quarta-feira, 30 de agosto de 2017

22º Domingo Comum - Ano A

22º Domingo Comum
Renúncia e Discipulado
Jr 20.7-9 / Sl 63.1-9 / Rm 12.1,2 / Mateus 16.21-27

Resultado de imagem para tomar a cruz


O discipulado exige renúncia. Quando colocamos Deus em primeiro lugar enfrentaremos a cruz, o sofrimento e as perdas. Precisaremos renunciar muitas coisas para que a vontade de Deus venha ser estabelecida em nossa vida. Não é um caminho fácil. É um caminho que exige renúncia, coragem e amor. Hoje aprenderemos um pouco mais sobre o sacrifício e a bênção da renúncia.


I. Jesus ensina a renúncia - Mateus 16.21-27
Em Mateus 16.21 Jesus fala do sofrimento que iria passar em Jerusalém. Pedro não entende e é usado pelo diabo para reprová-lo (22). O Senhor o repreende dizendo (23): “Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.
Pedro não sabia que o mais importante é o Reino de Deus apesar do sofrimento e da cruz. A renúncia ensinada por Jesus está presente em três frases: negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o mestre (24). Quem desejar salvar a própria vida aproveitando as coisas do mundo irá, na verdade, perde-la (25). Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma (26)?
A renúncia pode ser aplicada as coisas práticas da vida. Por exemplo: deixar de assistir a um seriado na TV para ler a Bíblia. Deixar de acessar o celular por 30 minutos para orar. Deixar de dormir mais cedo para passar 30 minutos lendo um livro espiritual. Deixar de descansar numa tarde de domingo para fazer uma visita a um irmão doente. Deixar de se alimentar por 24 horas para fazer jejum e doar o alimento que não comeu a uma família pobre. Deixar de difamar uma pessoa, mesmo que a esta lhe tenha prejudicado.
Renúncia é negar a si mesmo, para tomar a cruz e seguir Jesus. Sem renúncia não há salvação e seremos cristãos infrutíferos.


II. A Renúncia de Jeremias - Jeremias 20.7-9
O Ministério do profeta Jeremias foi marcado por muita renúncia.
Deus o persuadiu para um ministério muito difícil. Ministério de escárnio e zombaria (7).
Sua mensagem era dura para o povo e por isso sofria muitas perseguições (8). Ao mesmo tempo Jeremias era tão fiel que não conseguia viver sem obedecer ao Senhor (9).
Nem sempre Deus colocará algo fácil em nossas mãos. Muitas vezes precisaremos renunciar coisas caras e grandes. Contudo, vale a pena ter uma vida de renúncia pelo ministério que Deus nos tem confiado.


III. Por que renunciamos? Salmo 63.1-9
            Por que abrimos mão de tudo para Deus? Por que tomamos a nossa cruz, negamos a nós mesmos e o seguimos? Por que renunciamos o mundo pelo Senhor?
            O Salmo 63 nos responde: a nossa alma tem sede de Deus (1). A graça que Ele nos dá é melhor do que a vida (3). Dele recebemos o auxílio necessário (7) e alcançamos Seu amparo. O salmista diz (8): “A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara”.
            Nada na vida (absolutamente nada) vale mais do que a comunhão com o Senhor. Por isso precisamos desligar nossos celulares e nossas TVs e passarmos mais tempo lendo sua Palavra e praticando seu Evangelho.


IV. A Renúncia nos Transforma - Romanos 12.1,2
            Viver de renúncia pelo Senhor é um ato de amor e transformação.
            Paulo escrevendo aos Romanos pede que os irmãos apresentem os seus corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (1). Isso é o culto racional.
A renúncia por Cristo faz com que não nos conformamos com as coisas deste século.  Antes precisamos ser transformados pela renovação da nossa mente. Somente assim iremos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (2).
Quem nega a si mesmo, toma a sua cruz e segue o Senhor vive uma vida maravilhosa de transformação e alegria.


Conclusão:
            O Evangelho do Senhor Jesus exige renúncia, cruz e seguimento. A salvação é pela graça, contudo, nunca será separada de uma ação humana. Negar a si mesmo é uma exigência para o discipulado. Não fomos chamados a sermos religiosos, mas a negar a nos mesmos e seguirmos o caminho de Cristo para o Calvário. Vale a pena.


Oração
Ó Senhor, suplicamos-te que recebas, com piedade celestial, as orações do teu povo que te invoca: e concede que todos saibam e compreendam o que devem fazer e tenham a graça e poder para fielmente o realizar. Mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

21º Domingo Comum - Ano A

Resultado de imagem para Jesus e os discípulos
21º Domingo Comum
As Chaves da Oração
Is 22.19-23 / Sl 138.1-8 / Rm 11. 33-36 / Mateus 16.13-20
           
A Oração é a chave que nos leva à presença de Deus. Quem vive uma vida verdadeira de oração, tem acesso direto à sala do trono. Hoje iremos aprender sobre as chaves da oração apresentadas pelo Evangelho, pelo profeta Isaías, pelo Salmista e pelo Apóstolo Paulo. Que possamos usar estas chaves diariamente em nossa vida.

I. As Chaves de Pedro - Mateus 16.13-20
            O centro da nossa fé é a declaração de Pedro: “Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16). Esta foi uma revelação dada pelo Pai (17).
            Cristo é a palavra grega para a palavra Messias no hebraico. Cristo significa Ungido. O povo de Israel esperava o “Ungido” (Messias) que viria para salvar. Este Messias é Jesus. Além de ser o Messias Ele é o próprio Filho de Deus.  
            A Igreja foi edificada sobre esta declaração (Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo), por isso que as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela (18).
            Em Cristo, a igreja tem as chaves do reino dos céus. O que ligar na terra será ligado no céu e o que desligar na terra será desligado no céu (19). As chaves de Pedro simbolizam o poder da oração.
                Esta bênção que Deus deu a Pedro foi estendida a todos os crentes no capítulo 18 de Mateus: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19).
            Pelo poder do Cristo, Filho do Deus vivo, podemos orar e ligar na terra as bênçãos que serão ligadas no céu. Pedro recebeu esta revelação que hoje foi estendida a todos nós.
ü  Você já usou sua autoridade espiritual na oração?

II. A Chave de Davi - Isaías 22.19-23
Isaías 22.19-23 fala do mordomo Sebna que havia aconselhado o rei Ezequias a uma aliança com o Egito contrariando o conselho do profeta Isaías.
Por isso ele seria derribado de sua posição (19) e Eliaquim seria colocado em seu lugar. Eliaquim seria chamado de servo do Senhor, vestiria túnica de honra com faixa e receberia todo o poder. Seria tão fiel a Deus que todos o veriam como um pai (21).
Ele teria a chave do palácio e decidiria quem teria acesso ao rei. Isso significa autoridade (22): “Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá”. As chaves de Davi simbolizam o poder da oração.
Ap 3.7 fala da chave que está nas mãos do Senhor Jesus: “Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá”.
Quando somos fiéis aos preceitos do Senhor e agimos com fé, temos as chaves da oração que abrem as portas espirituais sobre todas as áreas de nossa vida. Jesus nos dá a chave de Davi.
ü Como é sua vida de Oração? O que você necessita de Deus hoje?

III. A Chave da Humildade - Salmo 138.1-8
O Salmista afirma que Deus é o único que pode receber louvor (1).
Deus é aquele que atende ao Clamor (3), contudo, só atente a oração dos humildes (6): “O SENHOR é excelso, contudo, atenta para os humildes; os soberbos, ele os conhece de longe”.
A humildade é a chave da oração. A Bíblia diz que a humildade traz galardão: “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida”. Provérbios 22.4.
A humildade precede a honra: “...diante da honra vai a humildade. Provérbios 18.12.
Por isso que devemos viver com a chave da humildade: “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor”. Efésios 4.2
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”. Colossenses 3.12
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. Filipenses 2.3. ...revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. 1 Pedro 5.5.
            Nossas orações são respondidas através da nossa fé e humildade. O soberbo não é abençoado.
ü  Qual a diferença entre um soberbo e um humilde?

IV. A Chave do Conhecimento de Deus - Romanos 11. 33-36
Romanos 11. 33-36 é um lindo hino que exalta a soberania de Deus. “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém”!
Nossas orações são dirigidas ao Senhor que é soberano. Aquele que é o dono de tudo. Seus juízos são insondáveis. Ninguém conhece a mente do Senhor. É absolutamente e infinitamente inescrutável.
Ter o conhecimento da grandeza de Deus aumenta a nossa fé. Sabemos que, em Cristo Jesus, o Pai escuta nossas orações e fará exatamente o que deseja. Por isso João nos ensina: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”. 1 João 5.14.
Conhecer a Deus e a chave da oração. Conhecer a verdade de que nunca o conheceremos de fato e ao mesmo tempo, em Cristo Jesus, temos acesso a sua intimidade e comunhão.
Quem conhece Deus ora com simplicidade, fé e esperança. Assim como uma criança se dirige a seu pai.
ü  Como é sua relação de adoração, oração e louvor a Deus?

Conclusão:
            A Igreja tem o poder de ligar e desligar através da vida de oração. Precisamos ficar atentos para conhecer a situação da nossa sociedade e agir em oração desligando as maldições e ligando as bênçãos de Deus. Que tenhamos mais vida de oração: tanto privada quanto coletiva.

Oração
Ó Deus, ensinaste-nos que amar a Ti e ao nosso próximo é guardar os teus mandamentos; concede-nos a graça do teu Espírito Santo para que sejamos consagrados a ti com todo o nosso coração e unidos uns aos outros com pura afeição; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

20º Domingo Comum - Ano A

Resultado de imagem para Jesus e a cananeia ícone

20º Domingo Comum
A Salvação dos Gentios
Is 56.1,6,7 / Sl 67.2,3,5-7 / Rm 11.13-15,29-32 / Mateus 15.21-28

Na Bíblia Sagrada existem dois povos: O povo da Promessa (Israel) e os povos gentios. Os gentios são os povos que não pertencem a Israel. Não estão debaixo da promessa de Abraão. Não são filhos carnais de Abraão.
Contudo, em Cristo Jesus esta barreira foi quebrada na cruz do Calvário. Javé é o Deus dos judeus e dos gentios (Rm 3.29). Os gentios são agora coerdeiros (Ef 3.6).  Por isso não há mais separação, pois todos são um em Cristo (Gl 3.28). Cristo é tudo em todos (Cl 3.11).
Hoje veremos a bênção da Salvação para todos os povos.

I. O Ensino sobre a Salvação dos Gentios - Mateus 15.21-28
Para ensinar aos apóstolos sobre a salvação dos gentios, Jesus se dirigiu as terras de Tiro e Sidom (terra dos gentios) e encontrou propositalmente uma mulher Cananéia pedindo a libertação de sua filha (22).
Jesus não lhe responde nenhuma palavra e os discípulos pedem para lhe atender e lhe mandar embora (23). Contudo Jesus deixa claro que, pela tradição, não poderia lhe atender. Sua missão principal era resgatar as ovelhas perdidas da casa de Israel (24).
A mulher não desiste e o adora e clama por socorro (25).
Para os judeus, os gentios eram como cães. Por isso o Senhor provoca os apóstolos dizendo (26): “Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”.
A mulher, demonstrando aos apóstolos o poder da fé e da perseverança, diz (27): “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”.
Diante da fé da Cananeia, o Senhor afirma (28): “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres”.
Sua filha foi liberta e os apóstolos foram ensinados que a salvação do Senhor também é para todos os gentios, sem exceção.
Este evangelho nos ensina a nunca fazermos acepção de pessoas. Todos podem ser salvos e libertos.

II. A Profecia sobre a Salvação dos Gentios - Isaías 56.1,6,7
            O que o Senhor fez acolhendo o pedido da Cananeia e abrindo a salvação para todos os gentios estava profetizado no Antigo Testamento.
A Salvação de Deus foi profetizada para todos os povos (1). O profeta Isaías diz que os estrangeiros se achegarão para servir e amar o nome do Senhor (6) e serão levados à Casa de Oração que era restrita apenas a Israel (7).
Os profetas anunciaram que a Salvação era para todos os povos. Por isso, precisamos enviar missionários a todos os povos da terra.

III. O Projeto de Deus para os Gentios - Salmo 67.2,3,5-7
Jesus se dirigiu para as terras de Sidom e Tiro, terra dos gentios, por que este sempre foi o projeto de Deus. O objetivo do Senhor era que Israel fosse um povo sacerdotal que evangelizasse todos os povos. Contudo, sabemos que Israel falhou em sua missão.   
Vemos no Salmo 67 que Deus deseja que todas as nações conheçam a graça da Salvação (2), louvem o nome do Senhor (3,5) e tenham a alegria que vem do céu (4).
No projeto de Deus a salvação dos Gentios sempre foi prioridade, por isso precisamos orar diariamente pela conversão dos povos não alcançados.

IV. Israel e a Salvação dos Gentios - Romanos 11.13-15,29-32
Jesus é o salvador dos gentios e o apóstolo Paulo recebeu a missão de ser o apóstolo dos gentios (13). Ele foi responsável de levar a salvação de Deus a todos os povos.
Na carta aos Romanos, Paulo nos ensina que Israel, em sua desobediência, permitiu que a salvação fosse compartilhada com todos gentios.
Um dia o povo de Israel será salvo (29) “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis”. Mas a dureza do coração de Israel permitiu a salvação dos gentios. Paulo diz (32): “Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”.
Até mesmo a incredulidade de Israel foi uma estratégia de Deus para estender a salvação a todos os povos.
Não devemos ter ódio e aversão aos judeus. Pelo contrário, precisamos agradecer a Deus pelo povo de Israel e orar por sua conversão.

Conclusão:
                O Evangelista João diz que Deus amou o mundo de tal maneira que enviou seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). Esta vida eterna é destinada a todos que aceitam Jesus como Senhor e Salvador. Em Cristo Jesus todos podem ser salvos: Judeus e gentios.
Por isso não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos nós somos um em Cristo Jesus. (Gálatas 3.28).

Oração
Deus Onipotente, que edificaste tua Igreja sobre o fundamento dos Apóstolos e Profetas, sendo Jesus Cristo mesmo a principal pedra angular; concede que sejamos unidos em espírito por meio de seu ensino e feitos um santo templo aceitável a teus olhos; mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.






segunda-feira, 7 de agosto de 2017

19º Domingo Comum - Ano A

Resultado de imagem para ícone ortodoxo o Senhor anda sobre as águas
19º Domingo Comum
A Presença de Deus
I Rs 19.9-13 / Sl 85.9-13 / Rm 9. 1-5 / Mateus 14.22-33

            Deus sempre se manifesta em nossa vida. Mesmo diante do medo, da solidão, da injustiça e da incredulidade. Ele sempre estará nos procurando para transformar e salvar nossa história. Ele não desiste de nós. Hoje veremos a presença de Deus se manifestando em várias situações.

I. A Presença de Deus e o Medo - Mateus 14.22-33
O Evangelho de Mateus relata que Jesus ordenou os discípulos a passarem para o outro lado do lago da Galiléia (22). Logo após, Ele subiu ao monte para orar (23).
O barco dos discípulos, à noite, começou a ser açoitado pelas ondas do mar e pelo vento contrário (24). Jesus foi ter com eles andando sobre as águas e os eles pensam que fosse um fantasma (25,26). Tiveram medo das ondas e medo de Jesus.
O Senhor tenta acalmá-los (Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!).
Pedro com ousadia, incredulidade e dúvida diz (28): “Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”.
Jesus o chama. Ele começa a andar sobre as águas até reparar na força do vento. Assim começou a afundar e gritou por socorro.  Jesus lhe toma pela mão e diz (31): “Homem de pequena fé, por que duvidaste”?
Logo após, o Senhor subiu no barco e a tempestade se acalmou. Os apóstolos o adoraram e disseram (33): “Verdadeiramente és Filho de Deus”!
Diante do medo do mar, das ondas e do vento, a presença de Deus trouxe segurança e acalmou a tempestade do coração dos discípulos.
Muitas vezes nossos medos são causados pelas tempestades que se alojam em nosso coração. Esta é a maior tempestade.
ü  Você está enfrentando alguma tempestade em seu coração?

II. A Presença de Deus e a Solidão - I Reis 19.9-13
            O profeta Elias foi ameaçado de morte por Jezabel. Com medo, fugiu para o deserto e pediu a morte ao Senhor. Quando estava dormindo, um anjo lhe apareceu e lhe deu pão e água duas vezes.
Com a força daquela comida, Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites até o Monte Horebe, no Sinai.
            No Monte, o profeta diz ao Senhor que havia ficado sozinho. Ele declara (10): “Tenho sido zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida”.
Na realidade existiam sete mil profetas fiéis ao Senhor. Contudo Elias se sentia sozinho na batalha.
Ele saiu da caverna e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas. Depois do vento, um terremoto e depois do terremoto um fogo. Mas Deus não estava no forte vento, nem no terremoto e nem no fogo.
Logo após apareceu um cicio (som brando, murmúrio) tranquilo e suave. Elias percebe a presença de Deus. O texto diz: “Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias”?
Elias estava sentindo-se sozinho diante da luta. Não tinha mais forças para continuar. A dor de lutar sozinho por uma causa o havia enfraquecido. Mas a presença de Deus restaurou a confiança de Elias e demonstrou que ele não estava sozinho.
Muitas vezes sofremos por que pensamos que estamos sozinhos. Além de Deus está ao nosso lado, ele também levanta homens e mulheres com os mesmos propósitos na batalha espiritual da vida. Não podemos deixar o sentimento de solidão encontrar espaço em nosso coração.
ü  Existe alguma área de sua vida que você está se sentindo sozinho? Gostaria de compartilhar com a gente?

III. A Presença de Deus e as injustiças - Salmo 85.9-13
O mundo está cercado de injustiças. Você pode citar algumas?
O Salmo 85.9-13 fala da vinda da salvação de Deus sobre a terra. É um salmo que profetiza a vinda de Cristo que trará justiça sobre a terra. A presença de Deus virá para vencer todas as injustiças.
            Com Jesus a graça, a verdade, a justiça e a paz se encontram e se manifestam na terra e no céu (10,11).
            Em Cristo, Deus manifestou sua bondade sobre a terra (12). Seguir a Jesus é fazer de suas pegadas um caminho diferente de confiança na justiça divina (13).
            Não deixe que as injustiças do mundo vença seu coração. Creia que a presença de Deus abaterá todas as injustiças e um dia a verdade triunfará. O mal não é eterno. Eterna é a justiça de Deus.
ü  Você confia que a justiça de Deus triunfará? Então alegre seu coração.
           
IV. A Presença de Deus e a Incredulidade - Romanos 9. 1-5
Israel é o povo eleito. O povo da promessa. Contudo a incredulidade o impediu de receber a salvação trazida pelo Senhor Jesus.
Paulo fala de sua grande tristeza pelo fato de Israel não ter recebido Jesus como Senhor e Salvador (2). Muitos judeus se converteram, contudo, a nação como um todo não aceitou Jesus como messias.
            Paulo desejava tanto a salvação de seu povo que disse (3): “porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne”.
            Israel é o povo separado. O povo da promessa. Paulo afirma (4,5): “São israelitas. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém”!
            Contudo, mesmo sendo povo da promessa, não reconheceram Jesus como o Senhor e Salvador.
            Cremos pelas profecias, que no final dos tempos a presença de Deus retirará toda incredulidade de Israel. Cristo voltará com a igreja e reinará sobre Sião.
            Por isso, não deixe a incredulidade reinar em seu coração. A incredulidade nos faz perder as maiores oportunidades.
ü  Você já perdeu muitas bênçãos por causa da incredulidade?

Conclusão:
            Vamos dizer com fé: Verdadeiramente és Filho de Deus!
Jesus nos resgata do medo, da solidão, das injustiças e da incredulidade. Quem Tem Jesus como Senhor e Salvador, tem a vida eterna.

Oração
Ó Senhor, faze com que tenhamos amor e reverência constantes, porque nunca deixas de ajudar e governar os que colocaste sobre o fundamento seguro de tua bondade; mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Festa da Transfiguração do Senhor - Ano A

Resultado de imagem para ícone da transfiguração

Festa da Transfiguração do Senhor
A Glória do Senhor Jesus
Dn 7.9-14 / Sl 97.1-12 / II Pe 1.16-19 / Mateus 17.1-9

Transfiguração significa metamorfose. Ou seja, mudança de forma.
Jesus subiu ao Monte e foi transfigurado diante de seus discípulos revelando assim, mais uma vez, a sua glória.
Tiago chama o Senhor Jesus de “Senhor da Glória” (Tg 2.1). Em seu primeiro milagre em Caná da Galiléia, Jesus manifestou a sua glória e os seus discípulos creram Nele (Jo 2.11).
Hoje comemoramos a Festa da Transfiguração do Senhor, quando, no monte, Jesus revelou mais claramente sua glória a Pedro, Tiago e João. A glória que Jesus manifestou no “Monte Tabor” foi uma antecipação da Sua glória que ocorreria na Ressurreição e na Ascensão.
Hoje veremos a glória de Jesus transformando e transfigurando nossas vidas.  

I. A Glória no Monte - Mateus 17.1-9
Porque Jesus foi transfigurado? Em Mateus 16 entendemos o propósito da Transfiguração. O Senhor Jesus havia levado os discípulos até Cesaréia de Filipe e lá perguntado sobre quem dizia o povo ser ele (13). Deram várias respostas. Mas Pedro inspirado pelo Espírito Santo disse que Jesus era o Cisto, o Filho do Deus vivo (16).
Logo depois Jesus começou a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia (21).
Pedro não acredita, e usado pelo diabo, começou a reprová-lo (22). Jesus percebe satanás na vida de Pedro e diz: “Arreda, satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (23).
            Logo depois Jesus ensina sobre a importância da cruz na vida do discípulo (24-26): “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.
            Entendendo a crise de Pedro e dos discípulos, Jesus levou Pedro, Tiago e João ao Monte para revelar a glória da Ressurreição.
Elias e Moisés apareceram falando dos acontecimentos que ocorreriam na semana santa em Jerusalém. Viram a glória do Senhor na nuvem. Ouviram a voz do Pai. Entenderam o ministério da cruz e foram impactados.
            Foram transfigurados espiritualmente ao verem a glória do Senhor.
            Muitas vezes nossa vida precisa de um novo impacto. Não podemos ver Jesus apenas como um grande profeta. Ele é o Senhor da Glória.
Que esta glória venha transfigurar nossa vida.
ü  Sua vida já é transfigurada? Você já se considera uma pessoa diferente do mundo? Você está precisando de um novo impacto?

II. A Glória de Jesus profetizada por Daniel - Daniel 7.9-14
            Daniel também viu a Glória do Senhor Jesus.
            Ele relata que viu tronos e o Ancião de Dias (Deus Pai) se assentou. Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Ele era servido por milhares de milhares de anjos. A sua glória fazia sair um rio de fogo diante dele. Como rei da Glória se assentou no tribunal e lhe foram dados os livros para julgar.
Logo após Daniel vê o Filho do Homem (Jesus Cristo) vindo nas nuvens e foi ao encontro do Ancião de Dias (Deus Pai), e (14) “foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído”.
Daniel percebeu que a Glória de Jesus é eterna. Quem tem Jesus em sua vida tem segurança eterna.
Tudo passa. Até a nossa vida e conquistas passarão. Mas quem permanece com Jesus será para sempre acolhido no seu reino eterno de glória.
Não troque a Glória de Jesus pela glória do mundo. Não negocie sua salvação pelosa coisas passageiras do mundo. Jesus tem todo poder e domínio. Ele é o Rei da Glória. Não abra mão de sua comunhão com o Rei da Glória.
ü  Como podemos ajudar uma pessoa que se afastou da glória do Senhor?

III. A Glória de Jesus cantada nos Salmos - Salmo 97.1-12
            O Salmista canta profeticamente a Glória do Messias Jesus manifestada no Monte da Transfiguração.
Ele afirma que Jesus reina e a terra se alegra (1). A justiça e juízo são a base do seu trono (2). Fogo e relâmpagos são a manifestação do seu poder (3,4) e em Sua presença os montes se derretem como cera (5).
O Versículo 6 diz: “Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua glória”. Ele é altíssimo, tremendo e acima de todos os deuses e ídolos (9).
            Quem ama o Senhor, detesta o mal (10) e sobre os justos e retos ele derrama luz e alegria (11). Por isso o salmista diz (12): “Alegrai-vos no SENHOR, ó justos, e dai louvores ao seu santo nome”.
            Devemos olhar para a glória de Jesus e cantar louvor ao Seu Nome. Ele é eterno e eterno deve ser o nosso louvor. Nada. Absolutamente nada, pode nos afastar do louvor devido ao Nome de Jesus.
ü  Você tem o costume de cantar louvor a Jesus diariamente?

IV. A Glória de Jesus recordada pelo Apóstolo Pedro - II Pedro 1.16-19
            Pedro, Tiago e João estiveram no Monte da Transfiguração. Esta experiência marcou principalmente a vida do apóstolo Pedro.
            No ano 66 dC, Pedro escreve uma carta onde recorda a Glória do Monte da Transfiguração.
            No versículo 16 ele afirma não seguir fábulas, pois foi testemunha ocular de sua majestade e glória.
Pedro diz (17,18): “pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo”.
            Pedro recorda que a Transfiguração foi uma confirmação da Palavra profética. Quem obedece às profecias do Senhor brilhará diante desse mundo tenebroso (19).
            O mundo apresenta muitas fábulas e religiões. Mas nós seguimos o Senhor da Glória. Jesus é a única verdade que liberta. Ele é o Senhor. Não procure verdades nas religiões ou em filosofias. Fique apenas com Jesus. Tenha o conhecimento em todas as áreas, mas nunca relativize sua fé no Senhor Jesus. Ele não é fabula. Ele é a verdade que liberta.
ü  Você tem recordado e testemunhado o que Jesus fez em sua vida?

Conclusão:
            Conhecer Jesus é tudo. Sua glória tem o poder de mudar nossa vida. Independente da nossa incredulidade ou fraqueza, Ele permanece para sempre imutável. Ele é revestido de glória e majestade. Fique com Jesus. A sua Glória transfigurará sua vida.

Oração
Ó Deus, que, antes da Paixão de teu unigênito Filho, revelaste a sua glória sobre o monte, na Transfiguração; concede que nós, contemplando pela fé o resplendor de sua face, sejamos fortalecidos para carregar a nossa cruz e transformados na sua semelhança de glória em glória; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.