terça-feira, 19 de março de 2019

3º Domingo da Quaresma - Ano C



3º Domingo da Quaresma
Convite ao Arrependimento e a Conversão
Lucas 13.1-9

O Evangelho de hoje situa-nos, já, no contexto da “viagem” de Jesus para Jerusalém. Mais do que um caminho geográfico, é um caminho espiritual, que Jesus percorre rodeado pelos discípulos.
Durante esse percurso, Jesus prepara-os para que entendam e assumam os valores do Reino. Pretende-se que, terminada esta caminhada, os discípulos estejam preparados para continuar a obra de Jesus e para levar a sua proposta libertadora a toda a terra. O texto que hoje nos é proposto apresenta um convite ao arrependimento e à conversão. Deus deseja que sejamos figueiras frutíferas.  

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?). O que relata o texto do Evangelho?
O Senhor Jesus relata as multidões e aos discípulos duas ocorrências: a morte dos Galileus pelos soldados de Pilatos enquanto estes sacrificavam,  e o desabamento da torre de Siloé que matou 18 pessoas.
Sobre a morte dos Galileus, o Senhor Jesus diz (2,3): “Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis”. A mesma verdade disse sobre os mortos no desabamento da Torre de Siloé (4,5).
A conclusão que Jesus tira destes dois casos é bastante clara: aqueles que morreram nestes desastres não eram piores do que os que sobreviveram. Refuta, desta forma, a doutrina judaica da retribuição segundo a qual o que era atingido por alguma desgraça era culpado por algum grave pecado. No caso presente, esta doutrina levava à seguinte conclusão: “nós somos justos, porque nos livramos da morte nas circunstâncias nomeadas”. Em contrapartida, Jesus afirma que, diante de Deus, todos os homens precisam de se converter. A última frase do vers. 5 (“se não vos arrependerdes perecereis todos do mesmo modo”) deve ser entendida como um convite à mudança de vida; se ela não ocorrer, quem vencerá é a destruição e a morte eterna.
Para dar maior ênfase a misericórdia de Deus e a necessidade de conversão o Senhor cita a parábola da figueira.
Um homem tem uma figueira plantada em sua vinha que não produz frutos. Ele disse ao viticultor (7): “Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra”?
O viticultor pede uma nova chance para a figueira (mais um ano). Ele diz (8,9) “Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
O Antigo Testamento tinha utilizado a figueira como símbolo de Israel (Os 9.10), inclusive como símbolo da sua falta de resposta à aliança (Jr 8.13). Deus espera, portanto, que Israel (a figueira) dê frutos, isto é, aceite converter-se à proposta de salvação que lhe é feita em Jesus; dá-lhe, até, algum tempo (e outra oportunidade), para que essa transformação ocorra. Deus revela, portanto, a sua bondade e a sua paciência; no entanto, não está disposto a esperar indefinidamente, pactuando com a recusa do Seu povo em acolher a salvação. Apesar do tom ameaçador, há no cenário de fundo desta parábola uma nota de esperança: Jesus confia em que a resposta final de Israel à sua missão seja positiva.
É uma parábola para Israel e para cada discípulo e ouvinte.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?): O que Deus falou com você neste Evangelho?_______________________________________________________

·         Não somos melhores do que os que sofrem. Todos nós precisamos de conversão e arrependimento.
·         Precisamos olhar prioritariamente para os nossos pecados. É uma virtude reconhecer os próprios defeitos.
·         Tenho produzido os frutos que Deus espera da minha vida?
·         Deus não está disposto a esperar indefinidamente. Um dia virá o juízo e preciso estar preparado. Preciso aproveitar a oportunidade para voltar para Deus. Na parábola Jesus diz: “Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la”.
·         Preciso aceitar a misericórdia de Jesus. Ele deseja trabalhar em minha vida um pouco mais. Ele tem esperança que irei mudar.
·         Estou disposto a abandonar o pecado e começar a dar os frutos exigidos pelo Senhor?

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?): ______________________________
           
Senhor. Reconheço que não sou melhor do que qualquer pecador. Careço de sua misericórdia e bondade para viver. Preciso dar frutos. Obrigado por que a sua misericórdia insiste em minha vida. O Senhor tem tratado de minhas raízes para que possa ser uma figueira frutífera. Desejo aproveitar todas as oportunidades para fazer sua vontade e ser uma pessoa cada dia melhor. Por Jesus Cristo nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo, um único Deus agora e sempre. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus? _____________________________________________________________

Conclusão:
            O Evangelho nos desafiou a olhar para nossa própria vida e perguntar: Tenho dado frutos? Sou o que Deus espera e deseja? Tenho aproveitado o ano da misericórdia do Senhor para voltar a dar frutos? Hoje Deus está nos convidando a conversão e ao retorno ao projeto do Reino de Deus. Aceite Jesus e seja o que Ele deseja e tem trabalhado em sua vida. O trabalho de Jesus em nós não será em vão. Em Nome de Jesus. Amém.

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