terça-feira, 23 de outubro de 2018

30º Domingo Comum - Ano B


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30º Domingo Comum
“Que queres que eu te faça”?
Marcos 10.46-52

O Senhor Jesus saiu da Galiléia em direção a Jerusalém para o seu sofrimento, morte e paixão. Em Jerusalém seria a consumação do seu ministério. A cidade Jericó é a última parada neste caminho. Na caminhada o Senhor vai ensinando os discípulos os valores do Reino, mas parece que eles ainda estão cegos para a mensagem do Senhor. É neste contexto que ocorre a cura do cego Bartimeu como um ensino importante para a vida dos discípulos que iriam assumir a missão de Jesus.  

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

Para chegar a Jerusalém, os peregrinos judeus que vinham da Galiléia, tinham que passar por Jericó. Isso era necessário para contornarem a terra dos Samaritanos. Os judeus não entravam no país dos Samaritanos.
Quando o Senhor está saindo de Jericó com os seus discípulos e numerosa multidão, passam por um cego chamado Bartimeu que estava assentado à beira do caminho (46).
Isso demonstra a posição social de Bartimeu. Era cego e pobre, por isso estava à beira do caminho pedindo esmolas.
Os “cegos” faziam parte do grupo dos excluídos da sociedade palestina de então. As deficiências físicas eram consideradas – pela teologia oficial – como resultado do pecado. Segundo a concepção da época, Deus castigava de acordo com a gravidade da culpa. A cegueira era considerada o resultado de um pecado especialmente grave: uma doença que impedisse o homem de estudar a Lei era considerada uma maldição de Deus por excelência. Pela sua condição de impureza notória, os cegos eram impedidos de servir de testemunhas no tribunal e de participar nas cerimônias religiosas no Templo.
Contudo, Bartimeu já sabia quem era Jesus e o que o Senhor poderia fazer em sua vida. Quando ouviu que Jesus estava passando, aproveitou para clamar (gritar em alta voz) (47): “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”!
Ele reconhece que Jesus é o messias, o Filho de Davi (um título atribuído ao Messias dos judeus); e pede Sua compaixão para ser curado. Desta forma, ele admite que o Senhor Jesus poderia curar qualquer enfermidade.
As pessoas ficaram incomodadas com aqueles gritos e o repreenderam para que calasse.
Mas ele ignora as repreensões, não se abate e grita ainda mais alto (48): “Filho de Davi, tem misericórdia de mim”!
Esta insistência e aumento no volume do clamor fizeram com que o Senhor Jesus parasse e o mandasse chamar.
As pessoas chamam Bartimeu dizendo (49): “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”.
Bartimeu tinha uma capa que simbolizava sua posição de doente e mendigo. Ele, alegre e empolgado, (50) “lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus”. Literalmente ele jogou fora sua “muleta”, sua capa, e partiu para receber o que sabia, pela fé, que iria receber.
 A capa podia estar colocada debaixo do cego, como almofada, ou nos seus joelhos, para recolher as moedas que lhe atiravam; em qualquer caso, a capa é tudo o que um mendigo possui, a única coisa de que ele pode separar-se (outros deixaram o barco, as redes ou a banca onde recolhiam impostos). O deitar fora a capa significa, portanto, o deixar tudo o que se possui para ir ao encontro de Jesus. É um corte radical com o passado, com a vida velha, com a anterior situação, com tudo aquilo em que se apostou anteriormente, a fim de começar uma vida nova ao lado de Jesus.
O Senhor, para ensinar os discípulos, precisa saber se ele queria uma esmola ou a cura. Por isso o Senhor lhe pergunta (51) “Que queres que eu te faça”?
Bartimeu já havia feito sua escolha. Não desejava mais viver a vida passada dependendo da esmola dos outros. Ele não aceitou esmolas. Sua resposta é (51): “Mestre, que eu torne a ver”.
Jesus sabia que a cura foi realizada pela fé de Bartimeu. A fé o fez ficar, imediatamente curado, e o fez seguir Jesus estrada a fora. Jesus lhe diz (52): “Vai, a tua fé te salvou”.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste Evangelho? ____

·         Muitas vezes somos cegos para perceber as coisas de Deus em nossa vida. Assim estavam os discípulos com relação ao ministério do Senhor.
·         Bartimeu grita porque sabia quem era Jesus e o que ele poderia fazer em sua vida. Se eu conheço quem é Jesus, eu irei clamar com segurança. Só ele é a minha esperança. Não posso perder a minha oportunidade. Bartimeu aproveitou a oportunidade, pois Jesus nunca mais iria passar por Jericó.
·         Preciso me aproximar de Jesus sabendo que Ele pode todas as coisas.
·         Não posso esperar que as pessoas e minha família entenda minha fé. Talvez até poderei ser repreendido para calar. Mas preciso insistir e buscar tudo que Deus tem colocado em minha frente.
·         A minha fé poderá enfrentar obstáculos e irritar (incomodar) as pessoas incrédulas. Mas seguirei o caminho da fé com maior força assim como Bartimeu.
·         O meu clamor tem o poder de parar Jesus em meu favor.
·         Preciso falar aos que sofrem: “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”.
·         Preciso me desprender das minhas capas. Não posso seguir Jesus levando a garantia da capa.
·         Preciso ser especifico em minha oração. Jesus me pergunta hoje: “Que queres que eu te faça”?
·         Os milagres de Deus em minha vida serão realizados pela minha fé. Por isso o meu maior investimento precisa ser no aumento da minha fé pela leitura da Palavra e pela oração.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Ajuda-me em minhas fraquezas. Tenha compaixão de mim. Que eu tenha a fé de Bartimeu para gritar e clamar pelo Senhor sem se incomodar com os incomodados. Não me deixes perder minha oportunidade. Sei que o Seu Filho pode todas as coisas e o buscarei com toda a minha fé e perseverança. Que eu leve bom animo para as pessoas que sofrem apresentando Jesus como a única solução. Que eu me desprenda de minhas capas do passado e siga o Senhor sem segurança humana. Que eu seja específico em minhas orações e venha sempre orar com fé. Por Jesus Cristo, teu filho amado, na Unidade do Espírito Santo. Amém.


IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
            Hoje ouvimos o Senhor nos falar: “Que queres que eu te faça”? Que possamos ser específicos em nossas orações e viver a fé, independente das vozes contrarias que nos tentam calar. A bênção é nossa e não podemos parar por causa dos outros. Pelo contrário, devemos ser vozes de esperança (“Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama”) e levar muitas vidas a Cristo. Que a nossa santidade faça com que venhamos nos desprender de todas as “capas” do passado. Que vivamos uma vida de fé radical em Nome de Jesus.



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