terça-feira, 18 de setembro de 2018

25º Domingo Comum - Ano B


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25º Domingo Comum
A Lógica Divina
Marcos 9.30-37


O Evangelho de hoje apresenta-nos uma história de confronto entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projeto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos estão imbuídos da lógica do mundo e trabalham por esta opção carnal e mundana. O Senhor Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um verdadeiro serviço de discipulado. Esta é a provocadora mensagem deste Evangelho de hoje.  

I. Leitura do Evangelho (O que o texto diz?)
O que relata o texto do Evangelho?_______

O grupo dos discípulos já havia deixado Cesareia de Filipe (onde Jesus, pela primeira vez, tinha falado da sua paixão e morte, como lemos no Evangelho do domingo passado) e estava agora atravessando a Galileia. Muito provavelmente, a próxima ida para Jerusalém estava no horizonte dos discípulos e eles têm consciência de que em Jerusalém se vai jogar a cartada decisiva para esse projeto em que tinham decidido apostar. Nesta fase, todos acreditam ainda que Jesus irá entrar na cidade na pele de um Messias político, poderoso e invencível, capaz de libertar Israel, pela força das armas, do domínio romano. Estavam equivocados.
Ao longo dessa “caminhada para Jerusalém”, Jesus vai discipulando seus seguidores, ensinando-lhes os valores do Reino e mostrando-lhes, com gestos concretos, que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio.
Nos vv 30 e 31 Jesus passava pela Galiléia e não queria que ninguém soubesse. O motivo era porque ensinava seus discípulos sobre o sofrimento, morte e ressurreição que deveria passar em Jerusalém.  
Além dos discípulos não compreenderem, eles temiam interrogá-lo. Não compreendiam porque já haviam colocado na mente a lógica do mundo (de que Jesus seria um messias político). Não interrogavam Jesus por medo de sua lógica estar errada e serem repreendidos, assim como foi Pedro (32).
            Como a lógica do mundo era que Jesus seria o político libertador, eles já lutavam por cargos políticos. Pelo caminho discutiam quem era o maior. Quando Jesus pergunta “De que é que discorríeis pelo caminho”? Eles ficam em silêncio (34).
            A lógica de Deus é diferente. Não pode haver disputas e intrigas entre os discípulos de Jesus. Ele se assenta é diz aos doze (35): “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”. Esta é a matemática do Reino dos Céus.
            Para ilustrar o modelo do Reino de Deus, Jesus demonstra que receber o seu projeto era tão simples como receber a simplicidade de uma criança. Ele coloca uma criança no meio deles, a pega nos braços e diz (37): “Qualquer que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou”.
            É esta simplicidade que caracterizava o novo reino que seria implantado pelo Senhor Jesus.

II. Meditação do Evangelho (o que o texto me diz?)
O que Deus falou com você neste Evangelho? ____

·         Muitas vezes seguimos Jesus com as motivações erradas. Os discípulos estavam motivados pelo poder político do Messias.
·         O projeto do Pai não passa pelos projetos mesquinhos do mundo.
·         Muitas vezes ouvimos de Jesus o que não desejamos ouvir. Os discípulos não desejam ouvir sobre o sofrimento e a morte de Jesus. E nem perceberam a palavra ressurreição. O final da história não é a morte, mas a ressurreição.
·         Muitas vezes não entendemos as coisas espirituais e não temos intimidade para perguntar. Falta-nos o conhecimento e o desejo em obter o conhecimento.  Além dos discípulos não terem compreendidos, eles temiam interrogá-lo.
·         Por não compreendermos o Evangelho de Jesus, continuamos brigando por status e posições no Reino de Deus.
·         A lógica de Deus sempre irá confrontar com a nossa lógica mundana: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”.
·         O Reino de Deus é simples. Ser crente e simples. É tão simples como receber uma criança em nome de Jesus. Nós é que complicamos com a religião e com nossas teologias.
·         A simplicidade do Evangelho é o pecador aceitar Jesus como Senhor e Salvador e ser salvo pela graça. Você já aceitou Jesus como teu único e suficiente salvador?

III. Orando o Evangelho (O que digo a Deus?)
            Faça uma oração baseada no Evangelho meditado:_____________

Senhor. Vê se há em mim motivações erradas. Não desejo seguir a lógica do mundo, mas sim a Lógica de Deus. Que meu coração esteja aberto a aprender contigo sobre o seu sofrimento, morte e ressurreição. Que eu possa entender as coisas espirituais e ter intimidade para perguntar sobre o que não entendo, devido a minha limitação humana e carnal. Muitas vezes as minhas tristezas, angústias e ansiedades é porque não entendo a tua vontade simples para a minha vida. A competição, ciúme e inveja não podem dominar meu coração. Que eu entenda e internalize em meu coração, que para ser o primeiro, preciso ser o último e servo de todos. Que eu compreenda que o Teu Reino é simples como receber uma criança em Teu nome. Ajude-me a crescer na graça e no conhecimento do mistério de Cristo. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Amém.

IV. Qual o compromisso que assumirei depois desta meditação na Palavra de Deus?
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Conclusão:
            A lógica do Reino de Deus é totalmente diferente da lógica do mundo. Que a sabedoria do mundo não venha dominar nossa vida e nosso ministério. Que possamos aprender a ser discípulo integral e fazer novos discípulos para o Reino dentro da Sabedoria e da lógica divina.  

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