a deduzir um conjunto de 613 preceitos, dos quais 365 eram proibições e 248 ações a pôr em prática.
Esta “multiplicação” dos preceitos legais lançava, evidentemente, a questão das prioridades: todos os preceitos têm a mesma importância, ou há algum que é mais importante do que os outros?
É esta a questão que é posta a Jesus.
O escriba, tendo ouvido as discussões, sinceramente lhe pergunta (28): “Qual é o principal de todos os mandamentos”?
Jesus começa citando o primeiro versículo do “Shema”, que é a grande profissão de fé que todo o judeu recita no início e no fim do dia (cf. Dt 6.4-5).
Ele diz (29,30): “O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”.
O Senhor declara solenemente que o primeiro mandamento é se voltar para Deus em um total amor. Amor que alcança todas as dimensões: coração, alma, entendimento e força.
O segundo é (vem em segundo lugar) (31): “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Lv 19.17,18).  
O Senhor conclui dizendo: “Não há outro mandamento maior do que estes”.
O Escriba fica feliz com a resposta do Senhor (32-33). Ter Deus como único Senhor, amar a Deus e ao próximo, excedem a todos os sacrifícios e holocaustos.
            É neste momento que o Senhor percebe que o Escriba estava em processo de conversão e lhe diz (34): “Não estás longe do reino de Deus”.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste Evangelho? ____

·         O Escriba, em meio a tantas discussões, fez a pergunta certa e sincera. Precisamos ter esta sabedoria para não envolvermos em polêmicas. Precisamos nos aproximar de Jesus para aprender e adorar. Esta é a nossa missão quando vamos à igreja.
·         Não podemos nos aproximar de Jesus para colocá-lo a prova, mas para humildemente, aprendermos com Ele.
·         Deus precisa ver sinceridade e honestidade em nosso coração.
·         Precisamos gastar tempo com o que realmente importa: Amar a Deus e ao próximo.
·         O Shemá precisa ser minha confissão de fé diária. Não posso fazer de nada um “deus” em minha vida. Somente o Senhor é Deus.
·         Preciso amar a Deus integralmente: de todo o coração, de toda a alma, de todo o entendimento e de toda a força.
·         O meu amor a Deus precisa se estender no meu amor ao próximo. Tenho ter pelo próximo a mesma misericórdia que eu tenho para comigo mesmo. Tenho que Amar a Deus como a mim mesmo.
·         Tenho que ter a percepção de que muitas pessoas não cristãs estão próximas do Reino de Deus. Precisam apenas da minha ajuda e amor.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Dá-me sabedoria para que em meios a tantas polêmicas religiosas e políticas, eu possa me aproximar do Senhor com um coração sincero buscando aprender de ti e te adora-lo. Não desejo me aproximar do Senhor para coloca-lo a prova, mas para receber as instruções certas para a minha vida. Que o Senhor veja a sinceridade e honestidade em meu coração. Quero investir a minha vida em amar a Deus e ao próximo como a mim mesmo. Que o Shema esteja sempre em meu coração e em minha boca. E eu seja um adorador de verdade. Em nome de Jesus, seu Filho amado, na unidade do Espírito Santo. Um Único Deus agora e sempre. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
            Nossa vida cristã, como discípulos do Senhor, precisa está baseada nestas três palavras de Jesus: ter o Senhor como o único Deus, amar a Deus de todo coração, alma, entendimento e força; e amar o próximo como a nós mesmos. Caminhando neste trilho seremos pessoas perfeitas segundo a graça do Senhor. Somente pela graça somos salvos.

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