terça-feira, 13 de março de 2018

5º Domingo da Quaresma - Ano B


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5º Domingo da Quaresma
Quaresma e o Grão de Trigo
Jo 12.20-33

            O Evangelho do Quinto Domingo da Quaresma é uma explicação clara da Missão do Filho e da Missão dos discípulos. Somos discípulos missionários que trabalhamos mediante o sacrifício de Jesus na Cruz. Encontramos com o Cristo e saímos para anunciar o Cristo a todas as pessoas.

I. Os Gregos que queriam ver Jesus (20-22)
            20   Ora, entre os que subiram para adorar durante a festa, havia alguns gregos; 21   estes, pois, se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e lhe rogaram: Senhor, queremos ver Jesus. 22   Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus.
            Estes gregos provavelmente eram judeus helênicos. Estavam em Jerusalém para a adoração anual. Ouviram falar de Jesus e pedem a Filipe: "Queremos ver Jesus!"
            Inconscientemente este é o desejo de todo ser humano (Sl 130.6). O coração morto anseia pela vida que só o Senhor Jesus pode dar. No coração de cada pessoa existe um grito: "Queremos ver Jesus!"
           
II. Os frutos do grão de trigo morto (23-24)
            Todos desejavam ver Jesus. O momento não era de exposição publica, mas de preparação para a morte. Era "chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem". A glorificação do Filho do Homem (Jesus) passaria pela morte na cruz. Foi através da cruz que o Filho produzirá frutos mediante sua bendita ressurreição.
            Jesus usa o exemplo do grão de trigo: "...se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto".
            A morte de Jesus foi o caminho necessário para a produção de frutos. Estes frutos são a nossa salvação. Este foi o alvo da morte de Cristo. Morreu para nos salvar. Esta verdade precisa ser comunicada a todos os homens e mulheres. (Rm 10.14).
           
III. O Servo Honrado pelo Pai (25-26)
            Quando somos salvos por Cristo, passamos a ser discípulos. O discípulo de Cristo é servo. Nisto consiste a radicalidade do discipulado: "Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna".
            Vivemos a vida odiando as inclinações da carne e nos preservando para a vida eterna. O discípulo/a vive na renuncia diária do pecado (Lc 9.23).
            Este seguimento de renúncia (estar onde Jesus está) nos levará ao serviço e a honra do Pai: (26)   "Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará".

IV. A entrega total do Senhor Jesus (27-30)
            A dor que o Senhor Jesus sofreu no Getsêmani (Mt 26.37,38) foi sentida por Ele em muitos outros momentos. Ele sabia que iria retirar o pecado de toda a humanidade. Era uma luta espiritual. Por isso sua alma ficou angustiada: "Agora, está angustiada a minha alma".
            Apesar da angústia, o Senhor Jesus sabia que tinha vindo exatamente para esta hora: "que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora". (Mt 26.39).
            Por isso ele se entrega totalmente a Vontade do Pai. Seu trabalho era glorificar o Pai através da aceitação do sofrimento e morte de cruz: (28) "Pai, glorifica o teu nome". O pai responde do céu e todos escutam: "Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei."
            Quando nos entregamos totalmente a vontade de Deus, o nome do Senhor é glorificado através de nossa vida.

V. O Mistério da Morte na Cruz (31-33)
            Na cruz o Senhor Jesus julga e expulsa o príncipe do sistema mundo. A cruz, a ressurreição e a ascensão de Cristo seriam o instrumento de Deus para atrair a humanidade de volta a Deus: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo".
            Cristo , com a sua morte, nos salvou do pecado. Para isso ele nasceu, para nos salvar do pecado. João Wesley escreveu: "Está é a grande salvação predita pelo anjo antes de Deus fazer vir ao mundo o seu unigênito Filho: "Chamarás o seu nome Jesus, pois Ele salvará o seu povo dos seus pecados". Nem nesta nem em nenhuma outra parte do Sagrado Escrito há qualquer limitação ou restrição. "Ele salvará dos seus pecados" todos os que crêem nele, do pecado original e do atual, do passado e do presente, da "carne e do espírito". Eles são salvos tanto da culpa como do poder do pecado pela fé". (Sermões: "Salvação pela fé").
            A morte de Cruz não foi um acidente na vida de Cristo. Foi o único caminho de Deus para nos salvar. Nossa tarefa é compartilhar esta salvação de Deus a todas as pessoas (Mt 28.19,20).

Conclusão:
            O mundo clama: Queremos ver Jesus!
            Jesus morreu na cruz e ressuscitou ao terceiro dia para nos salvar.
            Agora Deus espera a nossa parte. Nossa tarefa é anunciar Cristo Jesus como o único Salvador a todos as pessoas.


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