terça-feira, 31 de julho de 2018

18º Domingo Comum - Ano B


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18º Domingo Comum
A Motivação Certa
João 6.24-35

O Evangelho do domingo passado nos contou como Jesus alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes, na “outra” margem do Lago de Tiberíades (Jo 6.1-15). Ao “cair da tarde” desse mesmo dia, Jesus e os discípulos voltaram a Cafarnaum (Jo 6.16-21).
O episódio que o Evangelho de hoje nos apresenta situa-nos em Cafarnaum, no “dia seguinte” ao episódio da multiplicação dos pães e dos peixes.
Nessa manhã, a multidão ainda estava do “outro lado” do lago, apercebeu-se de que Jesus tinha regressado a Cafarnaum e dirigiu-se ao seu encontro.
A multidão encontra Jesus na sinagoga de Cafarnaum – uma cidade situada na margem ocidental do Lago. Confrontado com a multidão, Jesus profere um discurso (Jo 6.22-59) que explica o sentido do gesto realizado (a multiplicação dos pães e dos peixes).

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

A cena inicial (v24) parece sugerir, à primeira vista, que a pregação de Jesus alcançou um êxito total: a multidão está entusiasmada, procura Jesus com afã e segue-O para todo o lado. Aparentemente, a missão de Jesus não podia correr melhor.
Contudo, Jesus percebe facilmente que a multidão está equivocada e que O procura pelas razões erradas (não pelo Sinal Espiritual, mas pelo pão material).
Na verdade, a multiplicação dos pães e dos peixes pretendeu ser, por parte de Jesus, um sinal de que Ele era o Messias (um novo Moisés, o profeta anunciado), mas a multidão não foi sensível ao significado profético do gesto e só percebeu que Jesus podia oferecer-lhe, de forma gratuita, pão em abundância.
Assim, o fato de a multidão procurar Jesus e se dirigir ao seu encontro não significa que tenha crido em sua missão messiânica; significa, apenas, que viu em Jesus um modo fácil e barato de resolver os seus problemas materiais.
Jesus está consciente de que é preciso desfazer, quanto antes, esse mal-entendido. Por isso, nem sequer responde à pergunta inicial que Lhe põem (“Mestre, quando chegaste aqui?” – vers. 25); mas, mal se encontra diante da multidão, procura esclarecer coisas bem mais importantes do que a hora da sua chegada a Cafarnaum…
As palavras que Jesus dirige àqueles que O rodeiam põem o problema da seguinte forma: eles não procuram Jesus, mas procuram a resolução dos seus problemas materiais (v26). Trata-se de uma procura interesseira e egoísta, que é absolutamente contrária à mensagem que Jesus procurou passar-lhes.
 Depois de identificar o problema, Jesus deixa-lhes um aviso: é preciso esforçar-se por conseguir, não só o alimento que mata a fome física, mas sobretudo o alimento que sacia a fome espiritual. A multidão, ao preocupar-se apenas com a procura do alimento material, está a esquecer o essencial – o alimento que dá vida definitiva.
Esse alimento que dá a vida eterna é o próprio Jesus que o traz (27).
O que é preciso fazer para receber esse pão? – pergunta-se a multidão (28). A resposta de Jesus é clara: é preciso acreditar que Jesus foi enviado pelo Pai como o Messias (29).
Na cena da multiplicação dos pães, a multidão não aderiu ao Jesus Messias; apenas correu atrás do profeta milagreiro que distribuía pão e peixes gratuitamente e em abundância…
Por que é que Jesus não realiza um gesto espetacular – como Moisés, que fez chover do céu o maná, não apenas para cinco mil pessoas, mas para todo o Povo e de forma continuada – para provar que a proposta que Ele faz é verdadeiramente uma proposta geradora de vida (31)?
Jesus responde pondo a questão da seguinte forma: o maná foi um dom de Deus para saciar a fome material do seu Povo; mas o maná não é esse “pão” que sacia a fome de vida eterna do homem. Só Deus dá aos homens, de forma contínua, a vida eterna; e esse dom do Pai não veio ao encontro dos homens através de Moisés, mas através de Jesus (32-33).
Portanto, o importante não é testemunhar gestos espetaculares, que deslumbram e impressionam, mas não mudam nada; mas é acolher a proposta que Jesus faz e vivê-la nos gestos simples de todos os dias.
A última frase do nosso texto identifica o próprio Jesus, já não com o “portador” do pão, mas como o próprio pão que Deus quer oferecer ao seu Povo para lhe saciar a fome e a sede de vida eterna (35).

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________

·         A multidão estava entusiasmada porque entendeu o sinal de Jesus de forma errada. Precisamos vigiar a nossa vida e as nossas motivações. Muitas vezes estamos equivocados. Buscamos em Jesus apenas os bens para este mundo sem a devida preocupação com a salvação e a vida eterna.
·         O Jesus sabia da motivação errada das multidões. Ele conhece a verdade do nosso coração e sabe se procuramos a salvação eterna ou apenas entretenimento religioso.
·         Muitas vezes não percebemos os sinais de Deus em nossa vida e tomamos atitudes erradas. Precisamos vigiar nossos sentimentos e percepções.
·         Nem todos que procuram Jesus, o procuram para alcançar a vida eterna e ter uma vida em santidade. Procuram apenas pelos benefícios terrenos.
·         Precisamos fazer as seguintes perguntas: Estamos procurando fazer a vontade de Deus ou caçando os nossos próprios interesses?
·         Devemos buscar saciar a fome material e a cura para as nossas enfermidades, sem esquecer o essencial que é a nossa santidade e a nossa salvação eterna.
·         Mais importante do que comer o pão multiplicado, é comer o Pão do Céu que é o próprio Jesus.
·         Temos uma fome espiritual que o pão multiplicado nunca poderá saciar.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Desejamos te seguir como o nosso Pão que veio do Céu. Que a nossa fome seja fazer a Tua vontade. Que nosso seguimento não seja por interesses terrenos e mundanos, mas que desejamos, em todo o tempo, fazer a tua vontade e viver em santidade. Retira as motivações erradas do nosso coração e estabeleça o princípio de honra ao Pão vivo que desceu do céu. Que não estejamos te seguindo pelos benefícios materiais e terrenos, mas por causa da mensagem transformadora do Seu Evangelho. Por Jesus Cristo, nosso Pão Espiritual, na comunhão com o Espírito Santo. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
______________________________________________________________________

Conclusão:
            Hoje, muitas igrejas evangélicas promovem a motivação errada. Multidões estão seguindo Jesus, não pelo seu messianismo, mas pelo pão que perece. Podemos levar a cura divina e a solução de Deus para todos os problemas, mas precisamos apontar para a vida eterna e para a santidade que Ele tem a nos ofertar. Que sejamos discípulos guiados pela motivação que agrada o coração de Jesus.


terça-feira, 24 de julho de 2018

17º Domingo Comum - Ano B


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17º Domingo Comum
O Desafio de Alimentar a Multidão
João 6.1-15

O Evangelho de Hoje fala dos desafios que o Senhor coloca em nossa frente. Como reagimos diante dos desafios? O Senhor Jesus nos ensina a viver o sobrenatural agindo na fé e na fidelidade aos projetos de Deus.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

O Evangelho relata que Jesus atravessou o mar da Galiléia e foi seguido por uma numerosa multidão que tinha visto os “sinais que ele fazia na cura dos enfermos”.
Aproveitando a oportunidade de ter uma multidão a sua volta, Jesus sobe ao monte com seus discípulos.
Sabendo o que ia fazer, Jesus experimentou Filipe perguntando: “Onde compraremos pães para lhes dar a comer”?
Filipe tinha certeza que nem mais da metade de um ano trabalhado (200 denários) não seria suficiente. Era impossível suprir a necessidade do povo.
André também expõe a carência dos seus recursos: “Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente”?
Jesus ignora as duas impossibilidades. Simplesmente ordena que os apóstolos façam os quase cinco mil homens se assentarem na relva.
A primeira atitude de Jesus é tomar os pães e os peixes e dar graças. Depois os apóstolos os distribuíram. Todos comeram até ficarem fartos.
Jesus então manda recolher o que sobrou e ter cuidado para que nada se perca. “Assim, pois, o fizeram e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido” (13) (um cesto para cada apóstolo).
Os homens reconheceram que Jesus era o messias e desejam arrebatá-lo para proclamá-lo rei. Mas Jesus recusa esta ação humana e sobre novamente sozinho para o monte.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________
A multidão foi abençoada porque seguiu Jesus. Só seremos abençoados quando tivermos a disposição de seguir o Senhor com fé, esforço e sacrifício.
O Senhor Jesus tem interesse especial pela multidão. Ele senta no monte e espera ela se aproximar. Que possamos nos interessar pelas multidões de perdidos que encontramos todos os dias pelas ruas.
Muitas vezes o Senhor nos experimenta (assim como fez com Filipe) para que possamos, nós mesmos, conhecer nossos limites e impossibilidades.
Quantas vezes nos sentimos incapazes diante dos desafios propostos pelo Senhor? Filipe e André se sentiram incapazes.
Para o Senhor Jesus não existe impossibilidades. Precisam enfrentar os desafios com os olhos de Jesus. Ele está conosco sempre.
Ele ordena e os apóstolos obedecem. Precisamos aprender a obedecer as ordens do Senhor. Nossa necessidade não moverá os braços do Senhor. O que moverá os braços do Senhor é a nossa fidelidade as suas ordens (isso se aplica também aos dízimos).
Diante dos poucos recursos, o Senhor deu graças. Este é um princípio do milagre. Precisamos dar graças pelo que chega a nossas mãos, mesmo se forem apenas “cinco pães e dois peixes”.  
Jesus manda recolher o que sobrou. Temos que aprender a viver com o pouco e sem desperdício. Desperdício é pecado.  
Os apóstolos serviram a multidão e ganharam, cada um, uma cesta de pães. Quando servimos a obra de Deus somos prósperos e supridos pelo Senhor. A fidelidade nunca nos deixará pobres.
Jesus sobe ao monte sozinho para fugir das propostas do mundo. Precisamos aprender a nos retirar das propostas que o mundo nos oferece. Precisamos literalmente fugir das paixões (Leia II Tm 2.22).

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Sabemos que o Senhor é o Deus de nossa vida. Por isso te seguimos com fé e perseverança. Sabemos que o Senhor sempre nos acolhe. Auxilie-nos em nossa pouca fé diante dos momentos onde somos experimentados. Muitas vezes nos sentimos incapazes e impossibilidades em ter a fé necessária para abençoar o mundo. Sabemos que para o Senhor não há impossibilidades. Que sejamos fiéis e obedientes as suas ordens. Que nossa fidelidade venha mover Seus braços. Ajuda-nos a viver em ações de graças mesmo diante dos poucos recursos. Que venhamos ser mordomos fiéis dos recursos que chegam a nossas mãos. Sabemos que a abundancia seguirá nossa vida se vivermos em obediência. Por Jesus nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
O Segredo da vitória é a minha fidelidade ao Senhor. Temos que obedecer e andar no sobrenatural para podermos alcançar as multidões e ser instrumento de Deus para alimentar a fome de salvação e justiça. Que haja fé e obediência em nosso caminho.







terça-feira, 17 de julho de 2018

16º Domingo Comum - Ano B


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16º Domingo Comum
O Regresso dos Apóstolos
Mc 6.30-34

No Evangelho de hoje os apóstolos regressam da Missão e prestam um relatório a Jesus. O texto fala também da necessidade do descanso, da solidão com Cristo e do ministério de sermos pastores para as multidões sofridas. Deus deseja que sejamos continuadores da obra de Jesus no mundo.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______
O Evangelho deste domingo apresenta-nos o regresso dos enviados de Jesus (Em Mc 6.7-13 eles foram enviados para a missão). Marcos chama-lhes, agora, de  “apóstolos” (enviados): é a única vez que a palavra aparece no Evangelho segundo Marcos. A missão correu bem e os “apóstolos” estão entusiasmados, mas naturalmente cansados.
O nosso texto começa com a narração do regresso dos discípulos que, entusiasmados, contam a Jesus a forma como se tinha desenrolado a missão que lhes fora confiada (vers. 30).
Na sequência, Jesus convida-os a irem com Ele para um lugar isolado e descansarem um pouco (vers. 31). A referência à necessidade de os “apóstolos” descansarem (pois nem sequer tinham tempo para comer) pretende ser um aviso contra o ativismo exagerado, que destrói as forças do corpo e do espírito e leva, tantas vezes, a perder o sentido da missão.
Os “apóstolos” são convidados por Jesus a irem com Ele para um lugar isolado. Não sabemos a onde ficava este lugar (Marcos não diz). Na realidade, o que interessa aqui não é o lugar geográfico, mas sim que esse “descanso” deve acontecer junto de Jesus. É ao lado de Jesus, escutando-O, dialogando com Ele, gozando da sua intimidade, que os discípulos recuperam as suas forças.
Os discípulos foram, com Jesus, para um lugar deserto (vers. 32); mas as multidões adivinharam para onde Jesus e os discípulos se dirigiam e chegaram primeiro (vers. 33).
As multidões tinham seguido Jesus e os discípulos a pé – quer dizer, deslocando-se à volta do Lago de Tiberíades, com o barco sempre à vista. Esta busca incansável e impaciente espelha a ânsia de vida que as pessoas sentem. Jesus, cheio de compaixão, interrompe seu descanso e compara a multidão a um rebanho sem pastor. O texto diz que ao desembarcar, Jesus viu as pessoas, teve compaixão delas (“porque eram como ovelhas sem pastor”) e pôs-se a ensiná-las (vers. 34).


II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
            O que Deus falou com você neste Evangelho? ________________
Precisamos relatar a Jesus o resultado da missão que Ele colocou em nossas mãos para fazer. Prestaremos relatórios de tudo. 30 Voltaram os apóstolos à presença de Jesus e lhe relataram tudo quanto haviam feito e ensinado.
Precisamos aprender a ter tempo para o descanso, o esporte, a caminhada e o silêncio com Deus. Nossa vida precisa ser de missão ativa e ao mesmo tempo de cuidado com o corpo e com a alma.  31 E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham.
Precisamos ter momentos solitários com Jesus. 32 Então, foram sós no barco para um lugar solitário.
Se tivermos Jesus, muitas pessoas irão procurar nossa ajuda e nosso socorro. 33 Muitos, porém, os viram partir e, reconhecendo-os, correram para lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram antes deles.
Precisamos ter compaixão pelas pessoas. Ter tempo para ministrar e ensinar o Evangelho do Senhor. As pessoas são ovelhas que necessitam do nosso pastoreio. 34 Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e compadeceu-se deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E passou a ensinar-lhes muitas coisas.


III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Obrigado por ter me enviado a realizar a sua Missão. Desejo ser fiel e relatar tudo que tem acontecido em minha vida, inclusive meus pecados e minha falta de zelo. Desejo priorizar também meu tempo de descanso a sós com o Senhor. Minha intimidade com sua presença precisa aumentar todos os dias. Somente com o Senhor poderei ministrar ao mundo. Sei que as pessoas irão me procurar para ser a mão de Cristo que acolhe e pastoreia. Que eu tenha sempre compaixão pelas multidões e esteja disposto a ensinar Tua Palavra que cura e transforma. Por Jesus Cristo, Seu Único Filho, na unidade do Espírito Santo, agora e sempre. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

Conclusão:
            Os discípulos obedeceram e tiveram bênçãos para relatar. Que nossa vida seja de obediência ao Senhor. Esta precisa ser a nossa maior característica. Precisamos ser obedientes em todas as áreas, inclusive na fidelidade mensal aos dízimos e no trabalho na missão.  

terça-feira, 10 de julho de 2018

15º Domingo Comum - Ano B


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15º Domingo Comum - Ano B
A Missão dos Discípulos
Marcos 6.7-13


O Evangelho do 15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus atua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projeto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projeto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

Marcos começa por deixar claro que a iniciativa do chamamento dos discípulos é de Jesus: Ele “chamou-os” (vers. 7). Não há qualquer explicação sobre os critérios que levaram a essa escolha: falar de vocação e de eleição é falar de um mistério insondável, que depende de Deus e que o homem nem sempre consegue compreender e explicar.
Depois, Marcos aponta o número dos discípulos que são enviados (“doze”). Porque exatamente “doze”? Trata-se de um número simbólico, que lembra as doze tribos que formavam o antigo Povo de Deus. Estes “doze” discípulos representam simbolicamente a totalidade do Povo de Deus, do novo Povo de Deus. É a totalidade do Povo de Deus que é enviada em missão.
Os “doze” são enviados “dois a dois”. É provável que o envio “dois a dois” tenha a ver com o costume judaico de viajar acompanhado, para ter ajuda e apoio em caso de necessidade; pode também pensar-se que esta exigência de partir em missão “dois a dois” tenha a ver com as exigências da lei judaica, de acordo com a qual eram necessárias duas testemunhas para dar credibilidade a qualquer anúncio (cf. Dt 19.15; Mt 18.16).
Logo após, Marcos define a missão que Jesus lhes confiou (“deu-lhes poder sobre os espíritos impuros”). A missão é um enfrentamento direto contra os demônios. Contudo, Deus deu aos apóstolos o poder sobre os espíritos imundos.
Em seguida, vêm as instruções para a missão (vers. 8-9). Na perspectiva de Jesus, os discípulos devem partir para a missão, num despojamento total de todos os bens e seguranças humanas… Podem levar um cajado (na versão de Mateus e de Lucas, os discípulos não deviam levar cajado – cf. Mt 10.10; Lc 9.3); mas não devem levar nem pão, nem alforje (duplo saco, fechado em ambas as extremidades e aberto no meio - por onde se dobra -, formando duas bolsas iguais; para ser carregado no ombro, para distribuir o peso dos dois lados), nem moedas (pequenas moedas de cobre que o viajante levava sempre consigo para as suas pequenas necessidades), nem duas túnicas.
Outra instrução refere-se ao comportamento dos discípulos diante da hospitalidade que lhes for oferecida (vers. 10-11). Quando forem acolhidos numa casa, devem aí permanecer algum tempo e não devem saltar de um lugar para o outro, ao sabor das amizades, dos interesses próprios ou alheios ou das suas próprias conveniências pessoais.
Quando não forem recebidos num lugar, devem “sacudir o pó dos pés” ao abandonar esse lugar: trata-se de um gesto que os judeus praticavam quando regressavam do território pagão e que simboliza a renúncia à impureza. Aqui, deve significar o repúdio pelo fechamento às propostas libertadoras de Deus.
Finalmente, Marcos descreve a realização da missão dos discípulos (vers. 12-13): pregavam a conversão (“metanoia” – isto é, uma mudança radical de mentalidade, de valores, de atitudes, um voltar-se para Jesus Cristo e um acolher o seu projeto), expulsavam demônios, curavam os doentes.
II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
            O que Deus falou com você neste Evangelho? ______________________

·         É Deus quem nos chama para sua obra. Não conseguimos compreender ou explicar. Precisamos apenas aceitar com gratidão a sua vocação.

·         Todo povo de Deus é enviado para a missão. A Missão de fazer discípulo pertence a cada novo discípulo. Somente fazendo discípulos temos a identidade de discípulo.

·         Nós nunca seremos enviados sozinhos. Deus sempre levantará companheiros para a Missão. A sua obra de abrir novas células e evangelizar sempre será de “dois a dois”.

·         Em qualquer caso, a exigência de partir em missão “dois a dois” sugere também que a evangelização e o discipulado tem sempre uma dimensão comunitária. Os discípulos nunca devem trabalhar sozinhos, à margem do resto da comunidade; não devem anunciar as suas ideias, mas a fé da Igreja. Quem anuncia o Evangelho, anuncia-o em nome da comunidade; e o seu anúncio deve estar em sintonia com a fé da comunidade.

·         No discipulado iremos enfrentar diretamente os demônios, mas recebemos autoridades sobre eles em Nome de Jesus.

·         Não preciso de nenhum recurso para fazer a missão. Preciso unicamente de obediência ao chamado. Os discípulos não puderam levar nem pão para a missão. Tudo seria fornecido por Deus. Precisavam apenas fazer a obra e confiar.

·         Para abrir novas células e congregações, precisamos apenas confiar na provisão e Deus.  

·         Precisamos ser livres da idolatria aos bens materiais. Os discípulos deveriam ser totalmente livres e não estar amarrados a bens materiais; caso contrário, a preocupação com os bens materiais podia roubar-lhes a liberdade e a disponibilidade para a missão. Por outro lado, essa atitude de pobreza e de despojamento ajudará também os discípulos a perceber que a eficácia da missão não depende da abundância dos bens materiais, mas sim da ação de Deus. A sobriedade e o desapego são sinais de que o discípulo confia em Deus e contribuem para dar credibilidade ao testemunho.

·         Precisamos obedecer as estratégias de Deus para a missão.

·         No anuncio do Evangelho vai a oportunidade e o julgamento. Precisamos também estar preparados para sacudir o pó dos nossos pés quando as pessoas se fecharem ao Evangelho.

·         Precisamos continuar a missão de Jesus, pregando o Evangelho e realizando os sinais de cura e libertação.


III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:__________________

Senhor. Aceito o Seu chamado para a minha vida. Sei que sou, com todo o povo de Deus, enviado para a missão de ganhar almas. Também sei que o Senhor providenciará companheiros que me auxiliarão na Missão. Nunca estarei sozinho. Sei que enfrentaremos demônios, mas também sei que o Senhor nos deu poder sobre os espíritos imundos. Que eu seja desprendido ao ponto de confiar mais no Senhor do que nos recursos financeiros. Livra-me da idolatria dos bens materiais. Que eu obedeça as estratégias do Senhor. Que eu seja forte para anunciar a tua Palavra e se necessário, sacudir o pó dos meus pés. Que eu seja fiel para continuar a missão de Jesus no mundo. Em Nome de Jesus Cristo, teu único filho, na unidade do Espírito Santo, a gora e sempre. Amém.


IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

Conclusão:
O anúncio que é confiado aos discípulos é o anúncio que Jesus fazia (o “Reino”); os gestos que os discípulos são convidados a fazer para anunciar o “Reino” são os mesmos que Jesus fez (curar enfermos e expulsar demônios). Ao apresentar a missão dos discípulos em paralelo e em absoluta continuidade com a missão de Jesus, somos desafiados a continuar na história a obra libertadora que Ele começou em favor do ser humano, fazendo novos discípulos e discípulas em todas as nações.

Fonte: http://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-b0/







terça-feira, 3 de julho de 2018

14º Domingo Comum - Ano B


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14º Domingo Comum
A Incredulidade dos Nazarenos
Marcos 6.1-6

Você já agiu com incredulidade?
O Evangelho de hoje nos levará a Nazaré. Ali morava a família do Senhor. Sua mãe, seu amado pai adotivo, seus irmãos e suas irmãs. Contudo, quando Jesus foi comentar a Palavra de Deus na sinagoga, foi desprezado pelos seus conhecidos. Por isso foi impedido de fazer milagres e curar os enfermos. Hoje aprendemos que nossa incredulidade tem o poder de impedir a ação de Deus em nossa vida.

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

No Evangelho de hoje o Senhor Jesus retorna com os seus discípulos para Nazaré, a terra de sua infância (1). Deseja ensinar e realizar ali muitos sinais.
            Como um judeu fiel, o Senhor vai ao sábado na sinagoga ensinar.
            Seus ouvintes ficam maravilhados no sentido negativo da palavra. Significa que ficaram espantados e admirados. Diziam com dúvidas e preconceito (2): “Donde vêm a este estas coisas? Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos”?
            Conheciam Sua simplicidade, pobreza e origem humilde e ficaram escandalizados. Diziam entre si (3): “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs”?
            Jesus foi rejeitado pela incredulidade dos que lhe conheciam. Por isso Ele diz (4): “Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua casa”.
            A incredulidade impediu a ação de Cristo: “Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos” (5).
            Em várias passagens dos Evangelhos, o Senhor Jesus fica admirado com a fé de seus ouvintes. Em Nazaré Ele ficou admirado da incredulidade deles por isso foi embora e percorria outras aldeias a ensinar (6).
Apesar da incredulidade dos nazarenos, Jesus permaneceu fiel a sua missão indo pregar e ensinar em outras terras. Ele não se desviou do propósito por causa da incredulidade dos outros.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
            O que Deus falou com você neste Evangelho? ______________________

·         Jesus procura seus conhecidos de Nazaré. Isso significa que Ele nunca se esquece de nós. Estará sempre nos procurando para repartir conosco suas boas novas e os seus milagres.
·         Jesus amava a Sinagoga de Nazaré. Isso me ensina que devemos amar nossa igreja onde congregamos. Devemos fazer de tudo para que seja um lugar de paz e de alegria. Um lugar acolhedor e vivo. Lugar onde entregamos nos dízimos e sustentamos a obra.  
·         Os nazarenos ouviram as palavras de Jesus com preconceito. Isso me ensina que não devo ter preconceito em ouvir a Palavra de Deus, mesmo que seja pregada por um irmão simples e humilde.
·         Tenho que aceitar o fato de que Deus pode usar qualquer pessoa para falar ao meu coração, mesmo sendo ela simples.
·         A incredulidade dos nazarenos impediu a ação de Jesus. Isso me ensina que a minha incredulidade pode impedir a ação de Deus em minha vida. Os Seus planos podem nunca se cumprir em minha história se eu agir com incredulidade.
·         O Senhor ficou admirado com a incredulidade dos judeus de Nazaré. Preciso perguntar a mim mesmo: Jesus tem ficado admirado com a minha fé ou com a minha incredulidade? Com a minha confiança ou com a minha ansiedade? Com a minha paz ou com o meu nervosismo?    
·         Jesus não parou de pregar por causa da incredulidade dos nazarenos. Isso me ensina que também não posso mudar a rota da minha missão por causa da incredulidade e critica dos outros. Preciso ser fiel ao chamado divino.

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:__________________

Senhor. Eu sei que o Senhor está sempre me procurando para me ensinar e para realizar seus sinais em minha vida. Que eu possa acolher Sua Palavra e seus profetas, sem preconceito. Que eu entenda que o Senhor pode usar qualquer pessoa que desejar. Não permita que minha incredulidade venha impedir a ação do Senhor em minha história. Quantas vezes a minha falta de fé tem fechado o céu para os Seus planos. Ajude-me a ser crente e fiel. Que eu permaneça na missão que o Senhor colocou em minha vida sem se desviar ou desanimar, por causa da incredulidade dos outros. Em Nome de Jesus, seu filho amado, na comunhão do Seu Espírito Santo. Um único Deus agora e sempre. Amém!

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

Conclusão:
Para os habitantes de Nazaré Jesus era apenas “o carpinteiro” da terra, que nunca tinha estudado com grandes mestres e que tinha uma família conhecida de todos, que não se distinguia em nada das outras famílias que habitavam na vila; por isso, não estavam dispostos a conceder que esse Jesus – perfeitamente conhecido, julgado e catalogado – lhes trouxesse qualquer coisa de novo e de diferente…
Isto deve fazer-nos pensar nos preconceitos com que, por vezes, abordamos os nossos irmãos, os julgamos, os catalogamos e etiquetamos… Que sejamos abertos para o agir de Deus, sem preconceito e sem incredulidade.