Os Escribas e a Viúva
Marcos 12.38-44
O Evangelho de hoje apresenta as figuras dos religiosos infiéis e a dos
verdadeiros crentes fiéis ao Senhor. O religioso tem aparência, mas é infiel
nas questões da vida e das finanças. O crente verdadeiro é fiel em todas as
áreas, inclusive nos dízimos e nas ofertas. Esta á a grande diferença presente
no Evangelho de hoje.
I. Leitura do
Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o
texto do Evangelho?
Jesus começa a ensinar sobre os religiosos infiéis e depois exemplifica
seu ensino através de fidelidade de uma viúva pobre.
O Senhor afirma que os discípulos
deveriam se proteger (guardai-vos) dos religiosos escribas. Os escribas não
eram clérigos (sacerdotes). Eram leigos que exerciam importantes funções na
vida judaica.
Na antiguidade os escribas eram pessoas contratadas para
transcrever informações diversas (informações legais, dados militares,
documentos públicos, correspondência pessoal, etc). Na Bíblia, o escriba
era um especialista na Lei (no Antigo Testamento, principalmente na Lei de
Moisés). Suas principais funções eram interpretar a Lei de Moisés, trazendo
soluções para as questões difíceis, e fazer cópias exatas da Lei para o uso nas
sinagogas. Ele era referência quando o assunto era a Lei de Deus. Era uma
espécie de jurista, teólogo, de mestre, de professor, de doutor da Lei.
Para esconder a infidelidade, usavam
roupas conhecida pela nobreza de Roma (vestes talares = roupas acadêmicas) e
faziam importantes oratórias nas saudações das praças. O tipo de veste e a
forma de cumprimentarem era uma forma de esconder a infidelidade ao Senhor
(38).
Nas sinagogas (casas de oração), escolhiam as
primeiras cadeiras e gostavam de ser honrados em banquetes (39)
Quais eram seus principais pecados?
O roubo e a hipocrisia. Ao invés de sustentar a obra do Senhor (com dízimos e
ofertas) e fazer caridade, preferiam “devorar as casas das viúvas”. Isso pode
significar exploração (a Versão na Linguagem de Hoje diz: “Exploram as viúvas e roubam os seus bens”),
mas também pode significar o pecado da luxúria. Para disfarçar seus pecados, faziam longas orações (aparência de
avivados). Por isso Jesus diz (40): “estes sofrerão juízo muito mais severo”.
Para exemplificar seu ensino o
Senhor se assenta diante de um gazofilácio (caixa das ofertas) e observa os
ricos depositando grandes quantias. Até que aparece uma viúva pobre (lembre que
as viúvas eram exploradas pelos Escribas) (42): “Vindo, porém, uma viúva pobre,
depositou duas pequenas moedas (dois leptons) correspondentes a um quadrante”.
O Lepton era a menor moeda grega, era feita de cobre, moeda de
pouquíssimo valor, talvez na hora de se usar esta moeda pouca coisa se faria
com ela.
Diante da fidelidade da viúva, o Senhor Jesus chama seus discípulos e
lhes diz (43,44): “Em verdade
vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram
todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela,
porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento”.
O Senhor exalta a fidelidade e o sacrifício da mulher pobre. Ela não
ficou nem com uma moeda, mas deu liberalmente, tudo ao Senhor.
II. Meditação do Evangelho (o que o texto me
diz?)
O que Deus falou
com você neste Evangelho? ___
·
Devemos
nos guardar dos cristãos infiéis ao Senhor. Eles podem nos influenciar e
enfraquecer nossa fé. Devemos nos espelhar somente nos fiéis.
·
Precisamos
tomar cuidado. Muitas crentes com boa aparência e boa oratória não são fiéis ao
Senhor. Além de uma vida ímpia e insubordinada, não são fiéis nos dízimos e nas
ofertas. Tem somente aparência de crentes.
·
Não
podemos imitar os escribas com práticas ímpias e hipocrisia.
·
Minhas
longas orações e saudações “avivadas” não significam vida com Deus. Muitas
vezes podemos ter aparência de crentes, mas ainda estamos nos vícios e não
somos fiéis nos dízimos e ofertas.
·
A minha
fidelidade no dízimo é mais importante do que o valor do meu dizimo. A viúva
deu um valor muito pequeno, mas foi o maior de todos. Foi baseado na fidelidade
e no sacrifício. Ela foi fiel na oferta e entregou tudo ao Senhor.
·
Eu não
posso dar o que sobra. Em primeiro lugar preciso separar minhas primícias (meus
dízimos ao Senhor). Depois, com o que sobrar, realizarei tudo que necessito,
com a bênção do Senhor.
·
O
Senhor diz que a mulher, “de sua pobreza, deu tudo quanto possuía, todo o seu
sustento”. Ela se preocupou em primeiro lugar em ser fiel. Preciso me preocupar
prioritariamente em ser fiel e depois com o meu sustento. Pois quem me
sustentará é o Senhor. Possa fazer prova de Deus (Ml 3.10 / Mt 6.33).
III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
Faça uma oração
baseada no Evangelho meditado:________________________
Senhor
Meu Deus. Desejo ser fiel ao Senhor e seguir o exemplo da viúva pobre que em
primeiro lugar buscou o Senhor. Que todos os meses eu possa entregar meu dizimo
no altar do Senhor. Não quero ser hipócrita como os escribas, mas ser fiel como
a viúva. Conte comigo no sustento de sua casa. Sempre levarei meus dízimos e
minhas ofertas de tudo que receber. Enquanto permaneço fiel nos dízimos,
prospere minha vida em todas as áreas, inclusive na financeira. Serei fiel até o dia em que o Senhor me
recolher. Em Nome do Senhor Jesus, seu Filho amado, na Unidade do Espírito
Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.
IV. Qual o compromisso que assumirei depois
desta meditação na Palavra de Deus? _________________________________________
Conclusão:
O modelo para nossa vida é o
Senhor Jesus. Mas a graça de Deus colocou muitos exemplos bons que devem ser seguidos.
Sabemos que existem os hipócritas e maus testemunhos, mas precisamos nos
espelhar nos fiéis que nos cercam. A viúva foi um exemplo que contrastou como o
mau exemplo dos Escribas. Que possamos ser exemplo para todos com nossa alegria
e fidelidade ao Senhor em todas as áreas. Em nome de Jesus. Amém.
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