terça-feira, 24 de setembro de 2024

Evangelho do 26º Domingo Comum - Como viver o Evangelho? - Marcos 9.38-48

 



26º Domingo Comum

Como viver o Evangelho?

Marcos 9.38-48

 

No Evangelho de hoje estamos ainda em Cafarnaum (cf. Mc 9.33), a cidade de pescadores situada junto do Lago de Tiberíades. Jesus está “em casa” rodeado pelos discípulos. A ida para Jerusalém está próxima e os discípulos estão conscientes de que se aproximam tempos decisivos para esse projeto em que estão envolvidos.

Os discípulos ainda não conseguiram absorver os valores do Reino. Para eles, o seguimento de Jesus é uma opção que deverá traduzir-se na concretização de determinados sonhos de poder, de grandeza e de prestígio… Por isso, sentem-se inquietos e ciumentos quando encontram algo que possa colocar em causa os seus interesses, a sua autoridade, os seus “privilégios”.

Jesus vai, com paciência, tentando formar os discípulos na lógica do Reino. O texto de hoje é mais uma instrução que Jesus dirige aos discípulos no sentido de lhes mostrar os valores que eles devem ter no coração.

O Evangelista Marcos juntou aqui uma série de ditos de Jesus. Estes ensinamentos apresentam as exigências que os discípulos de Jesus devem considerar e que definem se eles pertencem ou não à comunidade do Reino de Deus.

 

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)

O que relata o texto do Evangelho?_______

 

            O Evangelho de hoje apresenta quatro ensinamentos aos discípulos.

            O primeiro ensinamento é sobre a tolerância (38-40). João e os outros discípulos encontraram um homem que, em nome de Jesus, expelia demônios, mas não pertencia ao grupo dos apóstolos. Por isso acharam no direito de o proibirem.

Jesus, ensinando a tolerância, diz que não deviam proibi-lo. Eles erraram pelo zelo intolerante. O Senhor diz: “porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir, possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós”.

            O segundo ensinamento é sobre a salvação (41). O Senhor declara que aquele que der de beber um copo de água, em Seu nome, aos seus discípulos, este de modo algum perderá o seu galardão. A relação com a obra de Deus e com os obreiros da obra de Deus determinará o galardão. Não existe relação com Cristo sem a relação com a obra de Cristo.

            O terceiro ensinamento é sobre os tropeços espirituais (42). Os discípulos não poderiam ser tropeços espirituais para os pequeninos crentes que desejavam o caminho da salvação. É melhor a morte do que fazer um pequenino crente se desviar: “melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar”.

            O quarto ensinamento é sobre a santificação (43-48). O Senhor ensina que a mão, o pé e os olhos podem fazer os discípulos tropeçarem. Por isso é melhor cortar as mãos, os pés e arrancar os olhos, do que todo o corpo todo ir para o inferno. O Senhor está usando uma hipérbole (exagero de linguagem figurativa) para falar sobre santificação. É melhor deixar de fazer o que as mãos, os pés e os olhos desejam, e com isso viver em santidade e poder entrar no reino dos céus, do que perder a salvação.

 

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)

O que Deus falou com você neste Evangelho? ____

 

·         Devemos ser tolerantes com os cristãos que pensam diferentes de nós. As igrejas cristãs precisam se amar em Cristo e não ficar disputando os membros das outras igrejas.

·         Devemos ser tolerantes com todos, mas sempre falar a verdade em amor.

·         O galardão não está em apenas seguir a Cristo, mas em se relacionar com a obra de Cristo.

·         Dar um copo de água ao discípulo de Cristo significa amar a Cristo e participar de sua obra na terra através de seus discípulos e de sua igreja. Não dá para ter o galardão da salvação somente dentro de casa sem se envolver com os discípulos de Cristo. A celebração na igreja e o trabalho no Reino são indispensáveis para todos os salvos.

·         Não podemos ser tropeços para os crentes. Não posso enfraquecer a fé dos meus irmãos com criticas ou com mau exemplo.

·         Melhor é a morte do que fazer o irmão tropeçar na fé. Preciso ser um sustento para o irmão crer em Cristo e viver na igreja.

·         Quem retira os crentes da igreja comete pecado terrível contra Deus. Por isso preciso vigiar todas as minhas palavras e o que escrevo nas redes sociais. Ninguém poderá tropeçar na fé por causa da minha vida. 

·         Preciso abrir mão do que gosto de fazer com as mãos, os pés e os olhos, quando eu sei que isso desagrada a Deus.

·         É melhor abrir mão dos prazeres, das festas e das danças, do que levar todo o meu corpo a perecer no inferno.

·         Santificação é renúncia. Renúncia significa cortar tudo que me leva para longe de Deus.

 

            III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)

            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

                       

Senhor. Ensina-me a ser tolerante com as pessoas que pensam diferentes de mim. Que eu ame e respeite as pessoas que não seguem em meu grupo ou em minha comunidade de fé. Que eu ame a Cristo servindo a igreja e aos discípulos com o meu copo de água. Que meu relacionamento com o Senhor seja estabelecido no meu relacionamento com o próximo. Que eu não seja tropeço para os seus pequeninos crentes, mas possa ser estimulo e exemplo. Que eu abra mão do que gosto de fazer para poder fazer Tua vontade que é santa e perfeita. Ensina-me a viver na renuncia do mundo para herdar a vida eterna em Teu Nome. Por intermédio de Cristo, nosso Senhor, na Unidade do Espírito Santo. Um só Deus agora e sempre. Amém.

 

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?

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Conclusão:

No Evangelho de hoje fomos desafiados a vencer a intolerância, a se relacionar com a obra de Deus e com os discípulos de Jesus na comunidade da fé, a não sermos tropeços para os pequeninos crentes e a viver a radicalidade da santidade ao ponto de cortarmos tudo que nos afasta do propósito de Deus para a nossa vida. Fomos desafiados a viver o Evangelho de forma santa e radical no amor a Deus, no relacionamento com o próximo e a comunidade da fé.

 

 

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