segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Evangelho do 22º Domingo Comum - As Tradições Humanas - Marcos 7.1-23

                                             


22º Domingo Comum

As Tradições Humanas

Marcos 7.1-23

 

            O Evangelho de hoje fala do perigo das tradições religiosas. Elas tem o poder de anular a Palavra de Deus. Muitas vezes estamos tão presos às tradições dos nossos pais que não temos condições de avaliar a verdade do Evangelho. Hoje o Senhor nos ensina a avaliar nossa própria vida e observar somente os preceitos de Deus. 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

Os fariseus e escribas eram religiosos judeus que vieram de Jerusalém para observar e criticar as palavras e práticas do Senhor Jesus (1).

Eles observaram que os discípulos comiam pão com as mãos impuras, ou seja, sem observar o rito religioso de lavar as mãos três vezes (2). 

Todos os judeus observavam as tradições dos anciões. Praticavam vários ritos e simpatias que receberam dos seus antepassados. Para cada objeto e para cada atitude existia um ritual e uma “reza” própria que repetiam infinitamente (3,4).

            Baseados em suas tradições religiosas e costumes dos antigos, encontraram oportunidade para interpelar Jesus dizendo (5): “Por que não andam os teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos, mas comem com as mãos por lavar”? A questão não era a higiene, mas a tradição religiosa.

            Jesus percebe que são hipócritas. Honravam a Deus com várias tradições religiosas, mas tinham o coração longe de Deus (6): “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.

            Era uma pratica religiosa inventada por homens. Era uma adoração em vão que negava a Palavra de Deus (7,8): “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens”.

            Eles usavam a tradição para rejeitar os preceitos de Deus (9). O Senhor Jesus cita um exemplo de como eles invalidavam a Palavra com a tradição (10-13). Ao invés de honrarem os pais, inventaram a tradição do Corbã (oferta consagrada), para falarem que não estavam ajudando os pais porque tinham que ofertar ao Senhor. Era apenas uma formalidade para não auxiliarem os pais e ao mesmo tempo não ofertarem a Deus.

            Sobre o ritual de lavar as mãos, o Senhor afirma que o que realmente contamina espiritualmente o homem é o que sai de sua boda (14-16).

            Jesus explica aos discípulos dizendo (20-23): “O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”.

           

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

 

·         Muitas vezes pessoas serão enviadas pelo mal para criticar nossa vida espiritual. Precisamos vigiar diante das criticas. (1).

·         Existem pessoas que se prendem aos ritos religiosos para criticar os outros e fugir da vontade de Deus (2).

·         Muitas pessoas estão presas a ritos e simpatias humanas e precisam de nossas orações (3,4).

·         Os religiosos se baseiam em suas praticas e crendices para não aceitarem Jesus e o seu Evangelho (5).

·         Muitas vezes posso viver a aparência da religião e ter o coração longe de Deus (6).

·         Nossas tradições religiosas podem acabar negando a Palavra de Jesus. Precisamos avaliar o que cremos o que praticamos a luz da Palavra (7,8).

·         Não posso usar a tradição para rejeitar os preceitos de Deus (9).

·         Tenho que observar o que sai do meu coração e da minha boca. Isso tem o poder de contaminar as pessoas (14-16).

·         Preciso avaliar o que tem brotado em meu coração (20-23).

 

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:__________

 

Senhor. Auxilia-me a enfrentar as criticas e perseguições olhando para o céu. Que eu não me prenda a ritos religiosos e acabe fugindo de sua presença. Que eu auxilie as pessoas que estão presas a tradições humanas e práticas religiosas. Que eu não viva de aparências e que meu coração não esteja longe do Senhor. Não permita que minhas tradições neguem sua Santa Palavra. Que eu não venha usar a tradição para rejeitar os preceitos de Deus. Que possa observar o que tem saído do meu coração e procurar o caminha da santidade. Por intermédio de Jesus, na unidade do Espírito Santo, um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            O Evangelho nos desafiou a viver a verdade da palavra sem os disfarces da religião. Muitas vezes seguimos a Cristo apenas com “performance externa” e sem vida interior. Que possamos ser cristãos do coração. Que nosso “homem Interior” possa ser realmente discípulo fiel ao Cristo de Nazaré. Em Nome de Jesus.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Evangelho do 21º Domingo Comum - Tu tens as Palavras da Vida Eterna - João 6.60-69

 



21º Domingo Comum

Tu tens as Palavras da Vida Eterna

João 6.60-69

 

O Evangelho do 21º Domingo do Tempo Comum fala-nos de opções. Recorda-nos que a nossa existência pode ser gasta a perseguir valores efêmeros e estéreis, ou a apostar nos valores eternos que nos conduzem à vida definitiva, à realização plena. Cada homem e cada mulher têm, dia a dia, de fazer a sua escolha. Quem escolhe Jesus tem vida eterna em Seu Nome.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

O Evangelho continua o diálogo de Jesus com as pessoas que comeram pães e peixes multiplicados.

Quando Jesus fala de seu corpo e de seu sangue como verdadeira comida e bebida, estes, que são chamados aqui de discípulos, dizem (60): “Duro é este discurso; quem o pode ouvir”? A proposta de Jesus causou murmuração nos ouvintes.

Jesus pergunta (62): “Isto vos escandaliza”? E depois fala de sua ascensão sendo um maior motivo de escândalo para quem não tem fé (62).

O Senhor demonstra que deveriam observar o espírito e não a carne. As palavras de Jesus, que foram duras, eram na realidade espírito e vida para quem tem fé (63).

Ele sabia que no meio da multidão existiam muitos descrentes (64). Viram o milagre do pão, mas não acreditavam em Jesus como Messias (64).

Esta incredulidade serviu para confirmar as palavras ditas anteriormente e repetidas aqui (65): “Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido”.

Diante do confronto do Senhor e da verdade sobre seu corpo e seu sangue, (66) “muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”. Jesus não os agride ou os censura. Ele simplesmente permite que cada discípulo faça a sua escolha. Não existe predestinação.

Contudo, ele tinha doze discípulos fiéis (67): “Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos”? (68) Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; (69) e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus”

Eram discípulos que tinham a experiência de que não existia outro caminho de vida eterna. Eles criam e conheciam que Jesus era o Santo de Deus.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

·         Muitas vezes a proposta do Evangelho pode causar murmuração em meu coração. Preciso estar vigiando para aceitar plenamente as palavras do Senhor Jesus.

·         Preciso observar as coisas espirituais. As coisas carnais não me levarão a lugar algum.

·         Todas as palavras de Jesus no Evangelho são espírito e vida para a minha vida. Preciso ler a Palavra de Deus recebendo a vida de seus ensinamentos.

·         Somente a graça do Pai me faz ouvir e aceitar as Palavras de Jesus.

·         Não posso ser um discípulo que abandona o Reino de Deus manifestado na igreja. Preciso permanecer com Cristo e com a Igreja.

·         Jesus deixa a decisão em nossas mãos. Poderemos permanecer na vida eterna ou desistir do Evangelho. Ele não nos predestinou. A escolha é sempre nossa. 

·         O verdadeiro discípulo sabe que não existe outro caminho de vida eterna.

·         Preciso ter a experiência e o conhecimento de que Jesus é o Santo de Deus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

 

Senhor. Não permita que Sua proposta cause murmuração em meu coração. Que minha vida seja voltada para o Teu Evangelho que é Espírito e Vida. Que eu tenha a graça do Senhor para ouvir e aceitar as Palavras de Jesus. Não quero abandonar sua igreja e o projeto de discipulado que o Senhor tem para a minha vida. Não me deixes sair de sua presença. Somente o Senhor tem palavras de Vida eterna. Que minha experiência com o Senhor me leva a aceitar dia a dia que Jesus é o Santo de Deus. Por meio de Jesus, nosso Salvador, e do Espírito Santo, um único Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            Precisamos crescer na experiência com o Senhor. Quem conhece Jesus nunca deixa a Igreja. A Igreja é o corpo de Cristo e sabemos que em Cristo temos a vida eterna. Ele é o Santo de Deus. Jesus é a razão de toda a Palavra de Deus. Quem tem Jesus, tem tudo.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Evangelho do 20º Domingo Comum - Comer e beber do Corpo e o Sangue do Senhor - Jo 6.51-59

 



20º Domingo Comum

Comer e beber do Corpo e o Sangue do Senhor

Jo 6.51-59

 

A liturgia do 20º Domingo do Tempo Comum repete o tema dos últimos domingos: Deus quer oferecer a humanidade, em todos os momentos da sua caminhada pela terra, o “pão” da vida plena e definitiva. Naturalmente, a humanidade tem de fazer a sua escolha e de acolher esse dom.

No Evangelho, Jesus reafirma que o objetivo final da sua missão é dar aos homens o “pão da vida”. Para receber essa vida, os discípulos são convidados a “comer a carne” e a “beber o sangue” de Jesus – isto é, a aderir à sua pessoa, a assimilar o seu projeto, a interiorizar a sua proposta. 

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

No Evangelho de hoje Jesus permanece na Sinagoga de Cafarnaum. (Jo 6.59) e no contexto do discurso sobre o “pão que desceu do céu para dar vida ao mundo”.

Neste trecho, no entanto, Jesus vai um pouco mais além: convida os seus interlocutores a comer a sua carne e a beber o seu sangue.

Quem comer o pão vivo do céu tem vida eterna. O pão que Jesus dá ao mundo é a sua própria carne. Ou seja, seu sacrifício concreto e real na cruz do calvário (51).

Esta palavra de Jesus foi um escândalo para os judeus. Não compreenderam o significado espiritual das palavras (52). Eles dizem entre si: “Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne”?

Jesus não explica, apenas ordena. Quem não comer a carne e não beber o sangue do Filho do Homem, não tem vida em si mesmo (53). Não existe outra opção. 

Esta relação com o sacrifício de Cristo trará a ressurreição no último dia (54), pois sua carne e sangue são verdadeiras comida e bebida (55). É a única forma de permanecer Nele (56). O Senhor deixa claro (57): “Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá”.

No final o Senhor demonstra a diferença da carne do Filho do Homem para com o maná dado por Moisés no deserto (58): “Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente”.

Os discípulos são convidados a “comer” e a “beber”. “Comer” e “beber” significam, neste contexto, “aderir”, “acolher”, interiorizar”, “assimilar”.
A questão é, portanto, esta: Jesus não está a falar da sua “carne” física e do seu “sangue” físico… Está a pedir, simplesmente, que os seus discípulos acolham e assimilem essa vida de amor, de dom, de entrega, que Ele mostrou na sua pessoa (isto é, nos seus gestos, no seu amor, na sua doação aos homens) e que teve a sua expressão mais radical na cruz, quando Jesus, por amor, ofereceu totalmente a sua vida, até à última gota de sangue. Quem “acolher” e “assimilar” esta vida e aceitar viver da mesma forma – no amor e no dom total da vida, até à morte – terá vida plena e definitiva.


II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

 

·         Não somos convidados apenas para crer em Jesus, mas para comer e beber seu corpo e sangue. Isso fala de uma relação maior do que uma mera crença religiosa. Significa uma assimilação completa de Cristo em Nós. Significa aderir à sua pessoa, a assimilar o seu projeto, a interiorizar a sua proposta. 

·         Não existe outra opção. Somente quem comer do Pão terá vida eterna. Somente com uma relação perfeita com Cristo terei a verdadeira vida eterna.

·         Temos que tomar cuidado com a nossa carnalidade, pois poderemos nos escandalizar com as palavras de Jesus e jogar fora o seu projeto para a nossa vida.

·         Muitas coisas o Senhor não explicará, apenas ordenará. Devemos obedecer com fé e teremos a graça da vida eterna.

·         Somente se nos alimentarmos de Cristo iremos viver eternamente. Ele é a nossa única motivação de permanecermos firmes na igreja e na fé. 

·         A carne de Jesus é superior a qualquer outro milagre da Bíblia. Preciso ver Jesus como a totalidade da revelação de Deus para minha vida. Quem tem Jesus tem tudo.

·         Este texto de João precisa estar presente no dia da Santa Ceia. Preciso tomar a Santa Ceia olhando para esta Palavra. Espiritualmente estamos comendo do corpo e bebendo do sangue do Senhor. Quem não toma a santa ceia não tem comunhão com Deus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

 

Senhor. Desejo comer e beber o corpo e o sangue de Jesus. Que eu possa viver a espiritualidade da verdadeira entrega. Quero ter a assimilação completa do Cristo em mim. Quero ter a vida eterna pelo caminho que o Senhor nos ensinou. Ajuda-me para que eu não seja incrédulo e venha murmurar contra Sua Palavra, mas que tenha a sensibilidade e a fé de aceitar seus desígnios mesmo sem entender. Quero me alimentar de Cristo e viver eternamente. Quero Cristo em mim para que possa dar um testemunho real e perfeito do Senhor. Ajuda-me também a viver plenamente a espiritualidade da Santa Ceia, a ordenança deixada pelo Seu Filho. Clamo mediante Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            Fomos tremendamente desafiados a ter uma relação profunda com o Senhor. Não desejamos ser apenas ouvintes das Palavras de Jesus; desejamos praticar. Nossa prática nos levará a comer e a beber seu corpo e seu sangue. Suas palavras entrarão em nossas vidas e nos transformarão. Não somos mais escravizados palas tradições religiosas. Desejamos viver a verdadeira intimidade com o Senhor Jesus. Não queremos apenas ver o Seu corpo, queremos nos alimentar de Cristo. Que nosso amor pelo Senhor Jesus seja perfeito e radical.

 

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Evangelho do 19º Domingo Comum - O Pão Vivo que desceu do Céu - Jo 6.41-51

 


19º Domingo Comum

O Pão Vivo que desceu do Céu

Jo 6.41-51

 

Neste Evangelho encontraremos a murmuração dos judeus incrédulos contra o Senhor Jesus. Somos desafiados a crer em Jesus como o Pão vivo que desceu do céu. Mas só conseguiremos ter esta fé, se a graça de Deus alcançar nosso coração. Quem foi enviado pela graça do Pai, recebe o Filho e aceita suas Palavras. 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

Quando Jesus multiplicou os pães e os peixes, as pessoas ficaram tão apavoradas que desejavam agarrar Jesus e o proclamar rei (15). Jesus, sabendo disso, vai sozinho ao monte orar e se proteger desse desejo político dos homens.

Quando, no outro dia, a multidão viu que Jesus não estava na cidade, foi, em barcos, para Cafarnaum (24). Encontram Jesus e recebem novos ensinamentos.

            Após ensinar sobre o verdadeiro pão de Deus, Jesus afirma que eles viram os sinais, mas não creram (36), por que não foram enviados pelo Pai (37).

            O Senhor veio para fazer a vontade do Pai de, conservar em salvação, todos aqueles que o Pai lhe deu como filhos (38-39). Esta é a vontade do Pai: “que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (40).

            Os judeus que haviam comido o pão multiplicado pelo Senhor, começam a murmurar por que Jesus afirmou: “Eu sou o pão que desceu do céu” (41).

            Eles já haviam “catalogado” Jesus, assim como os nazarenos. Para eles, Jesus era apenas o filho de José e Maria (42) e em hipótese alguma, Jesus havia descido do céu.

            Por isso, Jesus deixa claro que só poderão crer Nele, aqueles que forem enviados pelo Pai (43-46).

            O Evangelho de hoje termina com as afirmações fortes do Senhor sobre sua pessoa: Quem crer Nele tem a vida eterna (47); Ele é o Pão da vida (48); Jesus é diferente do maná. Os hebreus comeram o Maná no deserto e morreram, mas quem comer o Pão de Deus não perecerá (50); Ele afirma (51): “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne”.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

 

·         Muitos seguem Jesus com propósitos errados. Preciso avaliar com qual propósito estou seguindo Jesus.

·         Preciso crer em Jesus. Está é uma prova de que fui enviado pelo Pai para crer e aceitar Jesus.

·         Não posso deixar que a murmuração ocupe lugar em meu coração. Mesmo diante do que não entendo, preciso aceitar com bom coração a vontade de Deus. Não posso dizer “Deus não foi bom comigo”.

·         Preciso enxergar o Senhor Jesus além do histórico e humano. Ele precisa ser o meu Senhor eterno. O Meu Deus e o meu salvador.

·         Preciso comer o Pão vivo que desceu do céu. Não posso apenas admirá-lo. Preciso tê-Lo dentro de mim, em minha vida.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

 

Senhor. Desejo te seguir com os propósitos certos. Eu creio no Senhor Jesus e por isso sei que o Pai me deu esta graça de crer para a Salvação. Ajuda-me a vencer a murmuração que frequentemente entra em minha vida. Que eu aceite os seus desígnios com um coração convertido e santo. Que eu entenda que tudo que o Senhor faz é bom e perfeito. O Senhor sempre é bom para mim, mesmo diante das coisas que não consigo compreender. Que eu enxergue Jesus como o Pão vivo que desceu do céu. Ele é o meu Deus e o meu Salvador. Não quero apenas admirar Jesus, quero tê-lo dentro de mim, fazendo parte da minha história e motivações. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo. Amém.

 

 IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            A Salvação eterna é para todos os que creem e receberem Jesus como o Pão Vivo que desceu do céu. Contudo, só receberemos Jesus se formos enviados pelo Pai. É a graça de Deus que nos faz crer e aceitar que somos pecadores. Enquanto não sentimos a necessidade de salvação é porque a graça salvadora não nos alcançou. É a graça do Pai que nos leva ao Pão vivo.

Ao mesmo tempo em que, ninguém vai ao Pai a não ser por meio do Filho (Jo 14.6 - Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim); assim também, ninguém aceita no Filho se não for enviado pelo Pai (Jo 6.37): “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Evangelho do 18º Domingo Comum - Ano B - A Motivação Certa João 6.24-35

 



18º Domingo Comum

A Motivação Certa

João 6.24-35

          O Evangelho do domingo passado nos contou como Jesus alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes, na “outra” margem do Lago de Tiberíades (Jo 6.1-15). Ao “cair da tarde” desse mesmo dia, Jesus e os discípulos voltaram a Cafarnaum (Jo 6.16-21).

O episódio que o Evangelho de hoje nos apresenta situa-nos em Cafarnaum, no “dia seguinte” ao episódio da multiplicação dos pães e dos peixes.

Nessa manhã, a multidão ainda estava do “outro lado” do lago, apercebeu-se de que Jesus tinha regressado a Cafarnaum e dirigiu-se ao seu encontro.

A multidão encontra Jesus na sinagoga de Cafarnaum – uma cidade situada na margem ocidental do Lago. Confrontado com a multidão, Jesus profere um discurso (Jo 6.22-59) que explica o sentido do gesto realizado (a multiplicação dos pães e dos peixes).

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

A cena inicial (v24) parece sugerir, à primeira vista, que a pregação de Jesus alcançou um êxito total: a multidão está entusiasmada, procura Jesus com afã e segue-O para todo o lado. Aparentemente, a missão de Jesus não podia correr melhor.

Contudo, Jesus percebe facilmente que a multidão está equivocada e que O procura pelas razões erradas (não pelo Sinal Espiritual, mas pelo pão material).

Na verdade, a multiplicação dos pães e dos peixes pretendeu ser, por parte de Jesus, um sinal de que Ele era o Messias (um novo Moisés, o profeta anunciado), mas a multidão não foi sensível ao significado profético do gesto e só percebeu que Jesus podia oferecer-lhe, de forma gratuita, pão em abundância.

Assim, o fato de a multidão procurar Jesus e se dirigir ao seu encontro não significa que tenha crido em sua missão messiânica; significa, apenas, que viu em Jesus um modo fácil e barato de resolver os seus problemas materiais.

Jesus está consciente de que é preciso desfazer, quanto antes, esse mal-entendido. Por isso, nem sequer responde à pergunta inicial que Lhe põem (“Mestre, quando chegaste aqui?” – vers. 25); mas, mal se encontra diante da multidão, procura esclarecer coisas bem mais importantes do que a hora da sua chegada a Cafarnaum…

As palavras que Jesus dirige àqueles que O rodeiam põem o problema da seguinte forma: eles não procuram Jesus, mas procuram a resolução dos seus problemas materiais (v26). Trata-se de uma procura interesseira e egoísta, que é absolutamente contrária à mensagem que Jesus procurou passar-lhes.

 Depois de identificar o problema, Jesus deixa-lhes um aviso: é preciso esforçar-se por conseguir, não só o alimento que mata a fome física, mas sobretudo o alimento que sacia a fome espiritual. A multidão, ao preocupar-se apenas com a procura do alimento material, está a esquecer o essencial – o alimento que dá vida definitiva.

Esse alimento que dá a vida eterna é o próprio Jesus que o traz (27).
O que é preciso fazer para receber esse pão? – pergunta-se a multidão (28). A resposta de Jesus é clara: é preciso acreditar que Jesus foi enviado pelo Pai como o Messias (29).

Na cena da multiplicação dos pães, a multidão não aderiu ao Jesus Messias; apenas correu atrás do profeta milagreiro que distribuía pão e peixes gratuitamente e em abundância…

Por que é que Jesus não realiza um gesto espetacular – como Moisés, que fez chover do céu o maná, não apenas para cinco mil pessoas, mas para todo o Povo e de forma continuada – para provar que a proposta que Ele faz é verdadeiramente uma proposta geradora de vida (31)?

Jesus responde pondo a questão da seguinte forma: o maná foi um dom de Deus para saciar a fome material do seu Povo; mas o maná não é esse “pão” que sacia a fome de vida eterna do homem. Só Deus dá aos homens, de forma contínua, a vida eterna; e esse dom do Pai não veio ao encontro dos homens através de Moisés, mas através de Jesus (32-33).

Portanto, o importante não é testemunhar gestos espetaculares, que deslumbram e impressionam, mas não mudam nada; mas é acolher a proposta que Jesus faz e vivê-la nos gestos simples de todos os dias.

A última frase do nosso texto identifica o próprio Jesus, já não com o “portador” do pão, mas como o próprio pão que Deus quer oferecer ao seu Povo para lhe saciar a fome e a sede de vida eterna (35).

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

·         A multidão estava entusiasmada porque entendeu o sinal de Jesus de forma errada. Precisamos vigiar a nossa vida e as nossas motivações. Muitas vezes estamos equivocados. Buscamos em Jesus apenas os bens para este mundo sem a devida preocupação com a salvação e a vida eterna.

·         O Jesus sabia da motivação errada das multidões. Ele conhece a verdade do nosso coração e sabe se procuramos a salvação eterna ou apenas entretenimento religioso.

·         Muitas vezes não percebemos os sinais de Deus em nossa vida e tomamos atitudes erradas. Precisamos vigiar nossos sentimentos e percepções.

·         Nem todos que procuram Jesus, o procuram para alcançar a vida eterna e ter uma vida em santidade. Procuram apenas pelos benefícios terrenos.

·         Precisamos fazer as seguintes perguntas: Estamos procurando fazer a vontade de Deus ou caçando os nossos próprios interesses?

·         Devemos buscar saciar a fome material e a cura para as nossas enfermidades, sem esquecer o essencial que é a nossa santidade e a nossa salvação eterna.

·         Mais importante do que comer o pão multiplicado, é comer o Pão do Céu que é o próprio Jesus.

·         Temos uma fome espiritual que o pão multiplicado nunca poderá saciar.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

 

Senhor. Desejamos te seguir como o nosso Pão que veio do Céu. Que a nossa fome seja fazer a Tua vontade. Que nosso seguimento não seja por interesses terrenos e mundanos, mas que desejamos, em todo o tempo, fazer a tua vontade e viver em santidade. Retira as motivações erradas do nosso coração e estabeleça o princípio de honra ao Pão vivo que desceu do céu. Que não estejamos te seguindo pelos benefícios materiais e terrenos, mas por causa da mensagem transformadora do Seu Evangelho. Por Jesus Cristo, nosso Pão Espiritual, na comunhão com o Espírito Santo. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

            Hoje, muitas igrejas evangélicas promovem a motivação errada. Multidões estão seguindo Jesus, não pelo seu messianismo, mas pelo pão que perece. Podemos levar a cura divina e a solução de Deus para todos os problemas, mas precisamos apontar para a vida eterna e para a santidade que Ele tem a nos ofertar. Que sejamos discípulos guiados pela motivação que agrada o coração de Jesus.