terça-feira, 9 de setembro de 2025

Evangelho do 24º Domingo Comum - ano C - A Alegria na Conversão do Pecador - Lc 15.1-32.

 



24º Domingo Comum

 A Alegria na Conversão do Pecador

Lc 15.1-32.

 

Como devemos receber as pessoas que um dia se desviaram da Igreja?

O Evangelho de hoje apresenta uma parábola em três partes: a ovelha perdida, a dracma perdida e o filho perdido. O Senhor, com estas histórias, demonstra aos religiosos que murmuravam por sua aproximação com os pecadores, que devemos nos alegrar pelas pessoas que retornam para a casa do Pai. O arrependido e convertido devem causar alegria em nosso coração. Devemos regozijar sempre pela conversão do pecador.

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

            Os pecadores se aproximavam de Jesus. O Senhor era acessível a todos. O Evangelho diz que “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir”. Os publicanos eram odiados pelos judeus, pois eram cobradores de impostos que trabalhavam para Roma.  Os pecadores eram as prostitutas e pessoas não envolvidas com a vida religiosa.

Os fariseus (um grupo judeu muito zeloso) e os escribas (copiadores e estudiosos da Bíblia) vendo esta atitude de Jesus em recebê-los, começaram a murmurar, dizendo: “Este recebe pecadores e come com eles”.

Sabendo disso, o Senhor propôs uma parábola em três partes.

A primeira é parábola da Ovelha Perdida (4-7). Jesus fala que seus ouvintes deixariam as 99 ovelhas no aprisco para buscar uma perdida. E quando a encontra, chama seus amigos e vizinhos para se alegrar. Assim também ocorre com a conversão do pecador (7): “Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.

 A segunda parábola é sobre qualquer mulher que perdendo uma dracma (equivale a uma diária de trabalho)  dentro de casa a procura diligentemente. E quando a acha, chama suas amigas e vizinhas para se alegrar. Assim também ocorre com a salvação do pecador (10): “Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende”.

Por último o Senhor Jesus conta a parábola do filho que deixa a casa do pai e gasta toda a parte de sua herança. Depois de se arrepender, volta, é acolhido com honras pelo pai, mas é rejeitado pelo filho mais velho que havia ficado em casa (11-32). Na parábola, o filho que perde tudo são os pecadores e o filho que fica em casa são os fariseus e escribas. Diante da murmuração dos religiosos o Senhor diz sobre os pecadores simbolizados no filho pródigo (a palavra pródigo significa esbanjador) (32): “...era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”. Ao invés dos religiosos estarem murmurando, deveriam se alegrar.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Os pecadores se aproximavam de Jesus. Eu permito que os pecadores se aproximem de mim para ouvir as boas novas de salvação?

·         Tenho murmurado ou tenho me alegrado quando o desviado volta para a igreja?

·         Tenho procurado as ovelhas pedidas fora da igreja? Preocupo-me em buscar quem está fora do aprisco?

·         Tenho que fazer festa com a vida de todos que retornam para os caminhos do Senhor.

·         A Dracma estava perdida dentro de casa. Tenho me preocupado com os perdidos que estão dentro da igreja? Com aqueles que visitam a casa do Senhor, mas ainda não se decidiram pelo santo batismo?

·         O filho pródigo não valoriza a casa do Pai. Tenho valorizado a alegria da Igreja do Senhor?

·         Tenho me comportado como o filho mais velho que se recusa a aceitar os pecadores arrependidos ou com o Pai que acolhe o perdido?

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Ajuda-me a ser misericordioso com os pecadores. Ajuda-me a me alegrar com os arrependidos e convertidos. Que eu tenha o coração de Jesus para amar e buscar as pessoas desviadas da Igreja. Muitas vezes temos mais alegria em buscar ovelhas perdidas e dracmas perdidas (bens materiais), do que buscar as vidas perdidas. Desejo ser um resgatador de almas para o Teu Reino. Por Cristo Jesus, nosso Salvador, um só Deus com o Pai e com o Espírito Santo. Agora e para sempre Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            O Evangelho de hoje nos desafiou a amar os pedidos e a buscá-los. São preciosos para Deus assim como uma ovelha é preciosa para seu dono, e como uma dracma é preciosa para quem a perde. Precisamos receber o perdido com as honras que o Pai recebeu seu filho pródigo. 

            Nosso coração precisa estar alegre com a conversão do pecador. Por isso não podemos deixar de buscar as vidas desviadas. Precisamos voltar a pratica de, em todos os cultos, trazer visitantes, para que possam ter a oportunidade de receber a graça do Senhor. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

23º Domingo Comum A Exigência da Abnegação Lc 14.25-33.

 


23º Domingo Comum

 A Exigência da Abnegação

Lc 14.25-33.

           

Abnegação é a renúncia à própria vontade em função de anseios espirituais e dos princípios do Evangelho.

A Abnegação é renúncia a tudo por Jesus Cristo. É o sacrifício requerido no Novo Testamento. Quem não aprendeu a abnegar não é fiel e nem faz a vontade de Deus. Sempre usará a família, o trabalho ou outros compromissos para justificar sua falta de fidelidade ao Senhor. Isso em todos os aspectos: nos compromissos aos cultos, na célula, nos dízimo e no trabalho do Senhor. Hoje o Evangelho nos ensinará sobre a exigência da Abnegação.

 

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). 

O v.25 diz que “grandes multidões o acompanhavam”. Estavam seguindo ao Senhor pelos benefícios que recebiam. Mas será que estavam dispostos a renunciar algo caro pelo Evangelho que estavam recebendo?

Jesus diz a esta multidão (26): “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.

A multidão deveria colocar Jesus em primeiro lugar, ainda que isso viesse a aborrecer a família e a própria vida. Sem este sacrifício nunca uma pessoa poderia se tornar discípula.

O discipulado exige o sacrifício da cruz e da renúncia (27): “E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo”.

Para ilustrar esta palavra o Senhor Jesus cita duas parábolas. A primeira fala do homem que vai construir uma torre, mas primeiro precisa calcular os gastos para ver se tem condições de terminá-la, para não passar vergonha em deixar a obra inacabada (28-30).

Jesus cita também a parábola do rei que antes de ir ao combate faz o cálculo do número dos seus soldados. Se entender que não dá para enfrentar o outro rei, envia uma embaixada e solicita um acordo de paz.

O Senhor Jesus está dizendo claramente que, antes da multidão decidir ser discípula, precisa ver se está disposta a renunciar a tudo. Porque quem tenta ser discípulo e não renuncia, passa vergonha; e no mundo espiritual é ridicularizado como um falso discípulo e como uma torre inacabada. Jesus diz (33) “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”. Preste atenção na Palavra: “Não pode”!

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?).

·         Estou seguindo o Senhor para ser beneficiado ou para me tornar um verdadeiro discípulo?

·         Preciso colocar Jesus em primeiro lugar, ainda que isso venha a aborrecer minha família e a minha própria vida.

·         Sem este sacrifício nunca poderei me tornar discípulo.

·         O discipulado exige o sacrifício da cruz e da renúncia.

·         Preciso calcular: estou disposto a ser discípulo de verdade?

·         Já renuncio a tudo por Jesus?  Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo”.

·         Tenho usado a família, o cansaço físico e o trabalho para justificar a minha falta de compromisso com o Reino de Deus?

·         Tenho usado a situação financeira para justificar minha infidelidade aos dízimos e ofertas?

·         Preciso sair desta reunião com o desejo de ser um discípulo abnegado. Aquele que renuncia a tudo pelo Senhor Jesus.

 

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?).

            Senhor. Não desejo passar vergonha. Verdadeiramente estou conhecendo o preço do discipulado.             O Senhor tem me ensinado a viver o sacrifício da abnegação. Com a tua graça desejo caminhar na renúncia e no amor. Ajuda-me a ser um discípulo fiel até o final de minha vida. Que eu não seja uma torre inacabada ou um exército derrotado. Ajuda-me a viver amando a família, mas colocando Jesus em primeiro lugar. Que eu seja firme em minha decisão ainda que isso venha a aborrecer meus queridos e minha própria vida. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, Um único Deus com o Pai e com o Espírito Santo. Agora e sempre. Amém.           

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?          

 

Conclusão:

            O Evangelho nos provocou sobre o preço do discipulado. Aprendemos que ser discípulo é a característica daquele que tudo renuncia pelo Senhor Jesus. Que possamos ser fiéis em tudo: no testemunho, na santidade e aos dízimos, para que tenhamos o certificado espiritual de que realmente somos discípulos completos. Devemos lutar para não ser uma torre inacabada e ridicularizada pelo mundo.